A PERDA MAIS SIGNIFICATIVA DE KONAN

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Eu estava no salão comunal da corvinal, refletindo sobre a decisão de ter voltado. Abri uma caixa onde guardava algumas memórias. Sorri ao ver uma foto minha com Nagato e Yahiko, vestidos de sapo. Uma cortesia do Jiraya, ele adorava nos vestir daquele jeito para que nos mostrasse criaturas, segundo ele funcionaria como uma camuflagem, a verde é que aquilo, sempre dava errado. Meus olhos se encheram de lágrimas, lembrando daquele tempo, ver Nagato e Jiraya me balançava muito, e infelizmente cheguei a conclusão de que a sensação de culpa nunca havia me deixado.

A História que vou contar, não tem um final feliz, se é isso que espera, sugiro que pare de ler agora. Mas sinto que contar o que houve naquele dia, pode me fazer ver as coisas com novos ângulos, e talvez encontrar as respostas que preciso.

Eu, Nagato e Yahiko, éramos aprendizes de Jiraya. Nas famílias bruxas é comum aprendermos a ler e escrever em casa, e o atual professor de trato das criaturas era responsável por isso. Mas o maior trabalho dele era conseguir fazer nós três ficarmos parados dentro de casa. Era clássico de Yahiko, fazer a cabeça do Nagato para fugir das lições, eu sempre tentava fazer eles voltarem, e nunca dava certo.

Uma das vezes que matamos a aula, Yahiko insistiu que fossemos além das colinas que eram vistas da residência da família Uzumaki. Lendas diziam que havia uma cachoeira da qual poucos haviam de fato encontrado.

— Sabe Nagato eu tenho certeza de onde fica. Um dos garotos me contou no beco diagonal. Depois da última trilha, tem que continuar andando. Daquela vez que a gente foi. Não continuamos. — Yahiko estava empolgado enquanto arrastava Nagato para a trilha.

— Yahiko, a gente vai se meter em confusão de novo, o professor Jiraya vai matar a gente. E daqui a pouco ele encontra nós três. — Bufei. — E eu não vou vestir aquela fantasia de sapo ridícula de novo.

— Ko, para de ser chata, a gente vai e volta rapidinho, além do mais a professora Tsunade tá lá em casa o velhote nem vai dar falta da gente. — Na tentava me tranquilizar mesmo eu ainda achando errado.

Naquele momento, Yahiko se virou pra mim, dando um sorriso maroto, o mesmo que ele dava sempre que queria me convencer de algo.

— Konan meu doce anjo, você não quer ser a chatonilda que vai proibir a gente de se divertir, e além do mais eu posso te prometer dez sapos de chocolate na volta, caso você dê um sorriso agora.

— Ah é ?! E onde foi que o senhor descolou esses chocolates? — Perguntei um tanto desconfiada, ainda seguindo caminho.

— Isso é segredo, se eu contar vou ter que te matar. Mas posso prometer que não roubei nada. — Yahiko piscou pra mim, se virando novamente seguindo a trilha.

— Guri mente que o cu nem treme — Nagato sorriu, colocando a mão sobre meu ombro, enquanto mastigava um matinho que tinha roubado do campo.

Andamos por algumas horas, desejando muito termos levado algumas garrafas de água, a floresta às vezes ficava um pouco densa e eu jurava que Yahiko não fazia a menor ideia de onde estava indo. Quando ouvimos o som da água, ele ficou ainda mais insuportável.

— AHA! EU FALEI, FALEI!! AGORA KONAN ME DEVE UMA BITOQUINHA! — Ele sorria vitorioso.

Nagato revirou os olhos assim como eu, tirando o braço do meu ombro.

— Não lembro de ter te prometido nada Yahiko. — Segui até a cachoeira sendo acompanhada por Nagato, que estava um pouco sério, sem eu saber a real razão.

O lugar era lindo, mesmo com toda a mata envolta, a beira era composta por flores. A copa das árvores se abria ao céu, permitindo a entrada da luz solar, criando alguns arco-íris, com os respingos da água que caia pela cascata.

OS CONTOS INACABADOS DE NARUWARTS Onde histórias criam vida. Descubra agora