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𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚝𝚛𝚎𝚜- 𝚂𝚘𝚖𝚎𝚋𝚘𝚍𝚢 𝚝𝚘 𝙻𝚘𝚟𝚎

Rintarou estava voltando ao trabalho, agora, de bom humor, sentia que nada, absolutamente nada poderia arruinar seu dia, estava pensando em que horas deveria ir novamente ao bar.
    Ao chegar no deposito, procurou Osamu, que estava auxiliando alguns agentes.

— Hey, Samu, voltei.— Gritou enquanto andava na direção do amigo.— Como estão as coisas?
Chegando mais perto se deparou com um Osamu completamente confuso, a três horas atrás Suna estava com uma cara que mataria quem olhasse pra ele, e agora está até...sorrindo? Normalmente ele só sorria quando estava chapado.

— Sunarin, é você mesmo? Ficou fumando por três horas?— Perguntou Osamu o chamando pelo apelido, não conseguia entender o por quê do amigo estar tão feliz depois de perderem uma carga.

— Sabe Miya, eu conheci um anjo.— Disse somente isso e pediu atualizações, mesmo descofiado o platinado deixou quieto e explicou os ocorridos durante o tempo.
Logo depois Atsumu Miya, irmão gêmeo idêntico de Osamu, com somente o cabelo deferente, que ao invés de platinado era só descolorido, chegou. Atsumo era encarregado do transporte depois da coleta, e o "cara" dos contatos, qualquer informação das ruas podia ser conseguida com ele.

— Olha só, parece que nosso chefinho está feliz, apaixonado ou maconha?— Perguntou o falso loiro, que adorava fazer piadas, não importa a situação ou a pessoa, ele era sempre um palhaço.

— Acho que os dois. Diz ele que conheceu um anjo.— Susurra Osamu com tom de deboche para o irmão.

Conversaram mais um pouco sobre o estranho comportamento de Suna e todos voltaram ao trabalho, tinham muito o que fazer, sempre tinham.

    Já com [Nome], depois do episódio da noite aterior, foi para seu apartamento, que não era lá muita coisa, era uma kitnet com só um quarto de 40 metros quadrados, em sua opinião era o suficiente, já que nunca parava em casa. Você gostava de ficar no bar, passava seu tempo lá sempre que possível, todos os que estavam lá lhe tratavam tão bem que gostaria de morar lá, porém só trabalhava lá a noite, cantava uma música ou outra e ia embora, tinha mais empregos.
Como ajudante numa floricultura, garçonete de um restaurante fino e caixa de uma loja de vestes e produtos pra pele, fora cantar, claro. As vezes brincava que estava experimentando uma porcentagem da vida da Barbie, só pra não cair na declínio.

Eram trabalhos chatos, estava somente pelo dinheiro mesmo, cantar era o que te deixava feliz, mas felicidade não traz dinheiro, pelo contrário, gasta.

   Indo de um lugar para outro não pensava em nada, não conseguia, precisava manter seu foco no trabalho, mas mesmo assim, o garoto com lindos olhos vinha à sua mente de repente, queria vê-lo novamente, conversar mais, à noite anterior foi tão agradável, ele era um estranho, ainda é, e conversaram sobre coisas tão bobas. Mas era uma sensação tão boa, tão mágica.

O dia acabou, ou quase, agora estava na rua, a caminho do bar, e em alguma casa aleatória se era possível ouvir "Somebody to Love-Queen", mal você sabia que longe dali outra pessoa escutava a mesma música.

— É, acho que eu achei o meu "alguém para amar". Disse o garoto baixinho enquanto ouvia a música que tocava no rádio pensando no lindo anjo que conhecerá.

𝐑𝐞𝐚𝐥 𝐌𝐞𝐧- 𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora