— Pai, onde o senhor vai? — perguntei, descendo as escadas enquanto cruzava os braços e arqueava a sobrancelha. Eu já sabia muito bem a resposta, mas a provocação era irresistível. — Todo arrumado, bonitão...
— Eu e sua mãe vamos sair — respondeu ele, me dando um beijo rápido na testa. Eu não chamava a Hayley de mãe, nunca chamei, e nem sei o porquê. Ela era, sim, uma figura materna para mim, mas essa palavra parecia travar na minha garganta. Meu pai sempre respeitou isso, e continuava chamando-a assim por mim.
— Ah, então é um encontro romântico! — soltei, dando um sorriso malicioso.
— Não é um encontro — ele rebateu rapidamente, mas o tom entregava.
— Ah, claro... porque preparar uma surpresa para a Hayley e estar assim, todo engomado, não grita "encontro"! — continuei, apontando para ele de cima a baixo.
— Vão pra onde? — perguntei, tentando arrancar mais informações.
— Eu preparei uma surpresa e... — Ele parou, porque, naquele exato momento, Hayley desceu as escadas. O "e..." ficou no ar. Todo o resto perdeu a importância.
Ela estava... deslumbrante. Vestido longo azul-escuro, algo tão raro de vê-la usando que me fez arregalar os olhos.
— Uau! — Eu e meu pai dissemos em uníssono, como se tivéssemos ensaiado.
— Vocês estão exagerando — respondeu Hayley, rindo, mas claramente adorando a atenção.
— Exagerando? — Cruzei os braços e a encarei com falsa seriedade. — Hayley, você acabou de redefinir o significado de "espetacular".
— Minha princesa sempre tão doce... — disse ela, descendo até mim e beijando o topo da minha cabeça.
— Pai! — chamei, cutucando o braço dele. Ele continuava parado, com os olhos fixos nela. — Diz alguma coisa, por favor! Qualquer coisa!
— Estou tentando... — murmurou ele, balançando a cabeça como se estivesse em transe. — Mas nem as palavras mais bonitas do mundo seriam suficientes para descrever você.
Hayley riu e fez algo que me surpreendeu: deu um leve soco no ombro dele, brincando.
— Pare com isso, Elijah! Vai acabar me deixando convencida.
— Convencida? — Ele arqueou as sobrancelhas e segurou a mão dela com delicadeza. — Meu objetivo é exatamente esse.
Ah, eu estava derretendo. Era tão bonito que chegava a ser irritante.
— Ok, ok, Romeo e Julieta, podem parar! — interrompi, fingindo tédio. — Vocês estão deixando o ambiente muito meloso.
— Está com ciúmes, mocinha? — Hayley perguntou, me lançando um olhar divertido.
— Eu? Não! — recuei, erguendo as mãos. — Só estou tentando evitar que vocês me façam chorar de novo.
— Desde quando você anda tão sentimental? — perguntou meu pai, rindo enquanto fazia um carinho leve no meu rosto.
— Desde que vocês começaram a competir para ver quem é mais apaixonado — retruquei.
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Fruto proibido | { Klaus Mikaelson }
Roman d'amourEssa história se inicia com uma pequena garota que por um acidente acaba matando o seu pai biológico pois não conseguia controlar sua magia, ela estava triste desnorteada com o acontecido mais acaba encontrando Elijah e construindo uma nova família...