Power is Essential • Peaky Blinders

• Epilogue •

Assim que conseguiu finalmente se livrar de todo o trabalho, Thomas tratou de ir para casa o mais rápido possível, naquele momento ele queria ver apenas três rostos na sua frente. Assim que pode abrir a porta principal de sua casa, pode ser recebido por uma figura feminina sentada no sofá acompanhada de dois semblantes infantis, que logo saltaram do sofá assim que as portas de abriram

- Papai!! Você chegou!!! - Alice, a pequena mais nova de 6 anos correu até seu pai, abraçando a perna do mesmo

- Como vai, minha princesinha? - Sorriu olhando sua esposa que o observava com uma certa felicidade em seus olhos, sem mais delongas direcionou a atenção a menina, pegando a mesma no colo.

- Bem, eu e Jackson fomos ao parque com a mamãe esta tarde - Tagarelava pro mais venho, que apenas sorriu escutando sua tão preciosa filha. Alice era a mais velha filha do casal, por ser a primeira filha de certa forma ela foi criada com todos os mimos existentes, tornando-se a protegida de Thomas.

- E você, campeão? Não vai vir dar um abraço no papai? - Observou Jackson em seu pe, que apenas o observava com um olhar curioso. Jack tinha seus 4 anos, sua criação não foi diferente da de Alice, mas de certa forma ele tinha sua personalidade diferenciada, uma verdadeira cópia de seu pai

- Oi papai - Abraçou a perna do mais alto, logo sendo pegado no colo também.

Thommy teve a família que sempre sonhou, uma esposa que além de determinada e brigona sabia o ajudar nos negócios e dois filhos lindos que ele sempre sonhou em ter. Madeline, apesar de ser uma pessoa difícil de lidar, acabou se entregando ao Shelby depois de tanto lutar contra isso. Ela sabia que nem tudo era negócios e dinheiro sujo, ela sabia também que as reuniões que Thomas fazia quase todos os dias não era apenas para se tratar de negócios, e sim para conseguir arrancar umas risadas da garota, isso de certa forma fazia o dia dele. O que realmente importa é que Madeline e Thomas se aceitaram e aprenderam a lidar um com o outro, na primeira semana de casamento a garota jurou que tinha feito a maior burrada da sua vida em se casar com o Shelby, pois tudo que eles faziam era brigar sobre coisas estúpidas e sem sentido.

- Oi, meu amor - Tom deu um sorriso cansado para sua esposa, logo depositando um selo em seus lábios e se desmanchando em um abraço caloroso - Hm... - Afundou seu rosto no pescoço da mesma, sentindo a sensação de estar em casa.

- Oi, querido - Madeline sorriu abraçando seu esposo, aproveitando para acariciar as costas do mesmo - Como foi hoje? Parece cansado

- Eu estou, mas quero aproveitar você mais um pouco - Murmurou sentindo o cheiro da mais nova - Como foi o dia por aqui? As crianças estão animadas

- É, estão - Riu fraco, ainda no abraço - Levei eles ao parque, brincaram a tarde toda.

- Fico feliz, muito feliz em ouvir isso - Desfez o abraço, parando por alguns segundos para olhar sua esposa enquanto acariciava seu rosto - Senti sua falta lá, sabe? Aquele escritório é vazio sem você

- Amanhã eu volto, eu prometo - Observou ele também - Hoje as crianças precisavam de mim um pouco, e acho que eu também precisava delas

- Eu sei, eu sei - Suspirou - Precisamos de férias, no próximo mês vou jogar toda aquela porra nas costas de Arthur e nos vamos viajar, o que acha? - Madeline riu, ouvindo seu marido falar

- É perfeito, amor. Faremos isso se desejar - Acariciou os cabelos do mesmo - Está com fome? Te esperei para jantar... - Thomas não deu uma resposta, apenas ficou olhando a garota ali por alguns segundos enquanto seus olhos brilhavam, toda vez que ele parava para observar sua esposa, parecia como se fosse a primeira vez que eles se viam, como se ele se apaixonassem novamente

- Tom....tudo bem? - Sussurrou olhando o marido que pareceu se livrar de seus devaneios assim que ouviu o chamado se sua esposa.

- Tudo é que....tudo está perfeito - Sorriu depositando mais um daqueles beijos apaixonantes que o casal costumava trocar.

           Era isso, os Shelbys e as Whillstons não conseguiram ficar apenas nos malditos negócios. Por muito tempo o trio achou que o dinheiro era só que importava, e que o amor não viria para três mulheres independentes e seguras de si mesmas, não honestamente. Talvez se Ágatha tivesse ficado na cidade natal das irmãs, ela não teria conhecido Arthur e não teria se apaixonado por ele, também não teria seus três filhos - Eleanor de 6 anos, Bruce de 3 e William de apenas 10 meses. Talvez se Lilian decidisse que era melhor ficar em casa, ela não teria conhecido John, não teria se casado com ele, assim como não teria dado o time de futebol que seu marido sempre sonhou em ter, ao todo 5 filhos - Amélia, Olívia, Ethan, Nathan e Christian. Talvez, se Madeline tivesse decidido não fechar o acordo com os malditos Peaky Blinders, ela não teria sido feliz assim como é hoje junto a suas irmãs. Também talvez, ela também não teria tido a vida tão feliz que ele tem hoje.

FIM