Sen Benimsin

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Olá amores...
Eu tinha essa one faz um tempinho.
Uma querida, está aniversariando hoje e me pediu uma one de presente.

Espero que goste.

Parabéns! gisampa

Gratidão a GAYWORLD--BL
Ela arrasa sempre e embarca nas minhas loucuras. Amei a capa.



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Turquia 1600



Caminhava apressado por entre a floresta, era perigoso para qualquer pessoa se arriscar daquela forma, mas não poderia deixar seu pai, a única pessoa que lhe restara, morrer sem que o ajudasse. Após colher várias ervas seguindo as orientações do grimório de sua mãe, foi difícil olhar os desenhos das plantas em preto e branco e tentar encontrar na diversidade que era aquelas flores e folhas, e quando percebeu já estava anoitecendo. Enrolou todas as plantas em pano para não perder nenhuma, amarrou sobre suas costas e correu apertando o livro no peito.

Avistou ao longe a lamparina acesa, isso indicava que seu pai tinha conseguido levantar da cama, caminhou mais rápido e assim que entrou na casa, encontrou-o sentado numa cadeira, lendo um pergaminho oficial com o símbolo do sultão.

— Não podem recrutá-lo... O senhor está doente, não viverá um dia em guerra. — aproximou-se e tocou a testa do pai, estava quente.

— Por que demorou tanto? Sabes como é perigoso lá fora.

— Perdoe-me, estava procurando as ervas. Vou preparar as porções, logo se sentirás melhor, meu pai.

Movimentava-se de uma lado para o outro pegando os recipientes, no instante seguinte estava com o pilão de madeira e amassava algumas ervas, concentrava-se no que estava fazendo com tamanho cuidado e o seu pai apenas o olhava com lágrimas nos olhos.

— O sultão exige que eu envie minha única filha virgem para o seu harém. — falou e observou seu filho parar o que estava fazendo e voltar a atenção para si.

— Como seria possível? Ayla está casada há mais de 3 anos, baba (papai).

— Pensei que podias ir no lugar dela... — Arrependeu-se no momento que falou tais palavras. — Perdão, deixei-me levar pelo desespero.

— Já estou terminando, deite-se e vou cuidar de seus ferimentos. — Observou o homem levantar com dificuldade e logo deitar-se na cama.

Levou uma bandeja com várias especiarias, ataduras, água e vinho, sentou ao lado do pai, como todo cuidado limpava cada ferimento, colocava as pastas feitas com as ervas e depois enrolava as ataduras. — Seu nome faz jus a sua personalidade, tu tens a nobreza na alma. — ainda fraco, seu pai tinha uma voz grave e forte. — Eu não quis dizer aquilo, só tenho medo por sua vida, quando eu me for...

— Baba, não pense isso, vamos ficar bem. — colocou o jantar próximo ao pai. — Como um pouco.

Sentou na mesa, pegou o comunicado, leu atentamente cada palavra e tomou sua decisão. Separou algumas roupas que ainda tinha da sua irmã, guardou seu recrutamento oficial, a partir daquele dia não seria mais Magnus Asil Bane, e sim, Ayla Bane.

Tu és meuOnde histórias criam vida. Descubra agora