Capítulo 3

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Bakugou on

Eu estava cansando, mas parecia estar acordando lentamente. Não ouve pesadelos, gritos ou respiração ofegantes. Eu acabei de acordar em paz, meus olhos se abriram suavemente, sem nenhuma dor latejante por todo o meu corpo, mas ainda me sentia pequeno e de alguma forma... fraco?

Eu tirei minha cabeça do travesseiro de forma rápida e olhei para os meus joelhos, e percebi que eles ficaram pequenos.
"Ah! merda... eu tenho joelhos minúsculos"

Olhei para as minhas pernas também, e então para os meus agora minúsculos pés que estavam com meias, e então olhei para minhas mãos que também haviam encolhido.
"Mas que diabos aconteceu?! Eu fui atingido por alguma individualidade de encolhimento por acaso?"

Pisquei e esfreguei meus olhos, não apenas para esfregar o cansaço deles, mas também para ver se isso tudo tava realmente acontecendo. Então percebi estar usando o meu macacão Star jogado fora alguns anos atrás. Eu balancei minha cabeça, me trazendo de volta ao presente antes de adormecer novamente. Eu queria tirar uma soneca.

Então olhei ao redor do meu quarto, esperando ver oque estava acontecendo. Eu estava na minha cama, mas era menor e os lençóis tinham o rosto sorridente do All Might e porra eles eram assustadores. Estremeci ao vê-los, em seguida, desviei minha tenção para os pôsteres de diferente heróis profissionais dos quais eu tinha certeza de que tinha me livrado há muito tempo quando cresci. Havia uma lata de lixo da UA, brinquedos que eu tinha certeza de que havia doado, livros infantis antigos que pareciam novos.

Tudo estava espalhado pelo meu quarto. Minhas roupas velhas e largas haviam desaparecido e, em vez disso, foram substituídas por jogos de tabuleiros que haviam sido inventados uma década atrás.
" Oque diabos aconteceu?! Isso é algum tipo de piada de mau gosto que a turma toda planejou?"

Eu cambaleei para fora da cama e atravessei um chão acarpetado que eu tinha certeza que era madeira dura da última vez que verifiquei. Fui até a porta do quarto, mas parecia maior. Mais alta de alguma forma. Na verdade, tudo parecia maior e mais alto do que eu até mesmo a maçaneta da porta estava pendurada alguns centímetros acima da minha cabeça. Eu gemo de tristeza por estar baixo. Fiquei na ponta dos pés e girei a maçaneta me agarrando nela e puxando para baixo com toda a minha força. Ela se abriu, dando para o corredor. Eu ouvi conversas ecoando embaixo das escadas.
"Isso é estranho meus pais nunca estão acordados."

Eu segui pelo corredor e desci as escadas que parecem de repente se estender por quilômetros e pareciam três metros maiores. Dei cada passo com leveza e cuidado antes de finalmente chegar ao andar de baixo. Atravessei o corredor até a cozinha, onde eu normalmente não ia.
— Bom dia, campeão! — Disse meu pai alegre. — Por que você está acordado às 9? — Meu pai, agora aparentemente jovem se sentou na mesa e abriu um jornal.
— São 9 hora? — Eu perguntei, e minha voz parecia de alguma forma mais fina do que o normal
"Ah merda..."

— Bom dia, Masaru, querido! Bom dia, Katsuki! Eu fiz panquecas. — Disse uma alegre senhora que parecia exatamente comigo, porém mais alta e tinha seios. Fui apertado em um abraço de mim que tirou todo o ar que eu ainda tinha. Minha mãe me soltou e caminhou até o fogão para pegar a panqueca que nem percebi estar cozinhando.
— Estou feliz que você esteja acordando sozinho agora. — Minha disse enquanto lançava uma panqueca bem alta no ar. De alguma forma isso me impressionou e fez meu queixo cair.
— Agora se senta. — Ela aponta para uma cadeira ao lado do meu pai, que peguei com gratidão. Lutei para escalar, me esforçando para chegar à borda antes de me levantar para sentar. Quando finalmente consegui um prato com panquecas ficou na minha frente, rodeado de mel.
— Coma! — Ela disse.
— Obrigado, mãe — Agradeci enquanto começava a pegar meu garfo.
— Aliás, seja legal com o Izuku hoje, ok? — Minha disse se sentando.
"Eu conheço esse nome..."

Eu pulei.
— DEKU!? — Eu gritei bem alto. Meu pai se encolheu e minha mãe pareceu surpresa por eu estar animado. Um sorriso cresceu rapidamente em meu rosto, oque chocou meus pais.
"Isso é um sonho ou um pesadelo? Mas tudo isso parece tão real..."
— Primeiro de tudo, é melhor parar de usar aquele apelido e sim, Izuku está vindo com a sua mãe para ir te levar na escola. Você esqueceu ou algo assim? Você não quer mais ver o Izuku, querido? — Ela estava pensando o completo oposto do que eu estava. Eu balancei minha cabeça negativamente. Claro que eu queria vê-lo novamente! O menino pelo qual eu sinto falta e choro toda noite estava vindo para minha casa! Isso é um sonho que se tornou realidade.

Eu não pude conter minha felicidade. Corri para a porta da frente e em vez de sair dela, me agachei ao lado dela, esperando pacientemente. Minha mãe me seguiu confusa.
— Katsuki... Oque diabos está fazendo? — Ela cruzou os braços. — Não me diga que vai tentar assustar o coitado do Izuku de novo?
"Eu fiz isso?"
Eu balancei minha cabeça negativamente — Não, eu só quero ver ele. — Minha voz falhou enquanto eu falava. Inclinei-me para mais perto da porta esperando ouvir os passos do Deku e da sua mãe.
— Você vai machucar as pernas assim — Minha mãe alertou — Vamos, você pode esperar na cozinha.

Eu relutantemente me levantei e segui minha mãe até a cozinha. Sentei-me na mesma cadeira que estava antes, cruzei os braços e fiz beicinho enquanto minhas penas ficavam penduradas na cadeira. Eu simplesmente não podia esperar, sabendo que finalmente poderei ver o Deku novamente.
— Se acama! — Minha mãe me repreendeu por estar inquieto — A mão de Izuku ligou há 10 minutos, eles estão a caminho.
"É melhor que estejam mesmo se não eu vou me matar agora, mesmo que eu esteja apenas--"

Então, teve um toque repentino na campainha da porta. Eu pulei e tudo pareceu congelar no lugar, embora meus pais não se sentissem da mesma forma. Meu pai se levantou da cadeira, colocando seu jornal velho em cima da mesa, e meus pais caminharam rapidamente para a porta da frente, mas eu corri na frente deles. Eu congelei no lugar quando minha mãe alcançou a maçaneta da porta. Ela a girou lentamente, lento demais para mim, tudo parecia estar em câmera lenta. A porta se abriu e teve uma explosão de alegria quando uma senhora alta e magra com cabelo verde e um suéter rosa folgado disse:
— Desculpe o atraso, Mitsuki.

Houve abraços e saudações de ambos os pais, mas eu estava prestando mais atenção à coisa timidamente em pé, atrás da perna esquerda da sua mãe, em um pequeno moletom fofo do All Might. Eu encarei, atordoado enquanto meu coração disparou rapidamente no meu peito. Eu podia ouvir ele batendo no meu peito. Eu lentamente tive uma visão mais clara quando a dona Inko entrou na casa. Deku olhou para mim com seus grandes olhos verdes curiosos e sua cabeça ligeiramente inclinada...

Embora este não fosse o Deku de que eu me lembrava totalmente, ainda era ele apenas mais jovem.
"Como eu esqueci de como suas sardas eram lindas? Ou como seus olhos se arregalavam de curiosidade?"
Eu sorri.
Sim, eu, Katsuki Bakugou, sorri pela primeira vez me séculos e foi tudo por causa dele. Meu Deku.

Viagem No Tempo (BakuDeku - DekuBaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora