"Eu não sou de fazer sala, então pensa, então tenta"

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O que elas tinham não poderia se encaixar em um namoro (talvez até passassem longe desse título) e negavam sempre que perguntavam se estavam juntas; nem elas sabiam se estavam, por que, então, os outros deveriam? Elas, com certeza, ficavam bem melhores sozinhas, isso não era novidade, o que era mesmo surpreendente é que elas ficavam ainda melhor juntas.

Por mais que tudo o que fizessem entregassem-nas da pior forma possível, elas permaneciam negando que aquilo não passava de apenas um caso. Era como o ditado "permaneça negando até a morte.", apesar de que não fazia tanto sentido assim se colocar esse papel que elas fingiam sobre a mesa.

Ter algo, de fato, valia alguma coisa? Era de suma importância assumir algo que poderia causar problemas em um futuro próximo? Ou era apenas para atingir e ferir um ego em específico?

Todos estavam errados e, sabendo disso, nenhuma das duas moveriam um dedo para assumir algo que não fazia diferença em suas vidas.

Chaeryeong tinha terminado um relacionamento recentemente, assim como Ryujin, então, a palavra relacionamento era uma das últimas que passava por suas mentes. Mas nem tudo corre exatamente como planejado, e essa história também não teve esse privilégio de dar "tudo certo".

Estavam juntas, nada disso importava. Mas, para os outros, isso importava demais, fazendo com que os questionamentos sobre estarem juntas, de fato, serem desconfortáveis. Era toda hora, por todo canto que passavam ou chegassem perto. Se estivessem no mesmo ambiente, haveriam inúmeras perguntas sobre o que elas tinham.

Diferente de Ryujin, Chaeryeong tinha uma reputação a manter e faria o possível para deixá-la de tal forma. A Shin não se importou com isso no começo, gostava de manter o que faziam no sigilo e apenas entre elas, só que chegou um momento em que elas não conseguiram disfarçar.

Ou, de certa forma, não quiseram mais esconder. E isso atingiu mais as pessoas do que deveria, em especial uma. Isso fez Ryujin questionar se Chaeryeong estava fazendo tal coisa por querer ou para afetar alguém.

Se fosse a segunda opção, a Lee provavelmente se sentiria culpada dias depois.

Não importava mais, agora todos sabiam que o que tinham não era só casual. Nunca foi, elas tinham uma química tão grande que era difícil de se disfarçar.

Mas, era óbvio. Não deixariam de viver suas vidas por conta de um boato que corria à solta. Se estavam felizes com aquilo que tinham, era mais do que suficiente.

Ryujin fez questão de quebrar todas as barreiras para continuar ali como ninguém nunca fez por Chaeryeong, assim como ela também fez o mesmo.

E, também, elas perceberam que só eram melhores na companhia da outra.

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