Eᴍ ᴅɪᴀ ᴅᴇ ғᴀxɪɴᴀ... | Rʏᴜᴊɪɴ

A ᴄᴏɴғᴜsᴀ̃ᴏ ᴄᴏʀʀᴇ ᴀ̀ sᴏʟᴛᴀ!

Esta sexta-feira era o dia especial que Ryujin havia planejado finalmente convidar sua bela vizinha para saírem juntas depois de muito tempo.

Por isso, resolveu tudo que estava pendente depois da faculdade para estar livre naquela tarde. Depois de um longo banho e conseguir decidir a roupa ideal, enxugou as palmas suadas no casaco e ajeitou o laço preto que enfeitava seu cabelo ao se olhar uma última vez no espelho para tingir os lábios com o batom. 

Desceu as escadas animada, pois estava tudo saindo como planejado; ela iria até a casa ao lado e combinariam para terem um passeio agradável e... Esse seu plano foi por água abaixo, e ela pôde notar isso no mesmo instante que encontrou sua mãe a esperando no fim da escada, com um olhar sério e as mãos na cintura.

Engoliu em seco, pensando que não tinha aprontado nenhuma travessura como de costume ou feito nada de errado já fazia um bom tempo, não tendo assim motivos para uma possível bronca seguinte de um castigo que poderia durar semanas.

Okay, na verdade, ela tinha feito algo sim.

E talvez sua mãe tivesse descoberto do vaso quebrado no dia anterior, por causa de uma brincadeira usando os cabos das vassouras como espadas em uma batalha que teve com suas irmãs quando seus pais estavam fora. Mas se fosse isso, as duas mais novas estariam lá também. Então, apenas colocou o melhor sorriso que podia oferecer e a seguiu em silêncio quando ela a chamou até a sala.

Agora a loira estava a quase uma hora ouvindo vários motivos de sua mãe para que mudasse seus planos e saísse com suas irmãs naquela tarde.

Ryujin alternava seu olhar de súplica entre seu pai ao seu lado, que estava ocupado terminando de dar o almoço para a caçula da família que acabou acordando mais tarde, e entre sua mãe em sua frente.

— ...e teve aquela vez que você e Nayeon sujaram toda a minha cozinha de farinha tentando fazer um bolo ao invés de limpar como eu pedi. Ah, teve também aquela outra vez que Hyeju e Nayeon quase quebraram o sofá brincando de guerrinha e ao invés de você separá-las, se juntou a elas...

— Mas pelo menos o bolo ficou gostoso. — Ryujin se defendeu. — E aquela vez do sofá, foi uma questão de honra!

— Então rasgar todas as minhas almofadas se batendo uma na outra era questão de honra, dona Ryujin? — Jihyo arqueou a sobrancelha, incrédula.

— Eu comprei outras bem mais bonitas depois... — Ryujin murmurou, fazendo seu pai rir baixinho quando se entreolharam. Ambos ganharam um olhar mortal de Jihyo e engoliram em seco. — Mas por que eu tenho que cuidar de uma adolescente quase chata e uma pestinha atentada?

— Porque você precisa aprender com os desafios que a vida adulta te proporcionará, só estou dando um empurrãozinho para o que te aguarda. — Jihyo sorriu vitoriosa com seu argumento. — E também, hoje é dia de faxina e os motivos que eu tenho são mais do que suficientes para não querer as três em casa. Aliás, hoje teremos visitas e quero a casa em perfeita ordem, entendido?!

— Tudo bem, motivos plausíveis, mas e ela? — Ryujin apontou para a pequena Sana, que riu; mas ela apenas estava rindo das caretas feitas pelo pai.

— Eu estou de folga hoje. — disse Daniel, pegando a pequena de três anos e meio no colo depois de ter terminado tudo e ajeitou a louça suja em uma pequena pilha para levar até a cozinha. — Eu cuidarei dela, não se preocupe. Faz o que sua mãe está pedindo e leve a Hye e a Nay com você.