• | ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 3 |

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Deveria saber que sair da minha zona de conforto para comandar uma contratação de novos funcionários, sabendo muito bem que Venâncio poderia fazer isso para mim, daria muito errado

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Deveria saber que sair da minha zona de conforto para comandar uma contratação de novos funcionários, sabendo muito bem que Venâncio poderia fazer isso para mim, daria muito errado.
Sempre fui rude, um verdadeiro carrasco quando se trata de uma entrevista para contatar alguém para trabalhar em meus restaurantes, mas por que diabos eu estou levando isso como se a mulher à minha frente fosse importante? Eu não dou a mínima, aliás, nunca dei e não será agora.

Encaro Mariana mais uma vez, sendo saudado por longos cílios pretos, cabelos castanhos e um par de olhos azuis que facilmente pode ser comparado com as águas do mar. Quase que como um idiota, demoro tempo o suficiente para soltar a minha mão da dela e desviar meus olhos dos seus.

Sua pele é macia, a mão pequena de dedos finos, abraça a minha pele como algo mágico. Suas unhas estão pintadas em um tom forte de vermelho carmesim, a cor contrastando com a sua pele pálida.

Eu não quero, mas é inegável o quanto é bonita. Por toda a minha vida, nunca tinha reclamado da minha visão. Enxergo muito bem, a ponto de saber o que está à minha frente. Sardas pintam seu rosto, coberto por uma maquiagem levinha. Os lábios têm o brilho do gloss rosa chamativo. Os cabelos caem em ondas por seus ombros magros, descendo até que contorna a curva do seu seio, escondido pela camiseta que usa. Simples. Nada nela parece ter sido colocado ali para chamar atenção, no entanto, é isso que me intriga e me irrita na mesma intensidade. Mariana sequer faz esforço para chamar atenção para beleza que esbanja.

— Estou realmente contratada? — O soar da sua voz melodiosa, faz uma chama aquecer em meu corpo. Essa merda está errada, pois a única mulher que fez isso acontecer comigo, era aquela que jurei amar pelo resto da eternidade, mas que me deixou tão brevemente. Minha ruiva.

Ela espera pela minha resposta, um sorriso tomando conta de seus lábios grossos e beijáveis.

Beijáveis? De onde tirei essa besteira?

Tomo o meu lugar na cadeira atrás de mim, ficando longe dela o suficiente para que eu possa respirar, o que está sendo difícil.

Meu olhar escurece, transmitindo a indiferença mentirosa que sinto nesse momento. Quando meus olhos caem sobre Mariana mais uma vez, o sentimento engenhoso que se apodera do meu ser, faz uma lasca de irritação correr forte em minhas veias. Ela movimenta seu pescoço e o cheiro de shampoo se entranha em minhas narinas. Baunilha, estou supondo.

As írises de seus olhos grandes, são suplicantes agora, e eu penso: Será que é uma boa fazê-la implorar pela vaga de trabalho, enquanto eu a faço montar o meu pau como uma amazona?

Este pensamento fica sem qualquer resposta. Isso não está nem mesmo nos planos. Faz parte da regra número um da empresa, nunca se relacionar com uma funcionária, mesmo sabendo o quão forte esse desejo está me ocorrendo. Eu poderia ter gargalhado em descrença ao pensamento inútil, mas a irritação que toma é a pior de todas. Eu a deixarei trabalhar aqui, mas ficarei longe dela. Isso é um fato!

MEU CHEFE BILIONÁRIO VIÚVO | sᴇ́ʀɪᴇ ɪʀᴍᴀ̃ᴏs ᴀʟᴄᴀ̂ɴᴛᴀʀᴀ - 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora