capítulo 4 *Brianna*

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Ok. Fiz o relatório e falei com a equipe, mas o interrogatório ainda não terminou. Parecia que ele estava assimilando os fatos sobre a morte de Isabella ou posso estar ficando louca também. Mas se eu estiver mesmo certo isso me leva a pensar...

Talvez ele esteja assumindo a culpa por alguém. Mas por que faria isso?
Deveria estar atrás de vingança pela pessoa que matou sua namorada e não querer ser preso no seu lugar, não faz sentindo algum!

Dylan West está me deixando maluca.

Em meio aos meus devaneios, Ethan aparece.
- Onde você tava? - Pergunto logo de cara, ele sumiu por horas e me deixou sozinha cuidando desse caso.

- Ah!" Oi Ethan, que bom ver você. Está tudo bem?" Um pouco de educação básica não seria ruim para você gata. - E o desgraçado ainda debocha da minha cara.

- Ethan, eu vou contar até três. 1 2 3 ....

-ok ok me rendo. Eu estava falando com o legista. -

Opa, isso não é  nada bom, mantenha normalidade Brianna, tenha calma.

- Ah. Sobre? - Finjo desinteresse enquanto arrumo a bagunça na minha mesa.

- Curiosa você né. - A se ele soubesse o por que da curiosidade, já estaria fiscalizando o cara. Dou um soquinho de mentira no braço dele.

- Aii peste!! Eu posso te prender por isso.

- Só tenta!! Mas falando o que exatamente?

- Coisas do caso, eu ein tá muito preocupadinha.

Opa! Hora de mudar de tática. Ele não pode desconfiar de nada.

- Ainda tenho que terminar o interrogatório, deixei o cara de molho.

- Cruel. Me lembre de adicionar essa característica à sua lista ok?

- Vai se ferrar!! Espera aí você tem uma lista de que?
- Nada não. - E lá vai ele sumindo de novo. Saio da mesa rindo. 
                                      
                                                   ...

S

abe o que eu preciso agora? Respostas. São  tantas perguntas, como:

Por que você matou ela?
Onde está a arma do crime?
Se foi você mesmo quem a matou, por que errou o instrumento usado no ataque?
Quem você está protegendo?

Preciso dessas respostas para dar continuidade à investigação. Vou em direção a sala de interrogatório, normalmente fica algum guarda do lado de fora, já que eu deixei um prisioneiro ali dentro, mas não tem ninguém.

Quando entro na sala me surpreendo com três coisas. Os guardas estão rindo descontroladamente, Dylan está  em uma posição  que aparenta ser bem confortável, posso deduzir isso pois ele está sem camisa. Mesmo que eu não me demore analisando a cena, vejo o seu abdômen definido, músculo rígidos estão escondidos por trás da roupa que ele usava.

Nossa, não esperava por isso!

Então o desgraçado olha para mim e dá  um sorriso que mostra a sua covinha.

Maldita covinha!!

Olho para suas mãos e percebo que ele está sem algemas. Alguém aqui tem o mínimo juízo? Não sabemos se ele é  o assassino e deixam ele com as mãos livres? Meu Deus que caras burros. Por isso homens vivem menos.

Os guardas já estão de pé enquanto dou uma bronca pesada neles, peço que saiam e depois teremos mais uma conversa, não posso deixar que isso se repita, alguém poderia ter se machucado além de este não ser o comportamento adequado.

- Amor, não precisava dar uma bronca dessa nos meus colegas, eles são muito legais sabe.

- Você até agora é  o suspeito principal de um assassinato horrível, acha que eu vou deixar alguém se ferir por descuido?

- É você está mais que certa. Mas não precisa me olhar com essa cara, eu não mordo amor,  só se você pedir. - Ele sorri novamente e peço suas mãos para algemá-lo. Fingir que não ouvi a provocação na sua voz é  meu foco agora. Mas aí ele pergunta.

-Você vai mesmo sair com o legista? Sabe eu acho que sair comigo seria bem melhor, quem sabe se depois que eu sair da prisão a gente possa marcar algo ou você pode trazer hambúrguer e a gente faz um encontro aqui mesmo. - Ele se aproxima por cima da mesa e sussurra - Aliás, eu tenho certeza que eu poderia te proporcionar coisas que  ele nem saberia como fazer,  se é  que você me entende.

- Tipo me matar? - Olho fixamente para Dylan e ele parece estremecer e recua até a cadeira- Ótimo, pare de flertar comigo Sr.Dylan, sou a detetive desse caso e pretendo resolvê-lo o mais rápido possível.

- Como quiser DETETIVE.

-Agora eu preciso que você  responda as perguntas que eu vou lhe fazer. Pode fazer isso?

- Prometo tentar.

- Você esboçou uma reação peculiar ao saber do golpe fatal, porém se tivesse sido você o autor do crime já saberia em que momento a vítima morreu. E ainda errou a arma do crime. - Pego a pasta com as fotos dos ferimentos no corpo e mostro a ele. - Esses cortes foram feitos por canivete, os furos ainda não identificamos por que objeto foram causados. O que eu sei é que suas informações não batem Dylan. Agora eu lhe pergunto, está querendo atenção com esse crime?

- Pode ser não é? Ou posso estar fazendo um jogo com você e mentindo na cara dura só para complicar seu trabalho.

Me levanto e começo a andar de um lado para o outro pensando. Depois que chego a uma conclusão  me aproximo do suspeito novamente.

- Sabe, eu acho que você está assumindo uma culpa que não é sua. Mas eu me pergunto por que? O que faria o namorado da vítima assumir a culpa em vez de procurar vingança?

- Não importa, fui o culpado e vou pagar por isso. Se você fosse tão esperta como achei que seria, me jogaria no presídio logo e encerraria o caso, estou aqui assumindo a culpa, por que você não deixa as coisas mais simples?

- É eu poderia facilitar meu trabalho, mas estaria deixando um assassino solto por aí, que pode fazer outra vítima. Mas se você não colaborar e continuar agindo assim Dylan, logo estará atrás das grades por muito tempo.

- Ótimo, quanto mais cedo melhor. - É  frustrante que esse cara aceite isso assim sem lutar.

- Por que isso Dylan? Você é jovem, tem a vida inteira pela frente, está desperdiçando tempo.

- Eu estou bem, assumo minha culpa.- Essas são suas únicas palavras  quando me levanto para ir embora.

- Então sendo assim eu não posso fazer mais nada. Boa sorte Dylan.

Não foi ele.
Não foi ele.
Não foi ele.
Mas quem foi?

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