Capítulo 4 Mais Um Dia

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Eu acordei sem muita disposição, só queria um belo café expresso.
Até agora eu não havia percebido, mas o Bolota não apareceu desde ontem.

Não sei, talvez ele tenha encontrado uma companhia e me esquecido. 
Enquanto fui me perguntando onde será que o Bolota havia se metido, coloquei sua ração e água fresca. 

Liguei a rádio FM e estava tocando The Cure To The Sky, o que com certeza alegrou meu dia. Enquanto eu terminava de preparar o café, fui cantando no ritmo da música. Finalmente sentei e saboreei meu café. Só faltou os biscoitos, mas eu esqueci de comprar, porém, não faz mal.

Já haviam se passado dois dias e o frete não tinha trazido o que faltava. Imediatamente liguei para o cara da mudança. 

-Alô. -eu disse sem muita paciência.

-Alô, em que posso ajudar, senhor? 

-Me ajudaria muito se entregassem minhas coisas agora. 

A essa hora perguntaram as mesmas coisas de sempre. O endereço, nome, rua. E terminaram com a frase mais clichê ainda: "Desculpe o transtorno, isso será resolvido hoje mesmo."

Odeio ligar para as empresas para reclamar de algo. Elas sempre dizem as mesmas frases prontas. Enfim, não pretendo começar meu dia no estresse. 

Aqui na cidade de  Lago Abril, é maravilhoso de se morar, mas as vezes é entediante, só as vezes. Mas precisamente aqui na Rua Das Covas, que é um silêncio só. O bom é que eu já fiz amigos, pelo menos assim espero. 

Mas aquela velha que estava me encarando de cara feia, me deixou intrigado. Talvez eu deva ir lá, quem sabe nos damos bem. Segui em direção a casa da mulher meio receoso mas fui em frente.

Enquanto eu caminhava em direção a casa da velha, me veio uma sensação de que eu devia voltar. Por um instante eu pensei em ceder a essa sensação, mas eu estava determinado.

Parei na porta da mulher e chamei uma vez e nada de alguém atender, então chamei de novo, e nada. Resolvi voltar e desistir daquela idéia besta. Então refiz o caminho de volta pra casa. 

No meio do caminho encontrei uma bela mulher de cabelos pretos e de pele branca. Acho que os olhos dela eram verdes, não pude ver direito. Ela era magra e usava roupas largas. 

Ela passou  por mim quase me esbarrando e me ignorou como se eu fosse um galho podre. Sua expressão era séria, talvez estivesse com raiva de algo.  Assim que ela passou eu olhei, e vi que ela adentrou na casa da velha. 

Segui para casa mais rápido ainda, eu precisava pensar.

Fantasma De Um Assassino ©️(2021)Onde histórias criam vida. Descubra agora