Capítulo 2 - A boate

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 Tinha pedido meu primeiro drink que até que não estava tão ruim, minha amiga já tinha desaparecido na multidão, Gesely não era de pegar muita gente, mas amava dança, então sabia ela estava em algum lugar dançando. Olhei pra minha pulseira escrito VIP, não sabia todos os benefícios dela levando em conta que eu nem sabia tudo que se podia fazer ali naquela boate - já tínhamos usado os benefícios dela pra não enfrentar uma fila gigante tanto a entrada quanto nas filas dos banheiros,  acho que isso pode ser bem útil - mas estava disposta a descobrir mais funções dela, me levantei peguei meu casaco e comecei a explorar o lugar.

 
Era um lugar grande, uma enorme pista de dança no meio do salão, em volta era rodeado pelos bares, e vários jogos de luzes espalhados pelos chão chão teto, tinha mais andares, mas pelo visto, só a parte de baixo era pra todo mundo levando em conta que era onde tinha mais gente, e todas as escadas ou os acesos pra outros andares tinham guardas, decidi saber se minha pulseirinha de acesso VIP me permitia subir pra os outros andares ou se era só com nome na lista.

- Posso subir ? - perguntei pra um dos guardas no pé da escada.

- Pulseira ? - levantei o meu braço e mostrei a ele. - Pode, mas sua pulseira é verde, não te dá acesso a todos os lugares, apenas se você estiver com alguém de pulseira vermelha, só pra avisar - ele falou me deixando passar.

Acho incrível a habilidade de Gesely a me submeter a esse tipo de situação. Comecei a andar e explorar o lugar, tudo era mal-iluminado, e com led's e luzinhas coloridas piscando. Virei um corredor e dei de cara com um salão amplo, com postes de pole-dance rodeados de sofá, coloquei meu casaco e sentei em um deles e esperei o show começar.

Notei a variedade de homens e mulheres de aparentes diversas sexualidades nos sofás e me perguntei que tipo de coisa eu estava prestes a assistir, então decidi me informar, pra ter certeza se valia a pena ficar ali ou explorar mais um pouco, porém antes que eu pudesse perguntar a moça do meu lado, as luzes se apagaram e uma música suspeita começou a tocar, arqueei a sobrancelha e me encostei na cadeira. Eu ia ter que descobrir o que era aquilo sozinha.

No "palco" subiram mais ou menos 4 homens e 5 mulheres, virei a cabeça de lado refletindo a confusão na minha cabeça, como se aquele gesto fosse me fazer entender mais aquilo.

Olhei um por um, começando pelas mulheres, eram todas lindas, com corpos que com certeza é o objetivo de muitas mulheres, depois olhei os homens, 3 deles estavam com "roupas" parecidas com a das mulheres, peças íntimas de couro com acessórios que deveriam exitar os espectadores, as mulheres com calcinhas e sutiãs e os homens com "cuecas" com suspensórios.

Achei um pouco ridículo lá minha humilde opinião, mas tem gosto pra tudo.

Até que meus olhos pararam no último homem, ele deveria ser algum tipo de complemento pra o que quer que os outro fossem fazer, por que estava vestido diferente, usava terno, meio desabotoado, e com o cabelo bagunçado.

As luzes se acenderam.

E meu coração errou uma batida.

Ele era lindo, poderia até dizer que era perfeito, tinha o maxilar marcado, nariz, boca e olhos extremamente perfeitos, como se algum deus grego o tivesse desenhado.

Naquele mesmo instante eu decidi que ia dar um jeito dele ser meu.

Não consegui prestar atenção no que quer que fosse aquela apresentação, só no homem que prendeu minha atenção, eu precisava saber quem ele era.

- Você trabalha aqui ? - perguntei a uma mulher de terno preto e fones de ouvido que estava parada ali perto.

- Sim, precisa de alguma coisa ? - ela me  perguntou de maneira profissional.

As Faces De Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora