Destino Final

Mal Entendido

Opaaaaa, cheguei!!!!

Se acharem que essa autora pedinte merece, deixem seus votinhos e pelo menos um comentário ok?

Esse capítulo contém conteúdo sensível para algumas pessoas, se não se sentir confortável com a leitura, por favor para de ler: menção a abuso sexual ( sem narrativa) e violência psicológica.

Boa leitura a todos 💜💜

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ㅡ O que? Você ‘tá me sequestrando e pede ‘pra eu não te matar? ㅡ ele perguntou parecendo confuso ㅡ Me deixa sair seu tarado, você é maluco?

Sinceramente não estou acreditando que fui chamado de tarado!

ㅡ Tarado? ㅡ gritei irritado, quem ele pensa que eu sou? ㅡ Eu nem gosto de garotos! ㅡ  completei voltando a puxar seus cabelos na tentativa de fazê-lo me soltar.

ㅡ Não gosta ‘né, então porque me trouxe ‘pro meio do nada? ㅡ  berrou na minha orelha; totalmente surtado esse garoto.

ㅡ Foi você quem colocou o endereço seu maluco, ‘tá pensando que sou idiota? ㅡ  respondi, soltando dele para tentar alcançar o celular. ㅡ ‘Tá dizendo essas coisas só porque sabe que o aplicativo ‘tá gravando tudo né? ㅡ  acusei irritado por não conseguir alcançar o aparelho. ㅡ Se vai me roubar ande logo com isso, vou ter que trabalhar dobrado ‘pra recuperar o que vai levar! ㅡ me rendi, finalmente desistindo de me debater.

ㅡ Como é? ㅡ ele afrouxou o aperto e apenas cruzei os braços no peito; acredito que na minha boca tem um bico enorme de frustração.

Saber que a gente trabalha tanto para conquistar coisas que às vezes nos parecem impossíveis, para vir um garoto com cara de inocente, se dizendo estudante e levar tudo de uma hora para outra, me deixa profundamente frustrado. Eu nem desconfiei, a mãe dele me pareceu tão educada por mensagem, agora começo a desconfiar de que fazem parte de uma quadrilha que assalta motoristas de uber; desconfiar não, tenho é certeza.

E o pior é que ele vai tentar me fazer passar por errado, mas isso não vai ficar assim, eu sou um advogado afinal. Não passei cinco anos da minha vida parecendo um zumbi, sem comer direito, noites e mais noites em claro, ‘pra vir um malandro desses e… como é que se fala mesmo?

Me tirar de otário?

É, ele ‘tá me tirando de otário, mas vou mostrar ‘pra ele que não durmo de touca não. Eu também vim da quebrada. É hora de aproveitar que ele ‘ta marcando…

Respira fundo Jimin!

ㅡ Ahhhh! ㅡ  ele gritou quando o peguei desprevenido e mesmo que desajeitado consegui o puxar para frente, derrubando-o praticamente de cara no câmbio do carro.

ㅡ E agora seu ramelão? Solta a voz, qual que é a fita? ㅡ  usei eu melhor dialeto da quebrada com ele, quero que ele saiba que ‘tá moiado. Agora só preciso afundar a cara dele no banco e segurar com força.

ㅡ O que disse? ㅡ ele vai dar uma de desentendido. ㅡ Me soltaaaaa! ㅡ ele ‘tá mesmo chorando? ㅡ Eu n-não… entendi uma pa -palavra do que você d-disse, só por favor, me de-deixa voltar ‘pra casa, não faz na-nada comigo! ㅡ pediu com dificuldade, até parece sincero.

Confesso que sou um trouxa, manteiga derretida que não pode ver ninguém chorando, e o choro dele não parece teatro, meu Deuzinho do céu, o que eu faço? E se eu soltá-lo, e ele me atacar de novo?

ㅡ Que s-soltar o quê mano, só te solto q-quando a barca chegar. ㅡ  avisei buscando pelo meu celular, não o achando no painel do carro; mas ele tava aqui agorinha!