Papai Helion

Capítulo 11 (Revisado)

▪︎● Amarantha... Amarantha...

48 anos e o nome Amarantha continuava a rodar na cabeça de Lucien.

O ruivo já não era tão amável assim, a máscara que agora estava presa em seu rosto lembrava a todos que ele era ágil e esperto, deixava claro que ele era a raposa que sempre foi.

O homem se encontrava sentado em seu cama na corte primaveril, com os olhos fechados enquanto se lembrava de todos os momentos preciosos e felizes que tinha antes da mulher assumir o controle de Prythian. Odiava ela com todas as suas forças, ele era um Herdeiro e mesmo assim não conseguiu deter essa monstruosidade.
Ele se odiava por isso.

Faziam 48 anos estava preso na corte de Tamlin, não falava muito com o seu pai ou com seus amigos... 8 anos que não via Lirie. Tudo aquilo estava matando ele aos poucos, todas as noites que precisava ir sob a montanha no lugar de Tamlin e via o rosto do seu tio tão impassível, ele era lembrado de que a maioria ali era mais forte do que sequer imaginava.
Nos dois primeiros anos ele se forçava a lembrar de cada detalhe de sua corte, do seu pai e em como eles eram felizes, de como Helion era um ótimo pai, de como ele se preocupava com o filho mesmo que o ruivo fizesse coisas erradas as vezes.... mas depois... as memórias antes tão vivas foram se apagando, foram se desgastando e agora depois de tanto tempo... Lucien se lembrava de poucas coisas, ele nunca teve memória boa, e ele se arrependia disso.

Lucien abriu os olhos e se levantou da cama, estava na hora de ir mais uma vez para o local que fazia qualquer um pirar de vez.

O ruivo se retirou da mansão de Tamlin e caminhou com suas mãos nos bolsos da calça até a entrada do "Palácio" de Amarantha, boa parte dele se recusava a pensar naquele lugar, mas ele precisava ir para Tamlin não ir, e Tamlin passou a ser seu grão-senhor.

Entrou no salão principal e Lucien não viu Lirie ou Amarantha, o que era bom já que assim ninguém prestou atenção nele, de longe viu o seu pai, ele segurava uma taça prateada, ao seu lado Ren tão silenciosa como sempre.
Ele queria se aproximar, mas se fizesse isso, poderia colocar aquelas duas pessoas em perigo.

Suspirando ele foi para um canto qualquer do salão, no meio do caminha pegou uma taça de vinho, aquilo era tão desgastante, mas era o melhor que podia fazer para não se lembrar das coisas horrendas que aconteceram ou aconteceriam naquele local.

Minutos depois Amarantha entrou toda a Atenção se virou para ela, as pessoas abriram um corredor para ela passar e andar até o seu trono.
Ao lado dela Rhysand com o mesmo rosto de sempre, Lucien sabia que ele estava disposto a matar quem fosse apenas para se manter vivo, um pouco egoísta da parte dele mas todos ali não estavam dispostos a mesma coisa?

A Caminhada de Amarantha leva Exatos um minuto e trinta segundos, nem muito lento nem muito rápido, Lucien se perguntava se ela era tão metódica como parecia.

Respirando fundo, quando ela se sentou no trono todos se curvaram e ela aproveitou aquele momento, sorrindo e brincando com o dedo pendurado em seu colar, ela gostava de torturar as pessoas naquele salão e na maioria das vezes escolhia Lucien, Helion que olhava seu filho ser torturado muitas e muitas vezes se sentia cada vez mais quebrado por não poder ajuda-lo.

Com um gesto de mão da Ruiva todos se levantaram e ela apontou mais uma vez para Lucien, o Homen caminhou até ela de forma rápida, sabia que se demorasse demais isso aumentaria a tortura.

- Lucien... Lucien, Lucien.... Tamlin não quis me ver de novo?- Ela pergunta para Lucien que agora estava na sua frente, com sua cabeça baixa.

- Não minha Senhora, o Tamlin não veio hoje pq esta em uma missão por suas terras, ele me mandou no lugar dele para poder sauda-la.- Uma mentira que era diferente todas as vezes que é entrava ali.
Tamlin não queria entrar ali então mandava Lucien que era só torturado durante horas antes de voltar para a mansão na Primaveril.

- Até parece que ele está evitando vir aqui na minha casa.- Ela fala com uma risada que foi repetida por todos, O ruivo sempre prestava atenção nela e nos seus gestos.- Mas enfim... quero que tire a camisa, vamos ver quantas chicotadas você aguenta antes de desmaiar.

Um suspiro saiu dos lábios de Lucien que tirou a parte de cima da roupa que usava.
Um homem segurou o seu braço esquerdo e outro o direito... atrás de si ele ouviu alguém se aproximar e então sentiu o chicote bater em suas costas.
Ele não Gritou mas apenas a boca dele fechada com força, já satisfazia Amarantha.

Do outro lado do Salão Helion observava tudo apertando com força sua taça, aquela mulher só machucava o SEU filho, aquilo era mais que ridículo! Lucien estava levando chicotadas e Ele estava ali parado.
Ren com cuidado segurava o braço dele, uma forma de conforto, deuses aquilo estava destruindo ainda mais Helion.

Ren sabia que quando chegassem na Corte Diurna Helion se trancaria no quarto do filho.
Helion beberia e choraria até cair no sono.

Helion achava o filho muito forte para aguentar aquilo quase sempre que ele ia até sob a montanha.
Seu filho era a porra de um Deus mas as pessoas apenas viam o segundo brinquedo da Amarantha.

10... 11... 12...

O grão-senhor da Corte Diurna contava, 15 chicotadas até o momento e Lucien parecia intacto, algumas ficariam como lembrança já que não pareciam conseguir cicatrizar com tanta eficiência.
Um sinal de que o Ruivo começava a ficar fraco.
"É isso que ela quer, aguente só mais um pouco Lucien, Só mais um pouco... lembre-se que tem pessoas que te amam, pessoas e mais pessoas Lucien."
Era o que Helion pensava até o momento.

{NOTA DA AUTORA}

Oii gente, como estão? Vocês estão gostando da História? Ela não está desconexa? Vocês ficaram confusos ou a história se perdeu?

Por favor preciso que me respondam pq sempre tive medo de acabar me perdendo no meio da história... e mais uma vez me desculpem a demora, espero que tenham gostado do capítulo.