Resquícios Da "A Noite"

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— E você, Alioth, onde estava? — Indagou o pai.

— Estava… por aí? — Respondeu o filho.

Lucius apenas estreitou os olhos e ergueu sua sobrancelha direita, fazendo seu filho ficar ainda mais nervoso.

— Pai, não é nada demais… — Começou Draco.

— Oh, não! Eu encontrei meu filho se engolindo com um lobisomem, enquanto seu irmão, aquele que devia ficar de olho, estava com três mulheres no colo…

— Como…?!

— E se engasgando com um mastro de um homem.

Alioth, naquele momento, apenas queria se enfiar num buraco e nunca mais sair. Além de seu irmão o olhar surpreso, algumas serviçais que estava ali perto arrumando a sala ao lado, esclamaram estupefatas e uma deixou algo cair.

— O problema nem era você ficar com um homem e sim fazer isso com todos vendo.

— Mas pai, você sabia que isso podia acontecer. Não é como não estivesse boatos espalhados por aí sobre esse evento.

O homem apenas suspirou quando ouviu o que seu filho mais novo disse. Era verdade, ele já tinha ouvido vários boatos e relatos de seus colegas que foram convidados a essa festividade. A Noite existia há duas décadas com propósito de "entrelaçar" laços e expandir-se. O que resultava em amizades, casamentos e crianças.

— Senhor, a poção está pronta — Interrompeu um homem.

— O engarrafa e entregue para os dois.

O homem fez o cumprimento e saiu.

— Por que? — Perguntou petulante, Draco.

— Para curá-los de qualquer doença que podêm ter pego.

— Pai, isso é exagero, nós nem fomos para o final — Disse Alioth.

— Diga isso para você, agora, Draco.

O mais velho olhou para o seu irmão tão rápido, que podia ouvir um estalo no pescoço. O que fez o bruxo ficar ainda mais envergonhado, direcionando seu olhar para o outro lado.

— Draco, quem foi?

— Ele não chegou a colocar o… o…

— Draco!

— O que importa com quem eu fiz, não cheguei a fazer. Mas você estava com um pau na boca! Sabia que isso pode ser perigoso, ainda mais de um desconhecido!

— Você estava com um lobisomem e eu sei que não conhece nenhum dos integrantes de um Pack.

— Meninos — Chamou o pai.

— Talvez eu tenha! — Retrucou Draco.

— Meninos.

— Oh, sim! Eu *acredito*!

— Meninos.

— Está me chamando de mentiroso!?

Lucius, sem paciência, acenou sua mão para os dois e instantaneamente os fazendo calar. Os irmãos olharam para seu pai, com olhos arregalados e sentindo um pouco culpados. O Malfoy Sênior sentiu sua cabeça doendo, colocando sua mão na testa, pedindo um pouco de paciência pois a sua está esgotando.

— Eu sei que vocês são adultos e sabem cuidar de si mesmos. Mas não quer dizer que irei parar de me preocupar, o mundo ainda é perigoso e se acontecer algo com um de vocês, eu n…

— Senhores.

As poções tinham chegado. O responsável de pegá-los, os tinha colocado sobre uma bandeja de alumínio e aproximou o bastante para que os lordes consigam agarrar o seu recipiente sem alardes. Pois cada garrafa tinha seu símbolo e cor para cada pessoa da família. O motivo:  os meninos brigaram de qual era de quem quando eram mais novos, então alguém teve essa ideia que salvou de Lucius uma enxaqueca por anos.

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