Acordo com o barulho do despertados. Quinta-feira. Todas as partes do meu corpo doem e eu tive ate que tomar banho sentada, sem forças. Sei que ninguem se importa, entao me vesti, desci esquecendo da dor. Nao, esquecendo nao, apenas deixando de lado.
-Bom dia- dissem todos.
-Bom dia- eu respondo.
-esta gostando da escola?- pergunta minha mae.
-Na verdade, mesmo, nao.- eu digo, olhando para baixo e como meu cereal.
-E por que nao? E a melhor escola de Brasilia. Voce tem que aproveitar a oportunidade que estamos te dando.- diz John, pra que esse cara tem que se entrometer? Nunca ouviu falar em conversa a dois?
-Eu sei, nao sou burra. Me perguntaram se eu estou gostando e eu respondi, se nao queria ouvir minha resposta por que perguntaram?- eu digo.
-Nao responda seu pai assim, Samantha!
-Ele nao é meu pai. Meu pai esta morto entendeu? MORTO- eu fico tao brava que me levanto da mesa.- pode deixar vou a pé.E assim fasso. Vou andando ate a escola. Nao era muito longe, entao nao foi tao ruim. Eu chego, fasso as coisas de sempre. Mas Cadu nao esta la. Eu preciso de um abraço dele nesse momento, nao importa se ele me entende ou nao, eu apenas preciso do seu abraço, ao menos queria seu sorriso. O sinal bate e eu entro na sala.
-Olaa, adorei oque voce fez ontem. Voce é muito corajosa. Fez oque nem um de nós teve coragem de fazer.- uma garota veio ate mim e falou.
Ela é baixinha, cabelos negros e encaracolados, pele branca, usa roupas calças da escola e um moletom, quase maior que ela. Eu ja avia lhe visto na escola, ate porque ela é da minha sala.
-Oi, obrigada.- eu digo
-Eu sou Bruna- ela diz com um sorriso
-Eu sou Sam-eu digo retribuindo o sorriso.As 4 primeiras aulas passam bem rapido. O sinal do intervalo toca. Nao sei por que, mas sinto uma angustia no meu peito. Talvez por que aquele foi quase que um cenario de guerra para mim. Bruna vem ao meu encontro
-Acho que voce nao vai querer ir pro refeitorio hoje, se quiser podemos ficar no jardim, apenas jogando conversa fora.- diz ela
-Okay.Nós passamos todo o tempo conversando. As vezes nada de importante, as vezes sobre a nossa vida.
-Eu nao sou de falar com as pessoas. Se as pessoas nao falam comigo, eu nao falo com elas. Mas com voce foi diferente... sabe voce infrentou a Ellen.- diz ela, nós estamos sentadas, a grama verdinha e quentinha. É ate um pouco aconchegante. Sim esta no inverno, mas esta calor, vai entender.
-Isso nao é nada, nao entendo por que voces nao fizeram isso antes.- eu afirmo
-Eu nao sei se voce sabe, mas a Ellen é filha do diret..
-Sim, eu sei- eu a enterompo.
-Entao por ela ser filha dele, todos fazem oque ela pede, por que tem medo dela os expulsar. Essa é a melhor escola da região ser expulso daqui é uma coisa inaceitavel para a maioria dos pais. Eu sou bolcista, nao posso perder essa oportunidade. Meus pais ficaram arrasados.- ela diz olhando para baixo.
-Eu entendo... mas e Erik? Oque ele tem com ela?
- A mae dele é a enfermeira da escola. Como ele é um garoto bonito, um garoto incrivelmente bonito, ela se aproveitou da situação, faz chantagem com ele. Diz que se ele nao namorar com ela e fizer tudo por ela, ela iria lhe expulsar e despedir sua mae.- Bruna diz com uma voz triste e baixa.O sinal bate. Nós vamos para a sala. Eu preciso falar com Erik, preciso. Entao é isso? Ele nao é mal, ele esta sendo chantagiado! Me sinto culpada, culpada por pensar mal dele. Eu acho que... Eu, eu nao sei.
As aulas terminam e eu vou pra casa.
Em casa eu chego. Feliz, bizarramente feliz. Depois de tudo, por que eu estou feliz? Subo para meu quarto, depois de almoçar. Pego meu celular.
Erik? Eeeeerik... preciso falar com voce.
Eu mando uma mensagem em seu facebook. Ele me responde rapido, quase que instantaneo.
Eu tambem preciso falar contigo. Sam nao sei se alguem te contou, mas eu nao fiz tudo aquilo por mal, sei que te machuquei, mas nao há um segundo que eu nao pense nisso, sei que fui um babaca e peço seu perdão! Espero que esteja bem, espero mesmo, se voce nao estiver NUNCA vou me perdoar. Se ao menos voce conseguisse entender meu lado. Me desculpa?
Ele foi tao fofo, esta mesmo preocupado, eu nem sei oque te responder. Ele nao tem culpa. Nao tem culpa de nada. Ele é apenas a presa indefesa de uma cobra traiçoeira.
Nao se preocupe, eu estou bem. Sei de tudo, tudo que a voce sabe quem fez par voce. O nome é tao maldito para mim quanto a pessoa que o recebera. Eu te perdou com uma condição... voce tem que me perdoar tambem. Me perdoar por pensar mal de voce, por fazer mal juiso. Me desculpa? Eu te desculpo
Eu suspiro, sinto um arrepio e ele me responde.
Nao me peça desculpas, qualquer pessoa pensaria mal de mim. Eu queria te dar um abraço...
Ele quer me dar um abraço? Eu quero tanto um abraço. Talvez a coisa que eu mais precise. Ele é meu vizinho, a janela dele é na frente da minha, nem sei porque mandei mensagem pra ele, mas eu respondo
Vem aqui.. nem adianta falar que esta com preguiça. Eu sou sua vizinha! Haha se voce nao vier eu vou ai...
Acho melhor voce vir aqui.. minha mae nao esta, nao posso sair de casa. Ela ta na escola, trabalhando. Mas pode vir hoje ela chega mais cedo e ela vai adorar te ver.
Ele diz.. e eu respondo.
Okay ja estou indo.
Eu saio do meu quarto e bato na porta do de Charlie.
-Lie, quando a mamae chegar, se ela chegar mais cedo que eu, voce avisa que eu estou na casa do Erik nosso vizinho?- eu digo agachada pra ficar na altura dele.
-Eu falo.- ele diz docemente e me beija na bochecha.- voce parecia precisar..
-Obrigada, nao esquece em..Eu saio de casa, passo por Lizel que esta brincando com sua cazinha de bonecas (uma das suas cazinhas), nao dou tchau, oi, ou qualquer satisfação para uma pirralha mimada.
Toco a campainha da casa de Erik, externamente igual a minha. Ele me atende com um sorriso e me abraça forte, eu o abracei tambem.
-É bom te ver bem.- diz ele me largando.
-É bom te ver.- eu digo, nós ainda sorrindo.
-Por favor entre..Eu entrei. Nós ficamos horas e horas conversando. Sua mae chegou e como ele disse, ela amou me ver. O tempo passou, ja esta anoitecendo.
-Melhor eu ir, ja esta ficando tarde- digo sem hesitar.
-Nao quer ficar para jantar?- ele diz. A gente acabou de tomar cafe da tarde, entao estou um pouco sem fome.
-Nao, obrigada. Estou sem fome e tenho mesmo que ir.. nos vemos amanha?- eu digo, e vamos a caminho da porta.
-Sim, claro que sim.
-Tchau, senhora Fernandes-eu digo.
-Tchau Sam, me chame de Carmem.
-Okay.. tchau Erik- nós nos abraçamos de novo, um breve abraço.
-Tchau Sam.
...
Deculpe os erros de portugues e a falta de acentos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Talvez tudo de certo...
RandomSam é mais excluida de uma familia. Apos a morte de seu pai teve de ir morar com seu padrasto, sua mãe e seus irmãos. Tudo parece ficar cada vez mais confuso, cidade nova, escola nova e problemas novos.