Demetri e Mariana. Um é um nerd com medo da própria sombra e a outra é uma garota durona que sabe se virar. Os dois se conhecem enquanto treinavam no Miyagi-do, a garota ajudará Demetri a enfrentar seus medos enquanto ela terá que enfrentar a si mes...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O jantar seguiu normalmente enquanto Daniel cuidava da comida, Amanda insistia em conhecer melhor os alunos do marido. Ela estava odiando a ideia do dojô e do fato de estar cuidando sozinha da concessionária, mas era bom ver seu marido feliz.
— Eu nunca imaginei que ele fosse voltar com essa ideia de karatê, mas tem sido bom pra Samantha. – Amanda comentou com as duas meninas enquanto bebia seu vinho.
— O senhor Larusso tem sido muito bom pra mim. – Mariana deu de ombros lembrando de toda a ajuda que recebeu do homem.
— Ele me contou sobre o seu irmão, é uma pena você ter tanta responsabilidade. – Mariana abaixou a cabeça um pouco envergonhada.
— Eu estou acostumada. – a garota deu de ombros.
— Falando nisso. – Amanda se levantou do sofá e foi até o início da escada. — Anthony, vem jantar!
Assim que a mulher chamou um garoto baixo e de longos cabelos escuros surgiu com seus olhos vidrados na tela de seu celular.
— Cumprimenta as pessoas, meu filho. – Amanda quase obrigou o garoto a dizer pelo menos um oi.
— Oi. – sem retirar os olhos da tela ele balbuciou. — Droga! Você me fez perder.
— Não liguem pra ele. — Amanda voltou a beber seu vinho sem nenhuma preocupação.
— Uau! Por que você não tem mais amigas assim? – Anthony perguntou a sua irmã enquanto apontava para Mariana.
— Cala a boca, seu esquisito. – Samantha esbravejou. — O Demetri chegou primeiro.
— Eu fiz o que? – Demetri surgiu na conversa com um olhar de espanto.
— Teria chegado se não fosse tão lerdo. – a Larusso colocou as mãos sobre a cabeça.
A comida estava na mesa, todos estavam saboreando as pizzas de Daniel e falando sobre seus dias, Amanda sobre a concessionária e os demais sobre o dojô, mas Anthony insistia em manter seus olhos vidrados em Mariana.
— Garoto, você nem saiu das fraldas ainda. – a Mendes pontuou.
Após o jantar, Mariana disse que iria embora andando mas Demetri logo se ofereceu para acompanha-la até em casa.
🥋
O caminho foi silencioso, até o garoto começar a contar suas teorias sobre seu super-herói favorito dos quadrinhos, ele começou já que estava nervoso pelo silêncio.
— Acho que você não tá muito afim de ouvir sobre multiversos hoje. – Demetri disse enquanto os dois andavam em passos lentos.
— Se um dia eu estiver afim de ouvir sobre isso, me mata na hora. – a Mendes brincou e o garoto riu.
A verdade era que ela gostava que Demetri fosse falante, já que ela era silenciosa então o garoto compensava sua solidão.
— Vai me falar sobre a noite passada? – o moreno perguntou e garota travou pensando no que dizer.
— O que tem pra dizer? – ela deu de ombros e saiu andando na frente, deixando Demetri para trás. — Que você apareceu na minha casa só pra devolver uma garrafa? Tá meio obcecado por mim.
— Mariana. – a garota parou de andar no mesmo instante que ouviu seu nome e Demetri foi até ela lentamente.
— Eu te perguntei o por que de ter entrado no Miyagi-do, não é? - ele assentiu com a cabeça. – Eu entrei por que precisei ficar segura dentro da minha própria casa. Meu padrasto fica...
Naquele momento, ela sabia que não poderia contar a verdade a Demetri. Afinal, era o Demetri! A pessoa mais tagarela que ela conhecia, ele com certeza não sabia guardar segredo.
— Ele fica estranho e eu tenho medo que ele machuque meu irmão. – Mariana disse rapidamente e realmente era uma meia mentira, já que esse era um de seus medos também, mas contar a Demetri que seu padrasto passava a mão nela não era uma boa ideia.
— Parece que você e eu precisamos aprender a nos defender. – Mariana o encarou intensamente e ele também.
— Talvez. – os dois ficaram ali, apenas aproveitando o momento. — Mas se falar meu nome assim de novo eu quero a sua cara e eu sou latina então eu sei bem como esconder um corpo.
— Eu nunca duvidei disso. – ele brincou e ela riu alto.
Os dois caminharam mais algumas quadras até chegaram na casa da garota.
— Obrigada pela companhia apesar de que seria mais seguro se eu te acompanhasse até em casa. – Mariana brincou.
— Você tem razão, espero que grave bem meu rosto por que eu serei morto por um serial killer na volta pra casa. – Demetri brincou e por fim os dois teriam que se despedir.
Assim que abriu a porta de casa, Mariana foi obrigada a enfrentar inúmeras perguntas sobre sua roupa e sobre sua demora, quais ela ignorou e correu para abraçar Tomás.
A noite havia sido incrível.
_____________ NOTES:
➡️ Mais um capítulo, me digam o que estão achando. Eu tô com medo de fazer as coisas acontecerem muito rápido entre eles, então não sei se está ficando bom.
