Único

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LEIAM AS NOTAS FINAIS!!

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Se havia algo a que Miya Osamu estava acostumado, era ver o irmão implorando. Fosse quando eram crianças e Atsumu queria brincar do lado de fora, ou quando eram adolescentes e o gêmeo decidiu ficar loiro e arrastou Osamu junto. E agora quando adultos, ele ainda entrelaçava as mãos e arregalava os olhos.

Era essa a mania deplorável que o gêmeo não tinha perdido ao longo dos anos.

— Repete.

— Shoyo pode viajar com a gente pra casa no lago?

Osamu começou a considerar os prós e contras de esfaquear o irmão ali mesmo. Os contras ganharam no momento em que pensou na tonelada de contas que teria que pagar sozinho. Mas isso não o fez sentir menos irritado.

— Essa viagem é uma tradição nossa desde a morte do papai, e agora você quer levar seu namorado?

Osamu não tinha nada contra Hinata Shoyo. Na verdade, até gostava do homem. O achava educado, energético e cativante, uma pessoa fácil de gostar e exatamente o tipo de seu irmão. Não podia falar mais pois, em um ano de namoro, não tinha trocado mais do que uma conversa breve com o cunhado e comprimentos.

— Eu sei, mas....

— Se sabe, então por que sugere?

Osamu aguarda, esperando o irmão encontrar as palavras.

— É só que... — começa um Atsumu hesitante. — Shoyo vai entrar de férias trimestrais, apenas uma migalha se comparado a quanto a empresa deve a ele e....

— Foco, Atsumu. Shoyo vai entrar de férias e?

— Ou, certo, okay, foco. Ele vai entrar de férias e eu não quero perder duas semanas longe dele.

— .....tá brincando com a minha cara?

— É sério, irmão, ouça o apelo de um homem apaixonado. Eu preciso ser capaz de sair com ele sem me sentir culpado por ele estar cansado.

— Tsumu, a gente vai passar uma semana só cortando grama, rastelando e limpando o lago, enquanto a outra vai ser pra limpar a casa. Vamos ter sorte se tivermos duas horas de descanso.

— O Shoyo já concordou em limpar a casa.

— Você tá doido? Viu o tamanho daquilo?

— Ele da conta.

— Eu achei que você queria levar ele pra descansar, não pra ser nosso escravo.

— Bem, os dois.

— Você tem problema.

— Por favor, Samu. Eu também....

— O quê?

— Eu quero que ele conheça a casa onde crescemos.

Desde que ouviu o nome "Shoyo", Osamu soube que havia algo de diferente ali. Que aquele relacionamento era diferente, especial. Mas ao ponto de levar ele para a casa de infância era novidade. Foi a primeira vez que caiu a ficha de que talvez fosse mesmo amor.

Osamu hesitou diante daquilo, mas tomou a decisão.

— Tudo bem, Shoyo pode ir com a gente. — O rosto de Atsumu se iluminou. Criança inocente. — Mas, vão ter regras.

— Regras?

— Sim. Estamos indo lá, principalmente e preferencialmente, para limpar. Ou seja, nada de ficar de namorico. Nada de ficar de agarradinho ou de chamego.

1, 2, 3 Nuvenzinhas (MiyaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora