• twelve •

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ANY GABRIELLY

–Não é o momento de trocarmos farpas Gabrielly, se ficarmos aqui sabe se lá que horas vamos conseguir voltar para casa.–Ela vira rosto para poder me encarar.–A casa está vazia não tem ninguém dês de que você foi embora, só vamos esperar a chuva passar e eu te levo para casa.

Por que eu nunca tenho segunda opção ?

Trovão.

Sabina se inclina ainda com Léo grudado em seu corpo, e passa a mão no vidro que estava embaçado em sua frente, mais antes que ela conseguisse da partida no carro, o vidro volta a ficar como estava antes.

–Eu vou limpando para você.–tiro meu sinto e vou passando minha mão pelo vidro.

–mamain Ny, Léo tá cum medu.

Olhei para Léo, que já me encarava com os olhinhos cheios de lágrimas e a boquinha roxa por causa do frio.

–Não precisa chorar amor, não vai acontecer nada.–Sem parar de limpar o vidro, passo uma das minhas mão em suas costas tentando o acalmar.

A avenida principal de Los Angeles, estava vazia... Não tinha carros e muito menos pessoas, Sabina não saia de 20 km por hora e parecia olhar atentamente os cruzamentos.

–Boa tarde senhor Smith.–Sabina diz assim que chegamos no grande portão.

Aqui estou eu... No lugar a onde jurei não volta nunca mais.

Boa tarde senhoritas, feliz em te rever any.–ele sorri para mim.

–Eu digo o mesmo senhor Smith.–forço o meu melhor sorriso, eu não estava nada confortável em está novamente aqui.

–Bom o prédio está sem energia, estamos tentando arrumar o gerador, por enquanto o elevador não está pegando.–Ele diz e abre o portão.

–Obrigada senhor Smith, tenha uma boa tarde.–Sabina diz antes de entrar por completo na garagem.

Lembro claramente desse estacionamento, a onde eu chorei tanto... antes de tomar a decisão mais difícil da minha vida. Tem algumas lembranças que ficam gravadas em nossas memórias, e eu sinceramente dúvido que um dia vou conseguir esquecer aquele dia.

–Naum...–Léo ameça chorar quando Sabina tenta colocar ele no chão.

–Não precisa chorar...–Sabina o pega de novo no colo e liga a lanterna do celular.

Levamos uns 15 minutinhos subindo escadas, eu fui um pouco atrás deles. Eu queira conseguir mostrar, o quanto está sendo difícil para mim encarar o passado que a dois anos atrás eu decidi fugir.

Fechei os olhos com força mais logo os abri de novo, quando ouvi o barulho da porta se abrindo em minha frente. Com muita dificuldade por causa do escuro, consegui ver alguns panos branco em cima dos móveis, e o silêncio amedrontador do lugar que um dia foi apenas sorrisos.

–Vamos subir, ainda tem algumas roupas aqui acho que dá para usar.–Sabina diz assim que terminar de trancar a porta.

Ela subiu na frente para iluminar o lugar com o celular, e eu fui um pouco atrás. Assim que entramos na suite, ela entrou no closet com Léo no seu colo, enquanto eu continuava parada na porta.

O quarto diferente dos outros cômodos, estava arrumado e limpo. E por incrível que pareça... Eu tenho certeza que o lençol da cama, ainda é o mesmo do daquele dia.

–Aqui tem outro moletom seco para colocar nele, e uma roupa para você. Eu vou ir para o outro quarto, tem toalha limpar no armário de baixo da pia.–Ela me entrega Léo.

𝘄𝗶𝘁𝗵𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora