"Estou louca! Muito louca!" - Melina pensou se jogando na cama, um misto de vergonha e alegria a invadindo. Ela tinha feito uma escolha ridiculamente romântica, logo ela que não era nem um pouco ligada em romance, era estranhamente satisfatório eles serem tão diferentes. Quem a vesse ali sonhando acordada olhando para o teto do quarto não imaginaria que ela era uma mulher de negócios apaixonada pelo "peixinho" que nadava contra a correnteza.
Ela pegou um travesseiro e cobriu o próprio rosto momentaneamente, um rápido surto.
- O que está fazendo? - Anna perguntou encostada no batente da porta. A garota parecia estranhar a reação da irmã.
Rapidamente Melina se recompôs e sentou-se na cama.
- Nada demais. - Fingiu indiferença. - Não devia estar estudando? São quase onze horas agora. - Olhou o horário na tela do notebook, e então percebeu que passou mais de uma hora pesquisando métodos de declarar para o melhor amigo.
Anna se aproximou com uma expressão questionadora.
- Desci para fazer um lanche, e vi que você tinha chegado. - Anna se sentou na borda da cama, enquanto tentava sorrateiramente ver a tela do notebook. - Por que você está vendo flores? Além do mais, não deveria estar na empresa?
Melina fechou o notebook, e sorriu para a irmã.
- Tenho outras coisas para fazer hoje. - Se levantou e delicadamente tocando os braços de Anna a fez se erguer, posteriormente a direcionando até a porta. - O que significa que estou ocupada, muito ocupada.
Anna não fez questão de contrariá-la, mas ainda tinha aquela expressão desconfiada.
- Quando vamos acampar? - Melina fez uma careta ao ser relembrada. - Você prometeu!
- Logo, eu juro. - Prometeu novamente. - Assim que terminar de resolver algumas coisas, vamos acampar, prometo!
- Você está me enrolando. - Anna cruzou os braços.
Melina colocou as mãos sobre os ombros dela, e deu um sorriso.
- Juro que vamos acampar, não estou te enganando. E tem mais, vou levar o Lucca conosco.
- Sério? - o rosto dela se iluminou. - Faz um tempo que o tio Lucca não vem.
- Você devia deixar de chamá-lo assim.
- Por quê?
"Porque estou tentando transformá-lo em seu cunhado" - Melina pensou, mas não respondeu isso. Tanto Ângelo quanto Anna eram fans de Lucca.
- Depois decidimos sobre nosso acampamento, agora você deve terminar suas aulas da manhã, enquanto eu tenho que me arrumar para sair. - Anna se deu por vencida e a deixou sozinha no quarto.
Um tempo depois, Melina se encarou no espelho, tantas vezes já tinha visto aquele mesmo reflexo, mas naquele momento, especificamente, ela tinha se arrumado visando atrair a atenção dele, mesmo em várias ocasiões diferentes sendo elogiada por ele, idependente de como estivesse vestida, ela queria impressioná-lo, e para isso sabia o que ele mais gostava. E se ia tentar seduzi-lo, faria o seu melhor.
No meio de sua última aula, um enorme buquê de rosas vermelhas apareceu na porta de Lucca, por mais que ele tivesse pedido para não fazerem esse tipo de coisa na sua aula, alguns alunos insistiam em mandar presentes para as namoradas justamente na aula dele, talvez estivesse sendo um professor muito bonzinho. O entregador pediu licença, logo um burburinho ganhou volume, algumas meninas estavam animadas para saber quem era o destinatário. Tentando manter o controle, ele pediu silêncio, e se aproximou do entregador.
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Eu NÃO Te Mereço
RomanceLucca Ricci e Melina Sorelli se conheciam há sete anos. Durante esse percurso se tornaram melhores amigos, mesmo sendo extremos opostos. Lucca era o filho caçula de uma família rica, cujo os homens tinham fama de mulherengos e festeiros. Fugindo do...