My Life is Going On

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Óbvio que eu fiquei pensando sobre isso todo o caminho até a minha casa, cheguei, joguei meus sapatos sociais em algum canto e abri o aplicativo de paquera que Bokuto havia instalado para mim. muito Superficial, esquerda. Muito fofa, esquerda. Muito sensual, esquerda. Bufei, todas as outras mulheres que apareceram nessa tela fria do celular não eram do meu tipo, eu não sou exigente é só que sei lá ... talvez eu não esteja aberto a um relacionamento. Tomei um banho quente, e decidi ir dormir...

NO OUTRO DIA

Cheguei ao trabalho e todas as mesas do nosso lugar de trabalho estavam organizadas e limpas... Quando me aproximei da minha mesa ela estava com um cheiro tão bom de lavanda. Quem será que fez isso?

—Bom dia, chefinho!— S/N brotou na minha frente, quase me dando um susto

—Bom dia, S/N!— A cumprimentei e sentei na minha cadeira, tudo estava tão perfeitamente organizado que até descartei a possibilidade de ter sido a S/N.

—Hoje nós vamos visitar aqueles autores que você me deu a lista ontem!— S/N falou como quem não quer nada

—Obrigado por me lembrar S/N. Teve algum que pediu para falar em outro lugar?—A perguntei enquanto ligava o meu computador

—Não, todos ficaram bastante confortáveis em suas casas. — S/N falou olhando em sua agenda

— Isso é raro de acontecer... Você está com sorte. Bom, vamos pegar um café e começar essas visitas...— Falei e S/N rapidamente concordou

—Chefi...—S/N iria falar a palavra chefe no diminutivo e eu a interrompi

—Pode me chamar só de Akaashi...— Falei e S/N concordou

Fomos até a garagem e adentramos no meu carro, S/N no banco do carona e sem falar nenhuma palavra desde que eu a interrompi

—Chefi... quer dizer, Sr. Akaashi. Você gosta de como o seu café? — S/N perguntou logo que colocou o cinto de segurança

—Forte, para aguentar o dia, mas depende do meu humor...—Falei uma resposta meio vaga para S/N —Você não está aqui para fazer meu café, e sim para aprender...— Falei e S/N se impressionou

—Obrigada por me considerar, Sr. Akaashi. — S/N falou e bateu as palmas da sua mão nas suas pernas, novamente suas roupas estavam largas e sociais para poder vir ao trabalho. — Vamos?—S/N falou e eu concordei um pouco envergonhado por ter encarado demais S/N

Liguei o carro e saímos do prédio da editora, fomos a primeira casa do autor. Bati na porta educadamente e esperamos até o autor nos atender

—Bom dia, Sr. Watanabe— Falei e o Sr. abriu espaço para que nós dois entrássemos

—Desculpem a bagunça, eu prometo entregar os manuscritos logo...— O Sr. Watanabe falou

—Você não usa o computador, Sr. Watanabe?— S/N perguntou e seu Watanabe sorriu

—Não, meus netos me deram essas ferramentas tecnológicas, mas eu ainda não consegui me adaptar...— Sr. Watanabe a respondeu docemente, coisa que ele nunca havia feito comigo

— Ah sim! Desculpe-me a intromissão...— S/N falou e reverenciou o Sr. Watanabe e me deixou a sós com ele

—Quem é essa menina encantadora? — Sr. Watanabe me perguntou

—Minha secretária...— O respondi seco — Bom, vamos conversar? — O perguntei com um sorriso

A conversa fluiu bastante e o Sr. Watanabe me mostrou seu trabalho, eu como editor já aprovei algumas partes e reprovei outras. Tenho que pensar no lucro, infelizmente. Essa indústria dos mangás de esporte é feroz, você tem que trazer algo atrativo e ao mesmo tempo inovador, não é a mesma história com os mangás de romance ou para adultos... Mas isso é outro assunto. Saímos de lá da casa do Sr. Watanabe com S/N ao meu enlace

—Como foi a conversa? Ele pareceu um senhorzinho muito simpático...— S/N falou ao entrarmos no carro novamente

— Com você, comigo ele parece um leão...— Falei um pouco cansado, esfregando meus olhos abaixo dos meus óculos

—Você tem olhos bonitos, não fique os esfregando assim Sr. Akaashi ...— S/N falou e logo virou seu rosto para a janela, me deixando sem reação

—Obrigado pelo elogio, eu fico muito tempo com os olhos nas telas... Minha visão seca e eu tenho essa mania de massagear meus olhos.— Falei me explicando, porque eu to fazendo isso?

— Você precisa de um colírio e não de suas mãos...— S/N falou novamente e me olhou. Abriu sua bolsa e me entregou um colírio — Põe uma gota em cada olho para hidratar sua vista.— S/N falou e eu a obedeci. Pisquei várias vezes para diluir o colírio nas minhas lágrimas.

—Obrigado! — Falei e a entreguei novamente o colírio, S/N guardou o colírio em sua bolsa e assim fomos em direção às casas dos próximos autores, as conversas foram boas e S/N sempre me ajudando quando eu precisava de algo e tudo que eu pedia para S/N fazer, ela anotava tudo em sua agenda. O dia foi bastante cansativo e decidi fazer um favor para S/N — S/N quer uma carona até sua casa?— A perguntei quando batemos o nosso ponto na empresa para ir embora

—Eu vou aceitar, o último metrô que ia para minha casa já saiu...— S/N falou um pouco envergonhada

—Então vamos lá. Me dê seu endereço...— Falei e S/N se aproximou e pegou meu celular e digitou ela mesmo seu endereço. O GPS começou a dar as coordenadas para onde eu deveria seguir... Descemos no elevador e S/N estava em silêncio, deve ser cansaço— Então, gostou do dia de hoje?— A perguntei já que o elevador estava demorando mais para descer já que nós dois estávamos em silêncio

— Gostei bastante. Foi bom entrar em contato direto com os autores de obras tão famosas...— S/N falou

—Você lê mangá? — Perguntei impressionado

—Ah, eu leio. Eu fazia esportes no ensino médio, e eu amava poder praticar esportes. — S/N falou com um sorriso nostálgico em seu rosto

—Nossa, eu também. Eu jogava vôlei...— Falei sem nem perceber que estava falando da minha vida pessoal

—Eu jogava handebol...— S/N falou — Mas eu tentei jogar vôlei uma vez, e não deu certo...— S/N falou e sorriu

—Porque não deu certo? — Perguntei curioso

—Ah... eu era meio excluída e como é esporte em conjunto eu decidi me juntar com um grupo de garotas e jogar handebol...— S/N falou um pouco envergonhada

—Eram as populares que jogavam vôlei na sua escola? — Perguntei realmente intrigado

—Sim! Elas viviam atrás de meninos então tudo que eles faziam, elas também faziam...— S/N falou olhando para porta

—Eu era levantador do meu time... Se quiser um dia...— KEIJI AKAASHI O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

—Se eu quiser um dia?— S/N perguntou e me olhou

—Deixa quieto, eu me empolguei um pouco...— Falei e S/N apenas concordou, e aleluia o elevador chegou ao estacionamento, entramos no carro em silêncio e assim eu dirigi até o prédio de S/N — Você mora sozinha aqui?— Perguntei

—Sim... Eu sou adulta e por isso eu moro sozinha.— S/N falou e riu um pouco

—Desculpe me intrometer...— Falei e antes de dar tchau — S/N eu não quero que pense que isso é assédio, mas você tem esses aplicativos de relacionamento? — Perguntei e S/N pareceu um pouco intrigada

—Eu não acredito nisso...— S/N falou e me deu tchau e me deixou ali, novamente, sem reação

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