capítulo 14

97 16 31
                                    

pov Madison 

Chegamos na porta de entrada após passarmos pelo jardim que havia em frente a casa, onde já haviam pessoas bêbadas, outras quase transando em público e algumas que nem na Terra pareciam estar. 

- É sempre assim? - falei alto, para que a minha voz se sobressaísse ao som da música ensurdecedora e Jason pudesse escutar. 

- É pior! - falou também alto e eu ergui as sobrancelhas, encarando o caos. 

Na sala de estar, estavam alguns casais que eu não conhecia nem metade. Haviam pessoas do colégio, mas também algumas outras que eu nunca vi na vida. 

- Vem. - segurou minha mão e me puxou até a parte externa da casa, onde tinha uma piscina com um palco bem próximo a ela e extensas mesas de bebidas e comidas preenchendo a lateral do espaço, mas também era onde os adolescentes pareciam ter se multiplicado. Acho que estou ficando tonta.

O engraçado disso tudo é que estou com fobia de adolescentes, sendo que também sou uma. 

- Jas! - chamou uma garota de cabelo preto e vestido amarelo ovo, acenando para o moreno ao meu lado como se ele fosse a última coca-cola no deserto. 

Toquei o braço de Jason e ele se abaixou um pouco.

- Ela te chamou de que? - falei ao pé do seu ouvido e ele me encarou com um sorrisinho de canto. Cruzei os braços na altura do peito e me voltei para frente, vendo a garota ovo vir em nossa direção. 

"Jas" oras "Jas" Jas é o meu c... 

A chegada dela até nós, interrompeu meus pensamentos.

- Que bom que você veio! - ela segurou no pulso de Jason o puxando para baixo, para assim, despejar no canto de sua boca um selinho. Virei o rosto na mesma hora.

Porque ver demonstrações de afeto em público é sempre tão estranho?

- Pois é... - ele esperou que ela se apresentasse. 

- Carla! - sorriu oferecida enquanto sacudia os ombros, fazendo seus seios quase saltarem para fora do decote.

- Achei que nunca mais iria te ver depois daquela noite... - fez um biquinho triste e eu me segurei para não revirar os olhos - Mas que bom que eu estava enganada, porque veja só, você está aqui! - sorriu contente. 

- Ah, claro, aquela noite... - sorriu forçado, fingindo se lembrar, mas eu sabia que ele não lembrava nem do que tinha tomado no café da manhã.

- Foi um prazer te rever, Clara, agora se nos der licença... - segurou minha mão novamente, cruzando nossos dedos e me puxando para longe, deixando a garota ovo para trás. 

- É Carla! - bateu o pé furiosa.

Eu sou um ser humano horrível por ter gostado dele a ter deixado falando sozinha? 

- Não acredito que você dormiu com alguém como aquela, Smith. - acabei soltando e ele deu risada. 

- E desde quando a minha melhor amiga é tão ciumenta? - ele me pôs à sua frente quando passamos pela pista de dança, para que ninguém passasse a mão em mim como estavam fazendo com outras garotas.

- Não sou ciumenta. - rebati quando ele abaixou a cabeça para me escutar. 

- É, Mad. Quando se trata de mim, você é. - sussurrou bem no meu ouvido a mesma frase que eu havia o dito e eu senti um arrepio súbito percorrer toda a minha pele.

Que diabos de reação foi essa?!

Sacudi a cabeça espantando os pensamentos e finalmente havíamos passado pela multidão de hormônios em fúria. 

Desculpa ter Esperado ChoverOnde histórias criam vida. Descubra agora