Em um mundo cheio de possibilidades uma mulher e um homem que estão tão perto, mas que nunca se esbarraram, são pegos pelo famoso "destino" que começará a entrelaçá-los numa jornada cheia de infortúnios, reviravoltas e possivelmente amor.
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ANY GABRIELLY
Se eu disser a vocês que eu não dormi super feliz, estaria mentindo. Ontem à noite foi muito bom. O clima, o jantar, a companhia, estavam perfeitos e agora havia perdido o motivo de acabar com a Sabina. Dependendo da situação, eu odeio surpresas, mas essa foi em particular aceitável. Assim que vi aquele homem, em um primeiro momento tive raiva da Sabi por não ter me contado ao mesmo tempo em que eu já suspeitava de algo. Como eu disse, sou uma bobona, sempre na esperança dela não me pregar certas peças. Esse jeito intrometido que ela tem eu odeio às vezes, mas no fim, a amo. Sabina não é só minha melhor amiga é como se fosse uma irmã para mim, mesmo que eu tenha irmã biológicas: a Isabela e a Daniela.
Enfim, logo após meu pequeno surto interior, confesso que fiquei confortável e até aliviada deles me apresentarem para um homem aparentemente decente. Noah é interessante, aparenta ser uma boa pessoa e sua gentileza, a forma como nos entrosamos me pegou de jeito. Senti coisas que por um bom tempo estavam adormecidas em mim, digamos assim.
Um novo dia raiou, mantive meus hábitos matinais e a uma das partes mais gratificantes de viajar assim era poder se hospedar em hotel maravilhoso como esse. Porquê em lugares assim a gente fica mal acostumado? Tinha tudo de gostoso naquela mini geladeira, fiquei tentada em comer de tudo, mas foquei em pedir algo leve, já que praticaríamos um esporte.
Vesti roupas quentes, afinal a neve náo parava um minuto sequer de cair lá fora. Pela janela, o embaçado nos permitia até desenhar nela. Me lembro de ter esquiado apenas uma vez com meu pai ainda na infância numa viagem que fizemos pro Alaska em férias de família. O que uma amadora como eu poderia fazer em cima de um esqui? Esperava que tudo corresse bem.
O café da manhã foi entregue no meu quarto mesmo com agilidade e eficiência. Desgustei de um bom crepe com queijo, meu famosinho café com leite, uma banana e pronto. Conformei meu estômago o acalmando um pouco pensando que na hora do almoço sim, iria me refastelar.
Ao sair do quarto respondi a mensagem de Sabina avisando que já estava descendo, ela mal acordou e ficou me enchendo de mensagens me pressionando como se eu fosse a atrasada do rolê. Os encontrei na recepção e uau! Como eu amo roups de inverno. Sempre achei que no tempo frio as pessoas se vestem bem mais elegantes. Concordam? Juro, a minha visão vidrada em Noah Urrea com aquele sobretudo, me deu certa palpitação. Estava todo de preto, neutro de um jeito tão.. ah! Sorri com seu bom gosto, até porquê estávamos combinando.
Aliás desde ontem, percebi o quão ele tem bom gosto para se vestir e pra perfume. Ele usa o Paco Rabanne 1 Milion, é o tipo de cheiro que quase nenhum homem tem, "cheiro de gente rica", como diria Belinha.
Me aproximando, imaginei brevemente como seria esse homem sem esse tanto de roupas.
— Bom dia. — disse simples.
Os dois estavam com uma expressão sonada ainda. O casal me respondeu e Noah me responderam. Pepe com sono, dava pra ver a cama em suas costas, Sabina olhava alguma coisa super animada no celular. Ela é do tipo super preguiçosa, mas quando empolgada com qualquer planejamento seu, ninguém a parava.
