Parte I

2K 186 96
                                    

):)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

):)

Se você observasse bem as pessoas daquela festa, na última casa de uma rua sem saída no bairro de Chao Phraya, perceberia a história de Pat e Pran se desenrolando, como foi previsto desde que eles nasceram. 

Um confiava enfaticamente no destino, o outro não acreditava na missa a metade. 

Pran estava ali obrigado, como sempre acontecia quando seus amigos o arrastavam para essas confraternizações na casa de outros alunos da universidade. Eles sempre diziam que ficariam ao seu lado e não o deixariam sozinho, mas dez minutos depois e eles já estavam do outro lado da festa, bêbados até não saberem o próprio nome. Isso sendo otimista.

Eles sempre diziam que numa dessas saídas, Pran poderia acabar encontrando sua alma gêmea e, então, quando ela disser o seu nome, sua marca de alma apareceria e ele saberia que valeu a pena, pois seriam felizes para sempre. Porque estar com sua alma gêmea é a melhor coisa do mundo. E o sexo é alucinante. Cientificamente comprovado, é o que dizem os inúmeros artigos que Pran já leu sobre o assunto. Ele gostava de fechar os olhos e pensar como a pessoa seria, sua altura, cor dos olhos, se o sorriso viria fácil ou se seria mais sério. 

Pran costumava passar a infância lendo listas com nomes aleatórios de garotas, para ver se então um deles fazia algo acontecer. Obviamente nada aconteceu, pois por volta dos seus  quatorze anos, ele percebeu que a probabilidade de sua alma gêmea ser uma garota era praticamente nula. Ele também tentou com nomes masculinos aleatórios, mas desistiu não muito depois ao perceber o quão patético aquilo parecia. Sua alma gêmea apareceria no momento certo, ele não precisava apressar as coisas. Mas não conseguia evitar a frustração ao ver que seus amigos iam encontrando as suas e ele estava sobrando.

 É por isso que Pran sempre acabava cedendo, mesmo que em seu íntimo ele já não acreditasse muito mais que encontraria a sua pessoa em uma dessas festas regadas a álcool e música eletrônica de gosto duvidoso. 

Pat, por outro lado, estava entediado demais para os seus padrões. Ele geralmente era o mais animado entre seus amigos, contudo, naquela noite, Pat não sabia realmente o que estava fazendo ali. 

Seus amigos encontraram algumas garotas enquanto dançavam e sumiram desde então, alegando que precisavam aproveitar a diversão enquanto não conheciam suas almas gêmeas. Eles o chamaram também, mas Pat não estava no clima pra nada disso. Korn até mesmo colocou a mão na testa dele para ver se não estava doente, de tão raro que aquilo era. 

Essa era uma questão que ele não gostava muito de pensar. Pat nunca acreditou em almas gêmeas; que um nome aleatório apareceria em sua pele do mais profundo nada e significaria que alguma pessoa no mundo com aquele nome foi feita para você. Ele não acreditava que era algo tão profundo quanto todos diziam.

Sua vizinha conseguiu uma marca de alma acidentalmente aos 12 anos, quando falou o nome de um personagem de Lakorn em voz alta e calhou desse nome ser o mesmo de sua alma gêmea. No entanto, ela nunca o encontrou, então agora ela tem um nome qualquer tatuado na clavícula. Pelo menos ela ainda pode fingir que é fã do ator.

Diga o Meu Nome! (Bad Buddy)Onde histórias criam vida. Descubra agora