Capitulo 1 - A executiva

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- Você sabe que eu não posso - falei abotoando a blusa - eu tenho muita coisa pra fazer.

- Você pode sim, você só não quer, admita - Gesely respondeu aparecendo no espelho por cima do meu ombro.

Gesely era a melhor amiga que eu poderia ter, mas também a mais teimosa. Ela estava certa, eu realmente não queria, mas também não podia, mas ela não precisava saber o porquê.

- Tem razão, realmente não quero - falei colocando meu blazer preto.

- Você nunca sai comigo, isso é tão chato - ela se jogou na cama fazendo drama - por favor, só amanhã, vai ser legal, prometo - ela falou fazendo biquinho com a boca.

- Hmmm - pensei, é, até que uma saída não é uma má ideia - Esta bem, eu vou, mas se eu não gostar, eu volto, e você não vai me barrar!

- Issoo, beleza, combinado - ela falou parecendo bem animada.

- Nem se anima, eu vou só pra beber - eu falei porque eu sabia que ela ia me fazer ficar com alguém, e da ultima vez não deu muito certo.

- Tá tudo bem, mas você deveria se soltar um pouco - ela disse jogando o cabelo para trás - De qualquer forma, você não ia sair hoje?

- Eu vou sair, e novamente, não você não pode ir comigo - eu sabia que ela ia fazer a mesma pergunta de sempre

- Qual é, você sempre sai assim toda arrumada, parecendo uma executiva de uma empresa qualquer, e nunca me leva para essas reuniões

- E nem vai por em quanto - ela estava certa sobre eu ser uma executiva, mas errada sobre ser de uma empresa, porque eu na verdade, executava pessoas.

Cheguei no local combinado mais cedo que o costume, era um novo ponto, e pelos olhares percebi que mais da metade das pessoas ali não me conhecia, andei até onde eu sabia ser a entrada e vi alguém que parecia ser o cliente novo entrando, esperei ele entrar e fui atrás na intenção de entrar também.

- Desculpa, mas moças bonitas não são permitidas aqui - arqueei a sobrancelha

-Desculpe mas quem é você ? - perguntei

- Sou responsável por quem entra e sai daqui - ele falou e deu um sorrisinho mostrando uma pistola na cintura - eu não acho que estre seja um local para pessoas como você.

- Bem pela sua atitude, você não parece ser tão responsável, e com "para pessoas como eu" você se refere a delicada de mais, ou é só por eu ser mulher ?

- Talvez um pouco dos dois - ele falou debochando. Eu já estava pronta a tirar a minha arma da cintura quando o meu amigo que eu deixei responsável por aquele ponto chegou.

- Chefe, você chegou, finalmente, já ia te ligar - Dan chegou por trás do "segurança" e eu vi o rosto dele ficar branco.

- Chefe ? - ele falou olhando pra mim - eu pensei que ele fosse o chefe.

- Eu ? não, sou apenas o responsável por esse ponto. - Daniel pareceu bem confuso com o desespero dele. Eu e o Daniel nos conhecemos a muito tempo, ele era usuario de drogas e eu libertei ele, e hoje em dia ele trabalha para mim.

- Eu já falei pra você para de me chamar de chefe, já somos amigos a muito tempo. Então o que acontece, é que esse verme que você contratou, não estava me deixando entrar pelo simples fato de eu ser uma mulher, e você sabe o que eu faço com machistas, leve ele pra sala 4 e resolva esse problema. - vi o Dan hesitar, mas por apenas alguns segundos, logo em seguida levou o filha da puta embora.

As Faces De Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora