REUNIÃO DE AMIGOS

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A situação em Asgard já havia se normalizado, mas o povo ainda lamentava a perda de Odin. Apesar do heroísmo de Loki na batalha contra os gigantes de gelo, ninguém sabia o que esperar do governo de seu novo rei.

Terminado o falso funeral de Odin, os amigos de Thor foram até a Bifrost e pediram informações sobre o paradeiro do príncipe a Heimdall, que rapidamente liberou a passagem dos quatro pela ponte.

Quando chegaram à Themyscira, eles foram recebidos pelas amazonas em posição de batalha, mas Sif conseguiu acalmar os ânimos, dizendo que os rapazes eram amigos.

‒ O que vieram fazer em nossa ilha? ‒ perguntou Artêmis com sua espada encostada na garganta de Fandral.

‒ Viemos procurar nosso amigo Thor. ‒ respondeu com voz sumida.

Ouvindo isso, ela mesma se propôs a levar o quarteto até o príncipe, crente que ele seria levado de volta à Asgard e que nunca mais se saberia dele.

Thor e Diana estavam na biblioteca com Alexa, a amazona mais culta e gentil da comunidade, quando Sif e os Três Guerreiros entraram e saudaram o amigo com alegria.

‒ Pessoal! O que fazem aqui? ‒ ele sorriu e largou o livro que estava folheando.

‒ Viemos te levar de volta para Asgard. ‒ respondeu Volstagg.

‒ Mas eu fui banido! Sou um mortal agora.

‒ Thor, seu reino precisa de você. ‒ acrescentou Sif.

O rapaz ficou confuso e antes que os amigos dissessem mais alguma coisa, ele tratou de apresentá-los a Diana e Alexa, que se retirou em seguida, para deixá-los mais à vontade.

Terminadas as amenidades, os recém-chegados contaram a Thor tudo o que acontecera em Asgard desde o seu banimento. O rapaz pareceu ainda mais confuso e disse tristemente:

‒ Infelizmente, não tenho como ajudar, pois estou sem poderes e não sou digno de empunhar o Mjölnir. Foi a Diana quem conseguiu erguê-lo.

A decepção foi geral e Hogum ficou intrigado.

‒ Como é que pode? Ela é só uma mortal!

‒ Ouça aqui, mocinho, eu sou uma semideusa e nunca foi minha intenção ficar com o martelo do Thor. ‒ interveio Diana.

O príncipe a acalmou e respondeu ao amigo:

‒ Isso não tem importância. O caso é que não tenho como enfrentar o Loki, ainda mais agora que ele tem os poderes de gelo do rei Laufey.

‒ Mas seu pai precisa de você.

‒ Ficou doido? Meu pai está morto!

‒ Como é que você soube disso?

‒ O Loki me contou em um sonho. Ele disse que nosso pai havia morrido de desgosto por minha causa.

Os amigos se entreolharam, despertando dúvidas em Thor.

‒ Quer dizer que ele está vivo?

‒ Não temos certeza, mas há uma grande chance.

‒ Não acredito que meu próprio irmão mentiria tão covardemente para mim... O que os faz acreditar que meu pai está vivo?

Tomando a palavra, Sif lhe contou sobre suas suspeitas e o suposto funeral de Odin, que convencera a todos no reino, menos eles próprios. Determinado, Thor declarou com firmeza:

‒ Preciso voltar para Asgard e tirar essa história a limpo! Se o Loki armou para mim, ele me paga!

‒ Eu irei com você. ‒ Diana logo se voluntariou.

‒ Mas e sua mãe? Ela não vai permitir.

‒ Eu já sou adulta e sei muito bem o que estou fazendo, além do mais, sou eu que tenho o Mjölnir e meu dever é ajudá-lo. Se seu irmão é tão traiçoeiro como acabei de ouvir, você vai precisar de todo o auxílio possível.

O príncipe sorriu e a abraçou por um instante, mas logo sua expressão mudou e levando a mão ao peito, ele comentou com tristeza:

‒ Loki sempre foi meio travesso e adorava pregar peças em mim, mas nunca pensei que ele fosse um traidor... O que deu em meu irmãozinho?

‒ Ele sempre teve inveja de você, Será que nunca se deu conta disso? ‒ indignou-se Sif.

Percebendo o abalo do amigo, Volstagg deu uma cotovela na garota, como forma de repreensão por suas duras palavras. Em seguida, todos se retiraram do local, para falar com a rainha Hipólita a respeito de sua missão em Asgard.

O ENCONTRO DE DOIS MUNDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora