CAPÍTULO II

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Bruno'PROV 

– Duda?

– Ah, graças a Deus! Estava preocupada! Onde está?

– Em casa. Duda, minhas reuniões..

– Isso! Tem cinco cavalheiros já esperando na sua sala há uma hora!

– Você vai fazer essas reuniões.

– O quê?

– Você me ouviu. Vai fazer as reuniões no meu lugar. Não estou com disposição pra ir até aí.

Ela ficou em silêncio por algum tempo.

– Senhor Coolin, eu sou apenas…

– Uma secretária, eu sei. Mas, no momento, eu estou te dando o poder de decidir tudo por mim. Nós dois

sabemos que você toma conta dessa empresa muito melhor do que eu. Consequentemente, sabe melhor do que eu o que é bom ou ruim pra ela.

– Mas…

– Estou contando com você, Duda. Eu sei que vai se sair bem.

Ela hesitou.

– Tudo bem. Eu vou fazer o meu melhor.

– Obrigado.

E desligou.

Eram 10h da manhã, e eu ainda estava na cama.

Merda. Estava entrando em depressão de novo. Minha falta de ânimo tinha melhorado nos últimos dias, mas parecia voltar com força total.

Eu ficaria naquela cama o dia inteiro. Talvez ligasse a TV, quando cansasse de olhar para o teto. Talvez dormisse de novo. Não importava. Só sabia que não queria me levantar.

Mas a fome chegou com mais rapidez do que eu pensava. Cozinhei alguma coisa com queijo e presunto e fui comer na cama, assistindo ao noticiário. O dia havia sido incrivelmente monótono. Vazio. Duas, três, cinco horas se passavam sem que eu fizesse absolutamente nada.

Resolvi checar meus e-mails para ler alguns contratos e adiantar um pouco do trabalho que me esperava no dia seguinte. Um dos e-mails era de Duda, dizendo que as reuniões haviam corrido bem, e que grande parte dos problemas estavam se resolvendo.

– Santa Duda. - Murmurei.

Li nove ou dez contratos sem muito interesse, com a esperança de que a noite chegasse. Mesmo sem interesse, perdi a noção do tempo e a noite chegou. Quando dei por mim, já eram 23:30h.

E, como uma criança prestes a viajar para o Pólo Norte no Natal, eu me vesti para ir à Casa de Rayana.

Cheguei ao recinto, o ambiente um pouco mais lotado do que o normal.

Claro, essa era a hora que mais clientes iam se divertir.

Caminhei pelo salão, procurando por Anne. Ao invés disso, encontrei Rayana, próxima ao bar.

– Olá. - Acenei.

– Bruno, querido! Onde esteve ontem? Por que não veio?

De repente, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora