Be My Queen | Chaesoo (ABO)

Capítulo 18

Aliás, eu cansei de escrever a fala das lobinhas com "aspas", então vai ser travessão mesmo.

Tô com saudade de vocês comentando o último teve pouquíssimos ;-;

Lalisa Manoban

Há onze anos...

Eu estava correndo e minhas patas afundavam levemente na neve, era uma sensação engraçada sentir aquela "areia" gelada pela primeira vez.

— Mamãe! — Eu coloquei as patas em sua cabeça e ela deixou as orelhas caírem.

Ela estava deitada no canto. 

— Está feliz, minha princesa? — Perguntou-me e eu balancei a cabeça positivamente também lhe mostrando meus dentes.

Deitei-me ao seu lado e mamãe começou a me lamber como um filhote de gato.

— Eu não gosto disso, é nojento. — Eu reclamei me afastando e me esfregando na neve.

— Claro, quando for sua ômega você vai insistir por isso.

— Nunca! — Eu balancei meu corpo tirando toda aquela neve. — Aliás, mamãe, por que estamos aqui? Não é a fronteira do Norte?

— Sim. — Ela me respondeu se levantando e se esticando. — Você não disse que queria conhecer a neve? Então.

— O papai não vai gostar de saber que estamos aqui, mamãe... — Eu disse receosa e ela veio para perto de mim.

Ela obviamente é maior do que eu, ainda sou uma filhote.

Mamãe abaixou o pescoço e esfregou o rosto contra o meu.

— A opinião do seu pai é irrelevante. — Eu soltei uma risada. — E nós duas sabemos que ele nunca me contraria ou fala alguma coisa. — Dessa vez, eu realmente ri.

— Oh sim, ele abaixa a cabeça para a senhora.

— Claro, sou a Rainha ômega!

— Então quer dizer nós, alfas, devemos baixar a cabeça para vocês? Eu me recuso a fazer isso.

— Quero só ver quando você tiver a sua.

Nós começamos a rir.

— E então como vai seu treino com seu pai? — Ela me perguntou.

— Está indo bem, a senhora sabe que eu sou boa. — Eu rolei na neve.

— Sim, você é a melhor! — Eu não pude deixar de sorrir.

— O papai não acha isso... — Eu disse cabisbaixa.

— Como não? É claro que ele acha. — Franzi o cenho. — Pode não parecer, mas ele também acha. — Eu me virei deitando normal e olhei-a com atenção. — Acredite ou não, mas quando estamos sozinhos, ele não para de falar de você. — Mamãe lambeu meu rosto.

— É sério?

— Sim, ele só tem aquele jeito, mas comigo ele é outra pessoa. Principalmente quando fala de você.

Eu arregalei os olhos e olhei para baixo, um tanto desacreditada, porém feliz com aquilo.

— O que o papai fala de mim? — Perguntei pondo-me de pé em frente à ela.

— O seu pai fala... 

De repente, mamãe virou rapidamente a cabeça para o lado e levantou as orelhas.

Eu olhei para onde ela olhava.

— O que foi, mamãe? — Perguntei inocente.

— Lalisa?