MINHA PEQUENA FAMÍLIA

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Pov. Bianca
Já fazia duas horas que eu estava ali naquela calcada esperando a medica sair e me dizer se emy realmente ta bem.
Emy e tudo que tenho, ela e filha da minha melhor amiga que morreu em um acidente.
Desculpe não me apresentei. Sou Bianca , eu sou garçonete em uma lanchonete a beira da praia, eu estou lutando para ter emy para mim, ela foi a única coisa maravilhosa que aconteceu em minha vida, eu lembro que quando recebi a noticia que ela seria minha responsabilidade fiquei sem reação, não entendi o porque daquilo
Flashback on
Eu havia acabado de chegar de mais um turno na lanchonete quando abro a porta de casa vejo sentados no sofá da sala , uma senhora com um bebe em seus braços que dormia tranquila, entro e me aproximo
- bom dia, já não aguentava mais fazer sala pra esta senhora que deseja falar com você- fala uma das garotas que moram na republica
- bom dia, tudo bem. Obrigado- falo e ela sai logo em seguida
- sou Ana, assistente social  e essa e emy, ela e filha da Amélia- eu fico sem entender como a filha da minha melhor amiga esta nos braços daquela senhora que eu mesmo nem conheço, ela parece entender minha confusão e me explica tudo
- sua amiga Amélia, ela estava voltando para casa após o trabalho e senhor que vinha do lado aposto ao seu perdeu o controle do veinculo e bateu no carro da sua amiga, a fazendo capotar varias vezes, ela foi levada ao hospital mas não resistiu aos ferimentos – quando ela terminou de falar eu já não tinha forcas nas pernas , poxa ela era minha melhor amiga , não podia ir  e me deixar aqui sozinha, não quando eu mais preciso dela, eu não conseguia controlar minhas lagrimas e então a senhora continuou- e  então recebemos a noticia que ela tinha uma filha de apenas 4 meses, porem o que a família não sabia era que sua amiga tinha deixado uma procuração e um testamento onde dizia que a guarda da criança seria sua, então por isso estou aqui- termina sua fala já me estendo aquele pequeno pacote que estava em seus braços, eu ainda não havia a conhecido, desde que ela nascera minha amiga e eu trabalhamos muito pra nos ajudar e agora eu estava ali sozinha com aquela pequena criança em meus braços sem saber o que fazer e sem ainda entender.
Flashback off
com passar dos dias fui me acostumando com sua presença, que durou tão pouco, no mês passado era seu aniversario de 5 meses, eu planejava fazer uma pequena comemoração, naquele dia arrumei tudo e quando estávamos todos felizes pela presença daquela pequena criatura na minha vida , tudo desmoronou, fui informada que ela seria levada para um orfanato pois eu não tinha condições de ficar com uma criança naquelas cinscustancias, pois moro em uma republica onde alugo um quarto, a mesma assistente social veio busca- la
Flashback  on
Ouço  batidas na porta do quarto e quando abro vejo minha amiga Nanda com o olhar assustado
- oi entra, já estou descendo..- falo sem olhar pra ela, enquanto arrumava emy
- eu vim te chamar pois tem visita na sala querendo falar com voce
- tudo bem. Eu vou la ver , pode ficar olhando ela?
- claro. Pode ir
Desço as escada e vejo aquela senhora que me deu um novo mundo
- oi boa tarde – estico minha mão para ela que pega
-  oi ,boa tarde , vim ate aqui pois recebemos uma denuncia que você não tem condições de ficar com a criança por isso viemos busca- lá de acordo com a ordem judicial- fala como se não fosse nada
- não vocês não podem leva- lá, eu estou cuidando dela e to em um quarto maior, estou trabalhando pra me mudar - digo com meus olhos cheios de lagrimas mas ela parece não ouvir e só pede para que eu desça com emy
- você precisa busca- la vamos a leva para um orfanato e caso ainda deseje a guarda dela devera entrar com pedido mas oriento a muda- se antes de qualquer coisa
- não por favor , não a leve, ela e tudo que tenho na vida
- desculpe so estou cumprindo ordem – falou
- tudo bem.. vou pega- la – subi as escadas como se meu corpo tivesse 100kg a mais, e tudo que eu queria era acordar desse pesadelo, mas já não era possível e assim entreguei meu bem mais precisoso, onde agora tenho que lutar todos os dias para continuar por ela.
Flashback off

momento estou trabalhando o dobro para conseguir dinheiro suficiente para alugar um apartamento e assim que conseguir vou da entrada no processo de adoção permanente. Eu fiquei divagando sobre esse assunto e nem percebi que a tal medica já havia saido e estava me chamando
- hum , oi , senhorita ...desculpe se te assustei mas tem um tempo que estou chamando  você e não respondia  - fala a medica
-  Bianca, esse e o meu nome , você e Leonora ne? ouvir você se apresentar para a senhora Lurdes- digo sorrindo para a mesma -  me desculpe, acabei me distraindo pensando demais – falo
- tudo bem... então eu vi sua pequena emy e ela ta bem, somente um pouco gripadinha e cansada mas já a mediquei e ficara boa em alguns dias – diz me  aliviando
- obrigado por me dizer e ter também cuidado dela
- não por isso , fiz meu deve – diz sorrindo, ela e tão linda sorrindo de lado, fiquei a olhando por alguns segundos me perdendo mais uma vez em seus lindos olhos azuis, me despertei do transe que havia entrado para me despedi dela
- então e isso , eu vou indo tenho que pegar a próxima condução para casa antes que eu tenha que ir a pé , mais uma vez obrigado. – falo com sinceridade
- posso te da uma carona- fala me olhando
- não quero incomodar você
- não e incomodo nenhum, vamos posso te deixar em casa.
- tudo bem. Então eu aceito- digo
- vamos ali esta meu carro.
Caminhamos ate um carro estacionado no pequeno estacionamento do orfanato, ela entrou e entrei logo em seguida , já colocando o sinto de segurança, a mesma ligou o carro e em seguida olhou para mim
- você vai me guiando, tudo bem?
- claro- e assim seguimos pelas ruas movimentada
Ela dirigia e parecia bem concentrada ate que fala
- eu vi que mais cedo você estava chorando, desculpe ser um pouco inconveniente mas esta tudo bem? – diz com um pouco de receio
- tudo bem.. eu só queria poder vê- lá, eu so queria sentir seu cheirinho de bebe, mas eu não posso.
- porque? Você parece ter uma ligação com aquela garotinha
- porque eu pedi sua guarda a um mês atrás, sim, nos temos uma ligação.
- entendo. Sinto muito- diz me 9olhando e sorrir sem jeito
- tudo bem. Obrigado – digo e a vejo parando enfrente a casa que eu havia dito para ela
-  bom, acho que chegamos. Espero que fique tudo bem com você e que possa consegui- lá de volta
- obrigado, espero que sim, tenho que ir.
- nos vermos por ai? – fala e parece ficar sem jeito
- nos vermos por ai- afirmo e lhe dou um sorriso que logo e retribuído- obrigado mais uma vez pela carona
- não há de que- sorrir e desço do carro, onde a mesma da partir acenando, me encaminho ate a porta de casa com sorriso que parece não caber no meu rosto. Ela e uma boa pessoa, entro e faço minha higiene e deito na cama e com as lembranças do dia de hoje adormeço.