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-Ganguezinha de merda?- Vinnie afastou-se de mim e o vi ficar irritado.- Tu está ciente do que estás dizer? Ou melhor, tu estás ciente do que somos capazes? Garota, eu criei tudo isto, e uma coisa que me deixa puto e alguém cagar numa criação minha. "The Canadians" passou a ser uma das gangues mais temidas e olha que muitos nem sabem quem realmente são os membros. Tu estás a subestimar-nos e isso é algo muito arriscado para a tua vida, tens noção disso?- Um silêncio se criou, eu apenas o olhava.- HEIN PORRA, TENS NOÇÃO DISSO? SE EU TE PERGUNTAR ALGO, VADIA, TU RESPONDES.- Vinnie alterou-se.

-O que menos importa na minha vida é esta tua gangue...-Falei algo, finalmente.

-Tu és um caso raro. Em vez de quereres estar na minha cama, estás a desafiar-me e implorando a tua morte.

-Eu nunca ia querer estar na tua cama, Hacker, tu és sujo, e de gente assim eu quero distância...- Levantei do sofá, e tentei me afastar o máximo de Vinnie, mas ele me puxou com toda força do mundo e mais uma vez a distância entre nós era mínima.

-Tens certeza?- Ele disse e logo apertou a minha bunda, aquilo deixou-me com mais raiva ainda.- Tu és gostosa.- Ele sussurrou no meu ouvido.- Podias ser mais uma das minhas vadias.-Agora ele havia ultrapassado os limites, afastei-me dele e com toda a coragem e força do mundo, dei-lhe um estalo no rosto.

-SUA VADIA.-Ele gritou com uma das mãos no lado do rosto atingido.-Tu estás mesmo a brincar com a tua vida, né? Mas aproveita, porque hoje tu tiveste sorte, não estou afim de te matar e depois ainda ter que esconder o teu corpo. Eu vou dormir, e quando acordar não quero mais nenhum rastro teu aqui.- Disse se controlando.

-Tu não sabes o quanto estou feliz de ouvir isso.- Falei indo para o famoso sofá, assim que o sol nascesse eu iria embora dali.


(•••)

Três dias se passaram e tudo o que havia acontecido não saía da minha cabeça, pensei até em denunciar aquela ganguezinha à polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas aguardando a minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para casa, fiquei de castigo claro, meu pai deu-me um discurso a dizer que o fato de eu ter saído de casa havia sido um exagero e blá blá blá.

Estava na minha cama, a ler algo interessante que havia naquelas revistas sem graças que eu adorava comprar, a tristeza batia quando eu lembrava que só havia mais duas semanas de férias. (O telefone tocou).

-E aí puta, já está na esquina?-Era Mads, minha melhor amiga.


-Claro, até porque a minha esquina é de outro nível, tem até telefone residencial.

-Vai te foder, Bia. Tu não atendias a droga do telefone, então liguei para o telefone residencial ué.

-Ok fala.

-Vem aqui, preciso de companhia, estou a sentir-me tão sozinha.- Mads com o seu drama de sempre.

-Garanto que você não quer uma puta na sua casa.- Falei, e Mads riu.

-Puta, quem é puta? Eu falei algo? Devo ter confundido a palavra, tu és uma princesa... A Fiona claro.- Ela amava-me.

-Tu tens sorte que eu gosto da Fiona, se não estava lixada MADISON.- Ela odiava que eu a chamasse pelo nome.- Vou tomar banho e daqui a pouco chego aí.

A casa de Mads ficava a algumas ruas depois da minha, ainda não tinha falado com a ela sobre o acontecido de três dias atrás. E nem sabia se iria falar, talvez fosse melhor eu guardar para mim.


Finalmente saí de casa. Enquanto caminhava tranquilamente, sem pressa com os fones nos ouvidos e praticamente em outro mundo, pude observar assim que cheguei mais à frente (a mesma rua onde eu havia encontrado aqueles podres) uma agitação onde havia mais ou menos uns 20 garotos que formavam um círculo e no meio desse círculo havia algo que eu não conseguia ver direito, os garotos gritavam feitos loucos, algo do tipo "Isso bate nele". Ou "Mano tens que reagir". Droga, quando vou entender que devo ignorar esta rua? Pensei em voltar, mas a curiosidade falou mais alto, tentei me aproximar o máximo, ao ponto que eles nem ligassem pra mim, e porra, no meio daquele círculo havia dois garotos a brigar.

Sequestrada pelos mafiosos- ☆ Vinnie Hacker ☆Onde histórias criam vida. Descubra agora