"Há pessoas que são de fato, anjos. Mas por quê Deus os trouxe para cá, se seu destino não foi de ficar?"
No dia 09 de julho de 1422 no saguão próximo a escadaria, é possível localizar a mulher mais bela de todo o reino. Ela estava magnífica uma beleza crucial e invejada pelos demais. Tão bela quanto o nascer do sol em um horizonte. Akane Inui, a exemplar princesa de Amis e futura rainha. Seu vestido costurado a mão de um dos melhores costureiros de toda região, foi exatamente composto do melhor material. O brilho estrategicamente colocado em pontos específicos destacava sua pele alva. O decote popular, democrático e versátil alongava sua silhueta e valorizava seus seios pequenos. O cabelo loiro preso em um coque baixo despojado, deixava a leveza de seu rosto ainda mais explícita.
Em seu vigésimo aniversário a Inui se sentia um pouco apreensiva pelas responsabilidades que começariam a surgir. Governar um reino inteiro com certeza não era uma fácil tarefa e com ela viria também suas atitudes que seriam podadas, sua liberdade não iria ser mais uma prioridade, tudo que faria a partir do momento que fosse coroada passaria a ser em prol do reino. Os pensamentos conturbados da mulher faziam com que ela entrasse em uma curta crise de melancolia (como a loira se punha a chamar os episódios que duvidava da própria capacidade).
Porém, respirou fundo retomando a sua personalidade dócil de irmã mais velha moldada para ser o exemplo. Fez-se a ir em direção ao início da extensa escadaria dourada, o tapete vermelho estirado nos degraus decorrentes deixava tudo surreal, não demorando para os súditos notassem a sua ilustre presença, e logo os aplausos soaram por todo o ambiente eles estavam boquiabertos com a princesa, Akane era comparada há uma rainha tamanha sua formosura.
Dessa forma, deu início a sua descida pela a escadaria, segurando a barra de seu vestido para que não houvesse perigo de cair ou escorregar sobre ela e com um sorriso carismático costumeiro, acenava para os cidadãos, enquanto, procurava com os olhos duas pessoas específicas: Seu irmão mais novo, e seu amigo. "Imagino, que devam estar aprontando alguma coisa" Pensou a mais velha.
Há exatamente três dias atrás, o loiro andava sem um rumo aparente pelo bosque a procura de seu amigo e não demorou para que o visse há alguns metros distância sentado abaixo de uma árvore de sombra ampla. E rapidamente se pôs a caminhar em sua direção.
Ao se aproximar por trás da árvore aonde o garoto repousava, pode ter o vislumbre de um pequeno objeto nas mãos dele, e subtamente o pergunta:
— O que tá fazendo Koko? — Se referindo ao mistério que o moreno fazia com o objeto. O garoto levou um tremendo susto quando ouviu a voz de Inui atrás de si, não percebeu a repentina aproximação do loiro, por sua vez quase derrubando o que tinha em mãos. E com um tom de escaneio reponde para o amigo:
— Agradeceria se as vezes você não fosse tão cauteloso ao se aproximar — virou seu rosto para o lado oposto de onde Seishu estaria, se emburrado, não queria estragar o presente que preparou para a mulher que levaram meses de espera.
— Você não respondeu minha pergunta... — interrogou novamente. O Inui mais novo saiu de trás da onde se recostava se pondo a se sentar ao lado de Hajime. No momento, perto o suficiente teve a visão de uma belo colar prata, com o pingente delicado de uma pedra que aparentava ser um Quartzo Rosa, com detalhes igualmente prata que o prendiam junto do colar formando uma jóia expendida. Se surpreendeu com a criatividade de Kokonoi desta vez — É bem bonito, ela vai adorar...
— Tem certeza? — O garoto volta sua atenção para o amigo, com os olhos cheios de expectativa ao ouvir aquelas palavras vinda dele. Bem, seus olhos sempre brilhavam somente em tocar no assunto: Akane Inui. Hajime era apaixonado por cada linha da mulher, e prometeu para ela que quando atingisse uma idade apropriada eles se casariam. Mas, a Inui mais velha sempre fora sincera com seus sentimentos sobre o moreno. Entretanto, aceitou se casar com Kokonoi quando ele alcançasse uma idade adequada.
— Claro, e por quê ela não gostaria? — O loiro perguntou. Inupi sempre fora uma pessoa perceptiva, observava cada expressão de Hajime pelo canto de seus olhos. Pode ver o doce sorriso dele se formar enquanto pensava nela. Em momentos como esse sua mente virava uma confusão, não sabia o que sentia ou o que deveria sentir, mas, de qualquer jeito parecia ser errôneo de todas as maneiras. Todavia, estar na presença de Kokonoi era uma sensação incrível, a forma com qual não precisavam de palavras para se comunicarem deixava explícito a conexão que tinham um com o outro.
— Bem... Não deve ser o melhor presente que ela já tenha ganhado na vida — corou com a sua fala. Esteve incerto de dar a pequena lembrança para a loira, visto que, ela devia ter objetos, jóias, e tesouros melhores. E no final o que diferenciaria seu presente dos demais utensílios?
— Mas, você é alguém importante pra ela — justificou-se. Seishu encostou sua cabeça na árvore observando o campo vasto do extenso bosque. A leve brisa batia em seu rosto trazendo o aroma refrescante das plantas e das flores. Respirou fundo e fechou seus olhos degustando daquela sensação, amava ver as coisas de diferentes modos e diferentes perspectivas.
O silêncio se perdurou por minutos, Kokonoi se perdia em seus devaneios sem um que viesse a ser concreto, navegava em coisas sem nexo algum. Ao contrário, Inui descansava os olhos em um cochilo suave o que na verdade mais aparentava que ele estava em um sono profundo. E de imediato Hajime concluiu de forma precipitada que ele adormeceu ali mesmo, com um sorriso genuíno em seus lábios, pensou: "A preguiça deve ser de família". Era um fato plausível, pois, Akane e Seishu possuíam o mal costume de dormir em lugares um tanto, diversificados – diga-se de passagem –.
No momento que analisava Inui com os traços delicados e sensíveis de um anjo, ele parecia ainda mais com ela. Incrível a semelhança que existia entre os dois irmãos. E com um pensamento mais alto que o normal acabou expondo seus sentimentos internos para Seishu:
— Queria que soubesse que você se parece muito com Akane-san, e a forma com qual se assemelham toda vida me encantou. — respirou fundo sentindo o soprar dos ventos batendo em seus cabelos, e olhando para a ampla vista que teria logo a sua frente, completou - Em outras ocasiões, eu tenho certeza que me apaixonaria por você, Inupi.
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Reescrevendo essa maravilha por que estava com falta de roteiro e enredo, melhorei a escrita. Digamos que está aceitável agora, perdoe-me pelos erros ortográficos (que deixei passar) mas fiz com carinho pra vocês. Obrigada por quem leu, favoritou e comentou.E como eu disse, esse casal é mal abordado e desenvolvido, logo aqui na história vou fazer que não fique algo tóxico e abusivo.
Beijos, até o próximo! 💐
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Último soprar dos ventos
FantasiaAs paredes mesmo que gélidas daquele cômodo específico do castelo, ainda se fazia presente o árduo calor das chamas que preencheram o quarto da princesa. Apesar disso, nem tudo se foi com as cinzas do incêndio. O garoto de mechas loiras com persona...