Capítulo 1

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"Clara como a luz do sol
Clareira luminosa nessa escuridão
Bela como a luz da lua
Estrela do oriente nesses mares do sul
Clareira azul no céu
Na paisagem
Será magia, miragem, milagre
Será mistério"

Sereia
— Lulu Santos

Antes que me acusem,vou esclarecer:

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Antes que me acusem,
vou esclarecer:

    Não sou apaixonado por Ária Leblanc, quem se apaixonaria por uma garota com alma de um maracujá de gaveta?

   Por mais que eu esteja no seu pé como um carrapato, tenho minhas sérias motivações por essa ocorrência em pertubá-la diariamente. Qual é? Que mulher não fica adorável quando está irritada? Por mais detestável que ela possa ser, é claro. É um ótimo passa-tempo, aliás, isso recarrega minhas energias para tirá-la do sério no dia seguinte.

  Tudo começou há tempos um tanto longínquos, quando a dita cuja ainda não tinha idade o suficiente para entrar na escolinha de assassinos em série, quando as nossas bandeiras eram brancas antes da guerra.

  Talvez, ela nem se lembra tanto quanto eu.

  A melhor maneira de narrar como tudo começou, é aterrorizando Ária LeBlanc com o seu maior e terrível medo, esse sendo: a forma como toda história romântica e clichê começa.
 

  Em um dia ensolarado, onde os pássaros cantavam no ritmo de cada onda da praia de Long Beach

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  Em um dia ensolarado, onde os pássaros cantavam no ritmo de cada onda da praia de Long Beach. Os verões são sempre calorosos, mas nesse dia, o sol nos castigou sem piedade. Não duvido que tenha sido ao mandato de Ária Leblanc, ela é muito bem articulada. Vai saber quais pactos ela pode fazer com o cara lá de baixo?

        — Olha Lorran, uma garotinha do seu tamanho! — Mamãe aponta para uma menina que estava longe da costa, vestia uma roupa de banho rosa choque, que a deixava horrível, por sinal. Só de vê-la, tinha certeza que daria pra enxerga-la há milhões e milhões de distância — Ela está sozinha, por que não vai brincar com ela, filho? — Automaticamente fiz uma cara enburrada.

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⏰ Última atualização: Jun 01 ⏰

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