Payback

Capítulo 2

Aviso: Um pouco de NSFW

♡  ♥  ♡  ♥  ♡  ♥ ♡

As pessoas em quem eu costumava acreditar serem amigos, todas viraram as costas por causa da minha situação. Eu não os culpo. E agora não era o momento de me preocupar com essas coisas. Eu estava endividado e para pagar de volta, tive que trabalhar como um cachorro, exatamente como eu disse ao chefe. Então, comecei a trabalhar corretamente pela primeira vez. Na madrugada, eu entregava jornais e, de manhã até anoitecer, trabalhava na fábrica, embalando materiais. À noite, me vestia com fantasias ridículas e distribuía panfletos nas ruas dos bairros de entretenimento.

Eu dormia cerca de três horas por dia e comia duas refeições por dia. Foi assim que comecei minha jornada. Minha mãe viveu mais três meses depois daquele dia. Ao contrário da crença do médico de que minha mãe não duraria algumas semanas, ela lutou por três meses até seu último suspiro, pensando em seu filho. Ela tentou evitar que eu ficasse sozinho, mesmo que fosse por um pouco mais de tempo.

No dia em que eu fui pagar a última conta do hospital, também limpei o quarto de solteiro da minha mãe. Eu estava realmente falido, então tive que ir distribuir panfletos no distrito de entretenimento. Usando um traje de mascote sufocante em uma noite de verão, entreguei panfletos para um quarto de karaoke recém-inaugurado às pessoas. Foi o dia em que espalhei os restos mortais de minha falecida mãe no rio, mas não havia descanso para mim. Desde que comecei a trabalhar há três meses, havia uma parte da minha cabeça que permanecia imóvel e rígida.

Não sei se é porque meus sentimentos foram entorpecidos, mas notei algo estranho quando terminei de trabalhar às 2 da manhã e me sentei no beco dos fundos do distrito de entretenimento. Será que eu realmente queria que minha mãe vivesse, para que eu pagasse as contas caras do hospital por três meses? Por que eu não me sinto nem um pouco triste? No entanto, as perguntas que me vieram à mente foram rapidamente suprimidas pela fadiga e desapareceram num instante. Como eu ainda tinha que entregar jornais pela manhã, planejava ficar em um armazém alugado e dormir em uma cadeira para poder descansar por 2-3 horas.

Mas meu corpo, que normalmente teria ido rapidamente para o armazém, não conseguia se mover facilmente. Sentei-me atordoado com o traje de animal quando ouvi o som de luta vindo de algum lugar. O som de lutas em um distrito de entretenimento não era incomum, mas seria raro se as vozes não estivessem bêbadas, mas sim sóbrias. Mesmo assim, isso não chamou minha atenção. Mas uma palavra que alguém disse fez com que eu me movesse.

"Maldito seja, bastardo!"

(*"Maldito" no sentido religioso. O mais literal seria "receber punição divina")

Seguindo a voz de um homem rude, havia o som de confrontos e brigas.

__ Dang, Clang, Estrondo!

Pessoas e objetos colidiram, o som de garrafas se quebrando ressoou. Este tipo de som era muito familiar para mim. Enquanto caminhava pela esquina, vi um homem cercado por quatro homens que estavam atacando. Claro, o que estava sendo confrontado estava na defensiva e foi empurrado para um canto, mas a situação era praticamente de igual para igual.

Eu era bom em lutar sozinho, mas o que eu não queria era muitos atacantes. Eles estavam na faixa dos 20 e poucos anos e pareciam gângsteres de bairro que fingiam ser fortes e saíam para brincar à noite. Com tais caras, eu poderia ter lidado com eles sozinho. O que me surpreendeu foi que um deles estava lutando com apenas um braço. Ele estava de gesso sobre um braço, mas conseguiu lutar contra as quatro pessoas com um rosto impassível.

Não sei o que aconteceu, mas o homem com o gesso parecia ter ganho no final. Se não fosse a frase que chamou minha atenção em primeiro lugar, eu não teria prestado atenção, então comecei a me virar. Mas justamente nesse momento, vi um dos atacantes tirando algo. Estava bem familiarizado com isso; era uma adaga. O mesmo tipo de faca que usei antes foi segurada na mão daquela pessoa. Antes que eu pudesse perceber, meus pés se moveram automaticamente. E quando recuperei o sentido, minhas mãos já haviam se movido.