06 - Sumiço.

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Gente, boa noite!

Quero agradecer a vocês pela leitura, isso me deixa muito feliz!

Enjoy :D

...


Após todo o drama de Cristiano no hospital, Angel decidiu passar todo o dia com seu filho no quarto enquanto o moreno a esperava do lado de fora no corredor. A modelo não estava à vontade para conversar e Cristiano estava muito determinado, atravessou o país para lhe ver, todavia a situação era muito diferente, ela tinha um filho para cuidar, que precisava de apoio e parecia que o ex policial não entendia isso.

Quando amanheceu teve a sorte de não ver a cara dele e seu filho iria para mais um dia de tratamento, seu coração acelerou com a perspectiva dele não reagir bem e acabar passando mal como da última vez. Era muito triste uma pessoa passar por uma doença tão destrutiva como câncer, pior ainda uma criança, doía na alma ver seu filho com agulhas e mais agulhas no braço recebendo um medicamento tão forte para poder sobreviver, mas tinha fé que daria tudo certo.

Parou para pensar na falta que fazia Giovanna a seu lado, apesar de não querer se envolver, ela era uma companhia muito boa agora, quando se declarou apaixonada passava o dia a enchendo de carinho. Angel sentiu falta do seu toque, de seus lábios e do seu sorriso, para si era muito complicado dizer que estava gostando de uma pessoa que a humilhou tanto, mas tudo em sua vida nunca foi fácil, era difícil ouvir que era amada, pois todos diziam que era da boca para fora, entretanto com Giovanna parecia diferente.

Olhou rapidamente no celular e viu que tinha recebido uma mensagem da platinada.

"Meu amor, infelizmente não poderei estar ai com você e Fabinho, estou assumindo a presidência da empresa e resolvendo uns burocracias, mas saiba que te amo e sempre estarei aqui para o que precisar <3"

O sorriso no rosto de Arlete foi genuíno, realmente Gi estava fazendo uma grande diferença em sua vida agora.

"Angel, podemos conversar, por favor?!" perguntou Cristiano assim que a morena passou pelo corredor.

"Eu não acredito que você ainda está aqui, se não for embora agora eu vou chamar os seguranças." ameaçou.

"Por favor, me dê uma chance, eu só quero conversar." sua expressão era de cachorro abandonado.

Angel suspirou e se deu por vencida, daria toda a atenção necessária para se ver livre.

...

"Cristiano a nossa história acabou, eu não quero você, tem noção do quanto me machucou?" o olhar da jovem era de decepção.

"Eu te amo Angel, por favor acredita no meu amor, eu errei e te peço perdão... meu amor por você ultrapassa tudo... eu larguei tudo para estar aqui, para te proteger!." disse pensando em tudo que fez para livrar-lá das garras de Percy.

"Eu lhe agradeço, mas não quero ficar com você, eu tenho um filho doente e coisas para resolver, o que menos quero agora é viver um romance."

Eles se encontravam na cafeteria do hospital.

"E a Giovanna?"

"O que tem ela?"

"Vocês estão juntas?"

Não foi pega de surpresa, Angel pensou em mentir para se ver livre das investidas do moreno e foi o que fez.

"Sim, estamos."

"Isso não é possível." Cristiano parecia incrédulo com aquela resposta."Depois de tudo que ela te fez?"

"Você não tem moral para falar dela e de ninguém." disse dura.

"Depois de toda humilhação que ela te fez passar você ainda tem coragem de ter uma caso com a Giovanna?." perguntou, achando tudo aquilo uma piada.

Era muito duro para a modelo lembrar de tudo que Gi a fez passar, mas não se seria idota, pois de fato elas não tinham um relacionamento, não por parte dela.

"Isso não lhe diz respeito, a gente se gosta e ninguém pode tirar isso de mim, nem você... por favor vá embora, me deixe em paz." suplicou cansada.

"Você vai se arrepender muito de estar com ela, eu sou a pessoa certa para você e vou provar."

se levantou e foi embora, deixando Angel angustiada.

...

Arlete tomou seu café da manhã em paz, sem saber que o pior estava por vir. Quando passou pelo corredor sentiu uma leve sensação de terror e correria de todos a seu redor, seguiu direto para o quarto de seu filho, sentindo uma sensação ruim no peito.

"O que houve?" perguntou ao Dr. Charles, parado em frente a sala de tratamento infantil.

"Sra. Arlete, preciso que se acalme." a voz do doutor era de preocupação.

"Cadê meu filho?" sua mente deu um estalo, fazendo-a avançar para dentro do cômodo, viu que a caminha onde seu filho sempre ficava se encontrava vazia.

"Sra. Arlete, seu filho sumiu, quando eu voltei para terminar a sessão, ele não se encontrava mais aqui, não se preocupe a policial já foi acionada, vamos encontrar a criança."

Um arrepio subiu na nuca da jovem, sentiu como se o peso do mundo fosse tudo para si, suas pernas falharam e tudo que viu antes de apagar foi um pano escuro tapando sua visão.

...

Angel desmaiou e acabou acordando dentro de um dos quartos do hospital, havia acabado de sonhar que tinham levado seu filho, quando a enfermeira entrou no quarto com uma bandeja de água e uma pílula de calmante, ela sentiu que não foi só um pesadelo.

"Onde tá meu filho?" perguntou eufórica segurando no braço de Candance.

"Srta. Arlete, por favor fique calma, beba isso." lhe entregou os remédios que foram rejeitados.

"Eu não posso ficar aqui enquanto meu filho pode estar por aí em qualquer lugar, eu não posso..." começou a chorar desesperadamente.

"Por favor, se acalme, a polícia já está aqui, tudo se resolverá." pediu, com pena do estado da mãe.

"Com licença, preciso falar com a Sra. Arlete." entrou um policial no quarto, querendo falar com Angel.

Sem conseguir raciocinar, a modelo respondeu várias perguntas, a lei de desaparecidos nos Estados Unidos era diferente do Brasil, com menos de 24h podia fazer registro de desaparecido ainda mais se fosse uma criança, as câmeras de segurança do local foram desligadas entre os horários que Angel foi conversar com Cristiano e nenhum dos funcionários viram ou ouviram nada suspeito, só os médicos e enfermeiros especializados em tratamento de oncologia infantil tinha acesso a ala.

Tudo parecia surreal, queria acordar daquele pesadelo, quem sequestrou meu filho? - se perguntou, um ser inocente e puro, com certeza foi alguém com a intenção de lhe atingir, só poderia ser o Cristiano, claro, ele a ameaçou por ter esta Giovanna e o ter lhe dado um fora, o moreno sempre foi um desequilibrado, uma coisa que ela nunca quis enxergar, não colocaria sua mão no fogo por uma obsessão.

Quando a equipe policial acabou de recolher provas no hospital, solicitaram que a mãe comparecesse à delegacia para prestar ocorrência do fato. Angel não falou nada sobre Cristiano, contaria tudo sobre ele ao delegado, não sabia se ele ainda estava no país, mas seria muito difícil viajar com uma criança sem documentos.

Dentro do carro de polícia em movimento, Arlete recebeu uma chamada de número desconhecido, seu coração acelerou, poderia ser notícias do seu bebê, mas seu choque foi pior quando ouviu aquela voz.

"Olá, Angel!"

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