The Fallen (O Caído)

lembranças de Lama e Sangue

ÍCAROS

Os estrondosos sons de explosões, chão lamacento e escorregadio atrapalhava a movimentação das tropas dos Leões Dourados chegando por veículos marinhos carregados por Leviathanianos. Seres robustos capazes de atirar altas pressões d'água em seus inimigos. Tropas mais a frente sendo liderados por um homem de uma armadura robusta e pesada, saiote que parece com um tapete de tão grosso, em suas coxas haviam placas de metais douradas, mais acima um grimorio com um enorme rubi ovular cintilante parecendo que a qualquer segundo uma mágica poderia ser solta. Sua armadura de placas não somente suja de lama, mas com sangue, estava tão suja de sangue que o Dourado mal era visto, apenas o vermelho escarlate que não se sabe se era aliado ou inimigo, suas ombreiras destruídas e sendo removidas junto a um capacete em forma de Leão, mas com um chifre de rubi reluzente que parecia fundir-se com o sangue escorrendo da máscara que é jogada ao chão com seu dono vislumbrando uma pessoa ao topo de uma pequena colina. Os cabelos cacheados eram loiros com um tom avermelhado. E esse homem de aparência tão impiedosa, era eu.

- Lucylllyfer Jacinkund, sem jogos, sem interrupções, vamos lutar como guerreiros até um cair. Aqui nós decidimos quem sai vivo dessa brincadeira de gato e rato! LUCILLYFER JACINKUND, EU ÍCAROS DARGONIANO CARCERO LHE DESAFIO PARA UM DUELO DE GUERRA EM NOME DO PAI SOL KÛRASHI, COMO SEU PALADINO LEAL.

O Sol reluzente batia forte sobre minha armadura peitoral, com o campo de batalha chegando ao auge de seu crepúsculo. Lá se encontrava aquela tamanha mulher, dois metros e dez de altura, devia pesar por volta de duzentos quilos com sua armadura feita de escamas roxas de dragão que reluziam com pequenos raios de sol batendo nela. Sem seu capacete de forma de dragão de viseira que se abria com a boca do animal morto, seu rosto era belo para uma mulher que vivia em um fronte de batalha, pequenos cortes e arranhões, mas sua boca com lábios carnudos com pequenas bolinhas lembrando presas. Seus olhos sempre brilhavam em combate, eu achava aquilo atraente ao extremo, era duro nós sempre estávamos em batalha,
nossos exércitos estavam a nossa frente, mas mesmo assim eu conseguia vislumbrar dos olhos escarlates afundados num rio de águas negras, quase como os rubis que carrego comigo, sua pele negra reluzia de suor com o sol do crepúsculo batendo em sua face com seus cabelos brancos raspados nas laterais e somente uma grande e enorme trança.

- Tens a completa razão, e conseguir concordar em algo que você alegrou-me fez sentir-me como se finalmente estivéssemos chegado a hora! ÍCAROS DARGONIANO CARCERO! EU LUCILLYFER JACINKUND FEUKLAMI, ACEITO SEU DUELO DE GUERRA COMO A RAINHA DAS SUCCUBUS SACERDOTISAS E FILHA DE SOIBHYTKUS.

Com um salto, que mais parecia um impacto de dois dragões caindo ao solo, cruzamos nossas armas. Lucilly com seu maciço martelo de guerra, negro com um bico de corvo na outra extremidade e sua cabeça pequena, porém, um impacto daquilo desferido por ela seria o mesmo que ser atingido por uma garra de um ser dracônico, e eu que estava com meu escudo com um imenso rubi em sua fronte, porém tão maciço quanto diamante, este escudo de torre quase todo entalhado com escritas Elfícas e talhado no mais puro ouriçasso. O chão entre nós se abriu em uma enorme cratera de quase quinhentos metros, todos neste raio foram jogados para longe ou morreram com o impacto. O tremor por vir a seguir era de um segundo ataque pesado vindo da minha espada, que com meu manejo gerou um vendaval que cortou quem ou o que ainda permanecia no local do impacto.

Foi uma serie de golpes com impactos sentidos por todos os lados da guerra onde naquela região foi emitido uma ordem de retirada que foi audível o suficiente para que ambos os exércitos escutassem. Com o sorriso visivel na face dela, pude notar que agora lutaríamos sem nos segurar. A luta perdurou exaustivas horas, eu sendo poder bruto e inesgotável e Lucilly sendo uma fonte grande, porém de uso extremamente inteligente, ambos estávamos em pé de igualdade, ao nosso redor a paisagem aparentava ter sofrido uma grande catástrofe. Onde antes existia um lago, agora existiam rajadas latentes de energias roxas e douradas que eram vistas pairando no ar. Me encontrava em pé com um saiote pesado e o que parecia uma liga roxa em meu corpo, estava em posição de combate corpo-a-corpo, ali já havia exaurido todo meu poder mágico assim como daquela mulher, que agora usava um pedaço de cota-de-malha e uma armadura de Ganbson queimada e rasgada revelando seu ombro direito.