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Emma

— Steve — o chamo assim que acordo. Não estamos na nossa casa, em um quarto de hotel, talvez.

Há uma mulher dormindo ao lado do meu marido. Dou um sorriso.
Ela é alta e loira, o tipo que atrai Steve no sexo. Talvez as pessoas me achem louca, mas eu gosto. Gosto da ideia de dividir o meu marido, ou de te que estar com mais de um homem. Ontem a noite foi uma mulher, talvez hoje eu deva arranjar um homem a mais para me divertir. 

—Steve! — o chamo outra vez.

Quando vejo que ele não irá acordar toco a mulher, tento lembrar o nome dela, Clara... Karla... Karen, o nome dela é Karen!

— Karen — a  chamo devagar, ela se mexe e abre os olhos.

Seus seios estão a mostra, essa é a parte ruim. Vê-las da forma como veio ao mundo. Eu já disse a Steve que não as quero dormindo conosco, se os homens não podem dormir comigo, elas também não podem dormir com ele, mesmo que nosso relacionamento seja aberto.

— Olá, Karen — digo a ela. — Acho que está na hora de você ir.

Sua bunda redonda passa por mim e ela caminha até a poltrona em que deixou suas roupas.

Assisto ela vestir as suas roupas e em seguida prender os longos cabelos que descem até metade das suas costas.

— Seu marido é um espetáculo. — Ela me dá um sorrisinho e lhe entrego um outro.

— Nos vemos por aí. — digo a ela.

Ela caminha até a porta e sai do quarto. Dou um longo suspiro e me sento em uma poltrona.

Olho para Steve. Meu marido é único. Másculo e  intenso. Desde que eu o conheço é assim.
Crescemos em um orfanato em Chicago, ele já estava lá quando eu cheguei. Meus pais morreram quando eu tinha sete anos, e como não tive ninguém para cuidar de mim morei lá até os meus dezoito. Steve foi abandonado lá desde que era um bebê, me ajudou com a minha aceitação, com o fato de que meus pais não mais voltariam.

Começamos a namorar quando eu tinha 16 anos e ele 17, um ano depois ele teve que ir embora e eu fui com ele. Descobri que a casa dos meus pais tinham ficado pra mim e eu só precisava reclamá-la e a teria de volta.

Moramos em alguns lugares sombrios até eu ganhar os pertences dos meus pais. depois que eu recuperei tudo, foi o suficiente pra eu viver uma vida tranquila ao lado dele. Estudamos. E hoje vivemos uma vida confortável.

Quando nossa relação começou a esfriar a uns dois anos atrás, quase nos separamos, mas fomos à uma boate e encontramos uma mulher ruiva que estava a fim de um trisal, eu odiei a ideia no primeiro momento, mas acabei aceitando. Não foi a melhor sensação da minha vida, mas melhorou quando eu tive a oportunidade de ter a experiência com um homem. Percebi que eu gostava de estar com outros homens, e algumas vezes estar em um trisal. Abrimos nosso relacionamento e hoje saímos com vários. E ainda assim nos amamos, óbvio que existem regras, como por exemplo, não dormir na mesma cama que a nossa diversão. 

Visto o meu vestido vermelho curto e meu salto. Merda! Devia ter vindo com uma roupa mais confortável, pego o casaco de Steve e visto. Arrumo nossa bagunça e o chamo mais uma vez, desta vez ele acorda e me dá um sorriso. 

Passo a mãos por seus cabelos loiro, e vejo o azul de seus olhos.

— Bom dia, amor. — Ele me diz

— Bom dia, Steve. Precisamos ir. — Digo rapidamente, ainda chateada com a quebra de umas regras.

— Ela desmaiou ok? Como eu poderia tirar ela da nossa cama?

Atração PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora