— Hope! Ela vai pegar a Hope! Temos que ir atrás dela, agora! — O desespero tomou conta de mim, incendiando meu peito com uma mistura de ódio e pavor. A ideia de alguém fazer mal à Hope era insuportável.
— Ela não vai pegar a Hope. Nós vamos resolver isso, e você vai ficar aqui. — A voz firme do meu pai cortou o ar como uma lâmina.
— O quê? Não! De jeito nenhum! A Hope é minha melhor amiga, eu não posso ficar aqui sem fazer nada! — Minha voz saiu mais alta do que eu esperava.
— Não! — Ele interrompeu, com a expressão dura. — Você decidiu ficar em casa, não foi? Então é aqui que vai ficar. Em segurança.
— Mas, pai...
— Chega! — Ele levantou a voz. — Não me obrigue a trancar você no seu quarto. Está decidido. — As palavras finais foram ditas com uma frieza que me calou instantaneamente. Baixei a cabeça em resignação, sentindo a impotência tomar conta de mim. — Rebekah, fique com ela. Se for uma armadilha, pelo menos você estará aqui para protegê-la... ou caso ela pense em fazer alguma besteira.
— Tudo bem. Só vão logo. A Aurora provavelmente já está em Mystic Falls. — A voz de Rebekah era séria, mas havia um toque de urgência.
— Estou fazendo isso pelo seu bem. Por favor, entenda. — Meu pai tentou suavizar o tom, mas a firmeza ainda estava ali.
— Eu sei... Vão logo. — Murmurei, mantendo os olhos no chão. Meu corpo parecia pesado, esmagado pelo peso da preocupação.
Senti o toque breve de seus lábios em minha testa, um gesto que deveria ser reconfortante, mas só intensificou minha angústia. Ele saiu sem dizer mais nada.
Klaus hesitou por um momento, me observando. Seus olhos diziam o que sua boca não conseguia, mas, no fim, ele também se virou e saiu, desaparecendo pela porta junto com meu pai.
[...]
Seis horas haviam se passado desde que eles saíram, e cada segundo parecia uma eternidade. Meu coração não batia mais no ritmo certo; ele pulsava com pânico e ódio crescente. Aurora. Só de pensar nela, meu corpo se enchia de uma vontade quase incontrolável de acabar com tudo.
Desde que saíram, tentei ligar inúmeras vezes. Meu pai atendeu apenas uma vez, numa chamada breve, para dizer que tudo estava bem, mas ainda estavam a caminho. Isso não era suficiente. Meu cérebro, inquieto e cruel, criava imagens horríveis de Aurora infiltrada na escola, armando um plano diabólico para capturar a Hope. Eu a via machucando das piores formas possíveis, e essas visões me torturavam.
— Vai, Klaus, atende! – Murmurei para mim mesma, quase em desespero, enquanto o telefone chamava mais uma vez. Já era madrugada e eu não havia pregado os olhos.
Finalmente, quando Klaus atendeu, um alívio tomou conta de mim.
— Klaus! Tá tudo bem? Vocês já chegaram? A Hope, ela... – Disparei antes que ele pudesse dizer qualquer coisa
— Tá tudo bem. A Hope está bem...
Ele me cortou no meio das perguntas, e ao ouvir sua resposta, soltei um suspiro pesado. Era como se um peso enorme tivesse saído dos meus ombros.
— E você? Como está? – Ele perguntou, com um tom mais suave.
— Ficando louca, né? Ninguém atende esse maldito telefone, e minha cabeça só consegue pensar no pior.
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Fruto proibido | { Klaus Mikaelson }
RomanceEssa história se inicia com uma pequena garota que por um acidente acaba matando o seu pai biológico pois não conseguia controlar sua magia, ela estava triste desnorteada com o acontecido mais acaba encontrando Elijah e construindo uma nova família...