Snow Flower

Capítulo Um

Avisos:

História escrita por Driquinha (@Hardywritter) e V (@hemmingswritter) para o projeto e o tema é: NATAL!

Essa história possui gatilhos e eles são: relacionamento abusivo, palavras ofensivas e descrição de ansiedade.

A escrita da fanfic de natal para o Projeto Smile Yoonmin foi combinada entre as duas e foi um desafio para ambas. Então, vocês irão ver algumas brincadeiras das autoras ao longo da história. Ela é totalmente interativa, por favor, comentem quando o parágrafo falar com vocês, vai ser uma experiência bem legal, garantimos!

Capítulo Um

Descontente. Cabisbaixo. Insatisfeito. Medo.

Essas eram as referências que Park Jimin possuía de um casamento. É, elas não tinham nada bom, e por mais que qualquer outra pessoa lhe dissesse o contrário, ele não acreditaria. 

Quando se casou com sua esposa, imaginou uma vida completamente diferente da que tinha. É, nosso Jimin sempre sonhou com um casamento onde chegaria em casa e ajudaria nas tarefas, ficaria na sala brincando com seu filhotinho enquanto ela estaria preparando o jantar ou vice versa, fariam quantos jantares fossem necessários para que tivesse alguma lembrança boa, mas esse não era o caso da família Park.

Um casamento por conveniência, essa era a sua realidade e por diversas vezes, nosso Jimin se questionou o motivo de ter aceitado tal proposta, e a resposta era simples: aceitação. Por muito tempo em sua vida, buscou o olhar orgulhoso de seus pais, o sorriso amoroso deles, um carinho de quem não o via há muito tempo, e ainda tinha o agravante de sua esposa ter aquele olhar de quem seria capaz de enfrentar o mundo por ele, porém, até as melhores máscaras caem um dia e não tardou para que a dela despencasse.

Jimin nunca escondeu ser bissexual, sempre foi sincero em tudo, seja com seus pais ou com sua esposa, por esse motivo não compreendeu quando na primeira briga deles, ela jogou na sua cara que ele era um viadinho, aquela palavra ficou gravada em sua mente junto com o tom de desprezo usado. 

Park Jimin tinha noção de que seu país ainda era extremamente arcaico quando o assunto era relacionamentos homossexuais. E que não mudaria tão rápido quanto desejava, por esse motivo, e por achar sua esposa linda, aceitou o casamento arranjado pelos pais.

Um choro, de quem havia acabado de acordar, ecoou pela casa. Jimin se levantou da cadeira, pediu licença aos seus colegas de trabalho e caminhou a passos largos até o quarto ao lado.

Ele estava no meio de uma reunião importante com a sede de Seul, mas qualquer um poderia esperar quando se tratava do pequeno Bogum. A fome do bebê de seis meses era sua prioridade máxima, diferente de sua esposa que, ao ouvir o choro da criança, aumentou o volume da música na tv da sala e continuou a fazer sua unha.

Jimin suspirou, era sempre assim. O peso de ser pai e mãe do pequeno bebê fazia suas costas criarem nós enormes. Sorriu ao entrar no quarto, Bogum estava sentado no meio do berço esperando que ele entrasse por completo no cômodo, e logo que o pai se aproximou, ele abriu o bocão e tornou a chorar levantando seus bracinhos para que fosse levado ao colo.

— Não chora, neném, por favor! A mamãe não gosta, lembra? —Jimin sussurra enquanto balança o filho de um lado para o outro, o que não adianta muita coisa, afinal, Bogum ainda é um bebê e eles não sabem como controlar a intensidade do choro.

— Meu deus, faz essa criança calar a boca! — a mulher grita da sala.

Jimin, por reflexo, segura o bebê com mais força contra seu corpo, como se a qualquer momento sua esposa pudesse entrar no quarto e fazer algo contra ele. Por sorte, já tinha se antecipado e deixado a mamadeira dele pronta dentro de uma bolsa térmica, então não demorou a pegá-la. Em poucos minutos, Bogum já estava com os olhos fechados e muito concentrado na sucção do líquido.