Deu a Louca na Loira do Banheiro

9° Capítulo

Acordo sentindo minha cabeça latejar como se tivesse algo pulsando dentro dela.

Olho em volta assustada ao me dar conta que estou em um hospital. 

Vejo um homem sentado em uma cadeira a alguns metros e voltar a atenção em mim ao me ver despertar.

Se aproxima e força um sorriso:

— Está bem?

— O que aconteceu?

— Provavelmente você caiu no banheiro da escola, eu sou o vice-diretor Channing Armstrong.

— Ligaram para o meu pai?

— Sim. E ele estava bêbado demais para vir, ele perguntou se você tinha morrido, eu disse que não e ele desligou e não atendeu mais.

Engulo em seco e molhos os lábios sem graça.

Pisco algumas vezes ao me lembrar da loira saindo de dentro do vaso, Luh me jogou em cima do fantasma e fugiu.

Channing questiona curioso:

— O que aconteceu garota?

— Eu... Acredita em fantasmas?

— Eu vou chamar o médico.

Saiu andando.

Reviro os olhos, era óbvio que ele ia pensar que sou louca.

Katrina desvia minha atenção ao entrar no quarto onde estou e me olhar surpresa:

— Você não morreu?!

— Graças a Deus não, mas não sei por quanto tempo vou permanecer viva?

— Descobriram um aneurisma?

A encaro confusa:

— Não.

— Doença terminal? Câncer? 

— Eu não estou doente.

— Então por que não sabe por quanto tempo vai permanecer viva?

— Porque tem um fantasma atrás de mim.

Katrina revira os olhos e balança a cabeça:

— Coitadinha, bateu a cabeça forte demais.

— Katrina aquela invocação que fizemos deu certo.

— Ahan — Ela mexe no celular me ignorando — Sei. Só estou aqui porque eu abri a porta e se tivesse te matado um policial gostoso ia me levar para depor, agora eu não preciso mais, droga! Nem para morrer você presta!

Saiu andando.

Reviro os olhos sabendo que não tenho quem me ajudar...

Após receber alta o vice-diretor me deixou na porta da minha casa, antes que eu descesse do carro ele me interpela:

— Srta. Morgan. 

— Eu estou bem, Sr. Armstrong, não precisa se preocupar.

— Eu não estou preocupado, só quero que tome cuidado e não caia novamente na escola, eu não gosto de hospitais.

Pisco algumas vezes e saio do carro fechando a porta.

Solto uma respiração pesada e pego meu celular vendo uma ligação de Ash, atendo:

— Oi?!

— Quem fala?

— É a Gabby, você me ligou.