Capítulos 2 & 3

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o exame a deixou satisfeita: os músculos estavam duros, mas não muito salientes, deixando-a definida mas não "bombada".

Finalmente, colocou-se numa área onde havia dois espelhos paralelos para apreciar sua parte traseira: as costas eram tersas, bem delineadas e estavam limitadas por uma cintura fina que também era alvo dos olhares em qualquer parte onde houvesse homens ou mulheres. Mas, na verdade, o que mais chamava a atenção era sua bunda: redondinha, dura e, ao mesmo tempo, arrebitada e de contornos bem torneados. Pensou em Nelson penetrando em seu ânus e sentiu falta de ar. Entrou na ducha e aproveitou para masturbar-se enquanto tomava banho.

Logo, saiu do vestiário feminino usando um ajustado short de ginástica e uma camiseta aderida ao corpo. Percebeu que Shirley já estava correndo numa esteira e que a plataforma mais próxima à dela estava vazia. Aproveitou para ficar vizinha da ruiva, e programou sua máquina para caminhada, pois pensou que não suportaria o ritmo de corrida. De soslaio, observou a nova conhecida. Todo seu aspecto parecia de uma pessoa muito jovem, mas um exame detalhado lhe fazia pensar que devia estar no final dos trinta. Tinha pele lisa, muito cuidada e feições marcadas e sensuais: olhos claros, grandes e brilhantes, e uma boca carnuda, que mostrava parte das gengivas e os dentes bonitos quando ria. O cabelo abundante, sujeito agora num coque, havia sido tingido de uma cor vermelho-fogo, que realçava seu estilo descontraído e elegantemente provocante.

Esses pensamentos demoraram poucos segundos em passar por sua cabeça. Em seguida, Shirley reparou nela e a cumprimentou com um longo sorriso. Enquanto Jane observava com admiração e simpatia a figura soberba da vizinha, o olhar desta era mais significativo: um destelho que parecia de desejo iluminou sua cara por alguns instantes.

―É melhor malhar a esta hora, não é, Jane? ―riu. ― Temos quase toda a academia para nós.

Jane assentiu com um sorriso. Apenas metade das esteiras estava ocupada e só um rapaz se exercitava nas máquinas de musculação.

―Oh, sim ―reconheceu Jane, com um gesto de alívio. ―Não há barulho. Está tudo "zen".

A conversa parou por aí, já que ambas prestavam muita atenção a seu treinamento. Shirley, especialmente, focava o olhar no painel da máquina e ajustava de vez em quando a velocidade e o ângulo de elevação da plataforma. Outras vezes, parecia concentrada no som dos auriculares que acabava de colocar. Ambas pararam duas vezes para beber água, mas, na segunda parada, Shirley olhou de relance o rosto cansado da sua vizinha e percebeu que Jane estava se esforçando para manter o mesmo pique que ela. Então, desligou sua própria esteira e ofereceu um pretexto elegante:

¾Jane, querida. Eu já me cansei um pouco. Você quer continuar?

Jane sentiu alívio. Sabia que aquilo era uma escusa delicada de Shirley para não humilhar a jovem, e serviria para que ela não demonstrasse sua baixa resistência, porque, mesmo a menor velocidade, não conseguiria manter o fôlego da ruiva.

¾Boa pergunta, Shi! ¾respondeu Jane, enxugando o suor da testa. ¾Eu também estou um pouco cansada.

A ruiva não fez nenhuma referência ao fato e pegou sua ficha de rotinas. Jane a imitiou.

―Olha, Jane... ―disse, analisando a ficha da academia que a jovem estava observando. ―Parece que temos treinos bem parecidos.

Jane comparou as duas fichas e seu rosto se iluminou com um sorriso.

―Hum! Shirley, que bom! E temos máquinas suficientes para fazer juntas. Há dois máquinas de cada tipo.

―Certo! Vamos começar pelos pec-decks? Estão livres.

AMORES COLORIDOS: A DESCOBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora