pov Madison
- Eu não quero morrer, eu não quero morrer!
- A gente não vai morrer.
- Mad, se a gente morrer, eu te mato.
- A gente não vai morrer, cassete!
- Olha a boca... - alertou.
- Para sua informação, cassete significa "pequena caixa onde sons e imagens são registrados".
- Às vezes eu odeio que você seja tão inteligente. - resmungou me encarando com tédio e eu dei o dedo do meio pra ele - Não faz isso porra! Quer matar a gente?!
Revirei os olhos.
Minha mãe tinha me emprestado a chave do carro reserva e Jason estava me ensinando a dirigir. O porém, é que estamos à 30 quilômetros por hora em um estacionamento vazio de um sábado, e mesmo assim, ele está tendo um surto.
- Quer por favor parar de drama? - ralhei enquanto encarava a "pista" - Estamos à uma velocidade que até uma lesma pode ser comparada a Usain Bolt!
- Com você no volante a gente poderia estar no deserto do Saara, a dez quilômetros por hora, que ainda assim seria perigoso. - argumentou.
Viu só? Surtando! E olha que eu nem sou tão horrível assim no volante.
Quer dizer... mais ou menos.
- Lembra daquela velhinha? - apertei os lábios.
- Jason, aquela senhora estava distraída. Não foi nada demais, tenho certeza de que ela está neste exato momento vivinha da Silva alimentando os vários gatos que deve ter em casa.
- Ela viu São Pedro, Mad! Eu senti que ela viu. - falou com indignação.
- Aliás, fica esperta ein, vai que ela morreu e pode vir puxar seu pé durante a noite. - deu de ombros.
- Tá, tá, agora fica quieto e me deixa dirigir. - adoraria dizer que ele obedeceu, mas a fifi aqui não passou mais do que dois minutos calado.
- Você soube da última?
Infelizmente não posso dizer que Jason é fofoqueiro sozinho...
- Qual? - o encarei.
- Olha o poste! - girei o volante para a esquerda, alarmada, fazendo o pneu zumbir e uma baliza não intencional acontecer.
Quando olhei para o lado, a porcaria do poste estava à uns três metros de distância! Voltei a o encarar com sangue nos olhos e ele deu de ombros.
- Ao menos você fez uma baliza. - pôs a cabeça para fora, verificando se o carro não ganhou algum arranhão.
Tirei o pé do acelerador e puxei o freio de mão.
- Conta logo o que foi.
- Não sei se você está merecendo saber. - tamborilou os dedos na janela aberta.
Me inclinei no banco de trás do carro, para pegar o guarda-chuva que estava ali e ameaçar bater nele com o mesmo, até que sua mão me puxou, me fazendo voltar ao lugar.
Falando nisso, não fazia ideia do porque isso estava ali. Estamos no período das secas, então é praticamente impossível precisarmos dele.
- Está vendo só, muito mal educada. - apontou e eu ameacei tirar o tênis para bater nele - Aí já é tentativa assassinato.
Abri a boca indignada.
- Seu... - pulei em seu pescoço, sacudindo sua cabeça de um lado para o outro.
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Desculpa ter Esperado Chover
Teen FictionCansado do clichê saturado entre a nerd e o popular? Te entendo, amigo(a). Eu também não aguentava mais ver a garota linda ser considerada horrível e só bastava tirar os óculos para passar do patamar de "nerd" ( como se isso fosse algo ruim né? ) p...