CAPÍTULO 5°

425 67 8
                                    

Sarah não voltou mais pra sala ,depois do ocorrido ela ficou as últimas horas no pátio sentada no chão com a cabeça entre as pernas ,ela estava em um lugar quase imperceptível, quando faltavam dez minutos para o sinal tocar, eu saí da escola já com minha própria roupa ,peguei o carro e fiquei esperando dentro do carro próximo ao portão da saída, logo pude ver ela em meio a multidão de estudantes que saia pelo portão, seu semblante era mais triste do que antes.

Ela logo me notou e entrou no carro sem dizer uma palavra, seu nariz e seus olhos estavam avermelhados certamente devido ao seu choro ,eu precisava fazer ela se sentir melhor, tanto que nem me dei ao trabalho de perguntar como tinha sido o dia na escola ,afinal eu já sabia que tinha sido horrível.

J - Senhorita sarah ,o que acha de almoçarmos em um restaurante italiano ,por minha conta pra nós conhecermos melhor ?

Falei com um enorme sorriso no rosto, quem sabe isso não poderia animar ela.

S - Apenas me leve pra casa ,por favor.

Falou ela com uma voz tão baixa que mais parecia um sussurro ,sua fala também estava mais rouca do que o normal ,mas não contestei.

J - Tudo bem ,outro dia vamos então.

Falei ainda sorrindo ,mas quando olhei seus olhinhos já estavam cheios de lágrimas novamente ,descidi não falar mais nada durante o caminho , mas por diversas vezes eu ainda quiz parar o carro e abraça-la tentando lhe passar conforto, durante o percurso ela ia limpando as lágrimas que teimavam em cair de seus olhos.

Assim que chegamos na mansão Andrade, sarah subiu as escadas correndo ,até tentei ir atrás dela sem ser percebida é claro ,mas antes que eu excitasse bater em sua porta ,ouço um barulho de chuveiro sendo ligado, então resolvi deixá-la quieta ela precisaria de um pouco de privacidade.

Entrei na cozinha e liguei para um restaurante pra que fizessem a entrega do meu almoço e do de sarah ,o senhor Andrade havia me informado que a cozinheira não viria está semana então me deixou o número de alguém restaurantes no qual o mesmo já era cliente e também deixou um cartão com dinheiro para o que fosse preciso.

Uma hora depois ,vejo sarah descer as escadas ,ela agora vestia um casaco momento que ia até seus joelhos ,na verdade estava fazendo muito calor ,eu não entendia o fato dela usar uma roupa tão quente, será que ela escondia algo por baixo, bom quem sou eu pra questionar não é mesmo ,a menina também trajava uma calça leguin na mesma cor do moletom ,e nos pés ela estava usando meias brancas.

Seu rosto estava um pouco avermelhado e seus cabelos molhados ,provavelmente ela tinha chorando durante o banho recentemente ,ao ver como foi o dia de menina na escola percebi que ela sofria bullying no ambiente em que estudava ,eu apenas não sabia por qual motivo fazian aquilo com ela ,mas eu iria descobrir.

Nosso almoço praticamente havia acabado de chegar, e eu já havia arrumado a mesa então apenas chamei sarah, tinha pedido comida italiana ,seria bom até por que Roberto havia me informado que sarah adorava a gastronomia italiana ,e eu de alguma forma queria agrada-la.

O almoço foi um completo silêncio, vez ou outra eu erguia meu olhar para vê-la, mas a menina não havia tocado nem em metade da comida de seu prato, decidi enfim quebra o silêncio que emanava entre nós, fazendo uma pergunta devidamente estúpida mas eu precisava fingir que não sabia de nada.

J - Então sarah, como foi na escola hoje ?

Ela nem sequer levantou o rosto dando um suspiros pesado ,logo se erguel um pouco e falou.

S - Normal como qualquer um outro.

J - Como seria esse normal?

Ela finalmente levantou o rosto e me fitou com seu olhar, ela agora tinha uma expressão confusa no rosto.

S - por que ?

J - Há sei lá, apenas Quero saber se fez algo divertido, se foi bom ou ruim ,essas coisas ,desculpe se te irritei ou fui inconviniente.

S - Não, não era isso que eu quis dizer desculpa senhorita Freire.

Sua expressão agora era de medo e tristeza, como se eu fosse julga-la por ter falado algo errado.

J - ei calma ,tá tudo bem ,não precisa pedir desculpas.

S - Me desculpe mesmo senhorita Freire ,é que os outros seguranças não falavam comigo.

J - Eu entendo, mas não sou igual os outros certo...?

Ela apenas assentiu, nessa horas eu sinceramente mandei minha posse de durona pra ralo ,me levantei e fui até o seu lado da mesa ,então abri os braços lhe pedindo uma abraço que no começo foi retribuido com receio, mas logo ela me abraçou de bom grado.

J - Pode me chamar apenas de juliette, não sou tão velha pra tanta formalidade ,e pode contar comigo, serei sua diária companhia.

S - Tudo bem juliette, e só pra informar eu não te acho velha .

J - Bom saber ,há estava me sentindo idosa.

Quando falei isso ela me deu um sorriso ,e que sorriso lindo , retribui com entusiasmo ,eu não sou de sorrir ,ou de dar abraços nas pessoas, mas então por que eu sentia tanta necessidade de tê-la em um abraço que pudesse tirar a toda a sua tristeza.....







Gente os comentários de vcs me motivam a voltar mais rápido ,então deixe seus comentários ❤🌙

A Agente minha missão (sariette )Onde histórias criam vida. Descubra agora