• eleven •

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ANY GABRIELLY

Ela ficou me olhou por longos minutos, como se tivesse pensado, se erra isso mesmo o certo a fazer.

-Eu não acho...-ela para por alguns minutos e depois volta a falar.-Eu não sei Any, talvez ele prefira me ver apenas como uma "amiga".

Howww que fofo, ela tá com medo da reação dele.

-Ele te adora Sabina, e é muito difícil para mim admitir isso.-suspiro sorrindo.-Eu só estou aqui por ele, Léo não queria nada e nem ninguém que não fosse você, então não precisa ter medo.

-Tudo bem... Podemos ir para um lugar mais aberto, para termos essa conversa ?

-Por mim tudo bem.

-Pequeno, o que acha de ir ao parque com a Bina e a mamãe ?-Ela pergunta enquanto colocar ele sentado sobre a mesa, de frente para ela.

-Vamox toma soveti di molango ?-Léo diz um pouco abafado por causa da chupeta

-Simmm.

Ela levanta com ele nos braços e balança ele um pouco no alto, fazendo Léo rir o que ele não tinha feito a manhã inteira.

Quando saímos da sala, os olhares se voltaram mais uma vez para nós. Léo estava nas costas de Sabina, e eu caminhando ao lado deles o que provocava mais cochichos, o que parecia não incomoda Sabina.

-Joalin, desmarca os meus afazeres do resto do dia por favor.-Sabina diz para secretaria de mais cedo.

-Pode deixar senhorita Hidalgo Soares.-ela diz com o mesmo sorriso no rosto.

"Hidalgo Soares."

-Obrigada Joalin, e até amanhã.

O caminho inteiro até o parque foi assim, Sabina e Léo não tiravam o sorriso do rosto, eles brincavam, cantavam alto dentro do carro e ficavam fazendo caretas um para o outro.

Eu nunca tinha visto Léo e muito menos Sabina sorrirem tanto assim, era contagiante as vezes eu me pegava sorrindo também.

Dizem que o amor verdadeiro ele não tem fim, é... Eu acho que é a mais pura verdade, eu posso está magoada, destruída por dentro mesmo depois de quase dois anos, mais ela sempre vai ser meu amor... A mulher que eu escolhi para dividir a minha vida, vou sempre carregar isso comigo mais ela nunca vai saber.

-Esta praticamente vazio.-digo quando nos sentamos na grama debaixo de uma árvore, no parque.

-Esta marcando chuva, deve ser por isso.

Sabina se senta e coloca Léo sentado em um lugar que ele possa olhar para nós duas, o sorriso não fazia mais parte de seu rosto agora, só restava a preocupação.

-Amor, a mamãe tem uma coisinha para te contar na verdade, eu e a Bina temos.

-qui foi ma ?-ele me olha curioso.

-Bom... Quando duas pessoas se amam, elas tem um sementinha bem pequenininha que com o tempo, vai crescendo.-Léo me olha atentamente.-Eu e a Bina nós amamos a uns anos atrás, e nasceu uma sementinha desse amor... Um sementinha muito linda. Só que a mamãe foi para o Brasil, e a Bina não sabia que eu estava com a sementinha dentro da minha barriga, mais a mamãe precisou voltar para cá, e agora ela sabe.

-Bina, conta plo Léo quem é.-Ele apoio as mãozinhas na coxa dela, e olha em seus olhos.

Quando você me pediu um presente a dois anos atrás, eu nunca imaginaria que você me pediria um pedaço de mim.

-É você pequeno.-ela passa a mão no cabelo dele.-Agora o Léo tem duas mamães, a mamãe Ny e mamãe Bina.

Léo volta a se sentar no chão ainda confuso e divide seus olhares entre eu e Sabina, de repente ele levanta dois dedinho e fica tocando eles, como se tivesse contando.

Trovão.

De repente um som árduo faz com que nós nos assuste, o trovão foi tão agressivo que quando olhei Léo já estava todo encolhido no colo de Sabina, com uma das mãos quase arrancando sua blusa.

-mamain Bina, medu.-ele choraminga.

Eu e Sabina nós entre olhamos, e sorrimos uma para outra soltando todo ar de nossos pulmões, o ar que nem nos percebemos que estava preso.

-Eu te amo pequeno Leão... A mamãe Bina te ama.-Sabina abraça Léo.

-Leão também ama a mamain Bina.

Trovão.

Nesse momento os pingos de água começaram a cai, as poucas pessoas que estavam brincando com seus filhos, saíram correndo nos deixando a sós.

-Vamos Any, rápido se não vamos nos molhar.-Ela diz preocupada se levantando as pressas com Léo no colo.

O céu que antes estava cinza agora estava preto, e era apenas 17:00 da tarde, a chuva começou a cair mais forte antes da gente chegar no carro, e como ele estava um pouco longe acabamos nós molhando, Léo menos que a gente já que Sabina tentava o proteger de todas as maneiras.

-Esta sentindo frio Pequeno ?-Sabina pergunta assim que entra no carro, e se senta no banco da frente com Léo em seu colo.

-Xim...-Ele diz enquanto bate o queixo.

-É um pouco grande mais serve.-ela se estica pegando um moletom no banco de trás e vestido nele.

Trovão

-Como vamos embora ? Tá impossível de ver alguma coisa Sabina.

A chuva já estava muito forte, não dava nem para ver fora do carro, tá impossível de dirigir assim.

-Abre o porta luvas e vê se tem uma chave.-ela diz quanto ligando o aquecedor do carro.

Assim que abrir, tinha várias coisas inúteis coisa que eu divido que um dia ela tenha usado, passeei minha mão por lá e achei uma única chave, grudada em um chaveiro.

O nosso chaveiro de casamento... S&A

-Para que você quer essa chave ?-pergunto guardando a chave novamente e fechando o lugar.

-Vamos para lá enquanto a chuva não passa, é o lugar mais perto.

-Eu não vou entrar naquele apertamento Sabina.-digo em um fio de voz.-Não depois de tudo.

-Se ficarmos assim molhados, vamos ficar doentes Gabrielly.-Ela me encara.-Léo não pode fica com essa roupa molhada, você é mãe a mais tempo que eu, deveria saber.

-Eu te odeio.-suspiro.

-Ótimo... Me mostre a novidade.-ela diz estressada.

Porque agente prefere se torturar por um amor passado que não sabemos se tem volta?

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𝘄𝗶𝘁𝗵𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora