Mandy
O Sam me mandou uma mensagem ontem dizendo que precisamos conversar, isso me dá um certo receio, porque da última vez que ele fez isso acabou se declarando pra mim no Central Park, então estou com medo do que tudo isso possa significar.
Nós combinamos de nos encontrar em um café, estou aqui agora, esperando faz uns quinze minutos, já terminei de tomar minha caneca de achocolatado, já que o frio ainda está nos perseguindo, o manto de neve do lado de fora deixa isso bem claro, e comi dois cookies recheados e se Sam não chegar logo vou comer um terceiro.
O sino da porta anuncia que mais alguém entrou no estabelecimento, vejo uma cabeleira comprida e cacheada se aproximando de mim, Sam está coberto dos pés à cabeça, com casacos, cachecóis e parece estar usando mais de uma calça.
— Me atrasei, desculpa — ele diz se sentando a minha frente.
— Não tem problema — respondo esticando o braço e retirando algumas mechas de cabelo que estão caindo em cima dos olhos dele. — Sobre o que quer conversar?
— Posso pedir um café antes? — Sam indaga esfregando as mãos uma na outra para se aquecer.
— Pode sim.
Ele se direciona ao balcão de atendimento, enquanto o meu coração bate acelerado dentro do peito tentando imaginar qualquer coisa que Sam queira dizer. Ele parece bem tranquilo, então não deve ser nada demais.
— Voltei — ele anuncia voltando a se sentar.
— Então, quer conversar sobre o quê?
— A gente tem todo o tempo do mundo pra conversar.
— Você sempre faz isso.
— Faço o quê? — Sam pergunta levando a xícara aos lábios e tomando um gole do café caramelado.
— Fica enrolando pra falar as coisas, isso me deixa nervosa.
— Você que não tem paciência.
— É uma virtude que não me pertence — respondo sentindo o vento frio adentrar o ambiente quando um novo cliente adentra o café. — Fala logo.
— Eu pensei muito sobre o assunto, então não quero que fique chateada comigo.
— Por que eu ficaria? — questiono realmente sentindo o medo crescer dentro de mim.
— Conversei com o meu irmão sobre isso, com o meu pai e acho que com todas as pessoas que conheço.
— Desembucha logo — falo mais alto do que o normal chamando a atenção de algumas pessoas ao redor. — Desculpe.
— Tudo bem. — Sam ri da situação e para mais uma vez para tomar seu café. — Acho que devemos terminar.
— Como assim? Terminar o quê?
— O que a gente tem.
Paro por um minuto tentando assimilar o que ele está me dizendo. O que exatamente a gente tem?
— Não entendi.
— Esse namoro, que na verdade não é namoro e você só fica comigo porque não quer me magoar.
Eu paraliso no lugar finalmente entendendo o que ele está querendo me dizer, Sam quer terminar comigo, tipo terminar mesmo, o nosso relacionamento. Como assim????
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A Última Canção - (Resilience Livro III) [DEGUSTAÇÃO]
RomanceSam Moore, teve uma infância complicada por causa de erros que uma pessoa que ele ama cometeu, mas graças ao seu pai ele enfim libera perdão e ajuda seu irmão mais velho nessa caminhada. Apesar de tudo, a música nunca foi sua válvula de escapa, mas...