Limite feroz e irrefreável

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Com um passado construido por amor e o futuro reservado à apenas lembranças dolorosas, Catherine escutou o barulho do elavador e seu saculejar anunciar sua entrada pelo vasto sagão do apartamento, à seu lado Bruce; conseguia identenficar os olhos azuis e a cabeça raspada como um dos funcionários encarregados da segurança pessoal de Christian. O homem deu um olhadela de esguelha antes de esticar a mão indicando para que a ruiva saisse primeiro. Suas tatuagens marcavam desde as pontas dos dedos atravessando o corpo até o lado esquerdo, estilo maori, dando a volta em seu pescoço. Seus passos pelo hall de entrada dissoadiram até encontrar as vastas janelas arquitetonicas da sala do café da manhã, invadidas por luminosidade e reflexos da paisagens naturais ao lado de fora. De alguma forma aquilo acalmava Christian, mas nesse instante o homem caminhava de um lado ao outro reverberando xingamentos por todos os lados ao telefone.

Catherine se encolheu minimamente sobre si e esperou retorcendo os pés descalços e sujos pela caminhada sem sapatos. Bruce parou logo atrás encostando-se sério a parede próxima à vasta mesa coberta por guloseimas de café da manhã, mesmo o relógio em seu pulso marcando tão perto do almoço, intocada.

Analisou Christian com seus ternos exuberantes e olhar gélido direcionado à vista, apenas para encara-la furtivamente e desviar em seguida. A tensão marcava o ambiente e rotorcia seus músculos sobre o tecido refinado. Uma veia pulsava em seu pescoço e precionava as pontas dos dedos livres sobre as têmporas pra evitar que seus olhos tremeluzissem pela repulsão que corria em suas veias.

-Eu não quero saber, caralho!-ruiu nervoso-Se ele pisar em Derry eu sou capaz de mata-lo!-constatou passando as mãos pelos fios de cabelo e Catherine simultâneamente encolheu-se mais, dando alguns passos para trás-Ele tem a parte dele na empresa, porra, eu sei!-caminhou até a mesa organizando alguns talheres que estavam desproporcionais milimétricamente. Ajeitando copos em relação à eles e passando a mão pela toalha branca para estica-la sobre a mesa vasta-Estou dizendo pela última vez e quero soar claro, Geórgia, se seu irmão ousar abandonar a filial em Filadélfia, eu farei de tudo para destrui-lo na empresa e fora dela! Você conhece seu filho e sabe muito bem do que eu sou capaz. Apenas se preze uma vez ao papel de mãe, merda!-chutou uma das cadeira em um acesso de raiva.

O barulho reverberou por todo o ambiente e a garota deu mais alguns passos em direção ao elevador. Bruce semicerrou os olhos brilhantes em sua direção alertando-a, estava preste a atacar se ela se recusasse a cessar. Catherine em um impulso virou-se de vez dando as costas a Christian e ao apartamento, mas sua voz soou cortante pelo ambiente até chegar em seu ouvidos e arrepiar os pelos de sua nuca.

-Aonde pensa que vai?-questionou e o barulho da cadeira reverberando contra o mármore persoadiu pela brisa que adentrava as janelas abertas no verão de uma Derry calorosa-Porra, sente-se!-ordenou à garota que engolira em seco.

Catherine refez o caminho de volta em passos incertos analizando os olhos verdes de seu futuro marido, ao qual não revelavam nenhuma intensão pré-estabelicida. As empregadas adentraram o salão repondo alguns matimentos sobre a farta ceia, enquanto outra ajeitava a bagunça que o estresse de Christian proporcionara; móveis ao chão e porcelanas em cacos. O homem a analisava de cima abaixo em neutralidade, esperando apenas um delize de sua parte. Puxando a cadeira da ponta mesa adversária à de Christian, portanto foi repreendida rapidamente.

O homem estalou a língua no céu da boca e cruzou as mãos sobre a mesa, sorrindo em sua direção, como um caçador brincando com a presa-Catherine, querida, você sabe bem onde fica seu lugar, vamos, eu não vou te morder...-ironizou-Não agora...

-Christian...-murmurou em um fio de voz.

-Sente-se em seu lugar, Catherine! Não piore a situação para você...-apontou em sua direção e logo após para seu colo, dando alguns tapinhas.

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