Notas da autora
Me avisem caso haja algum erro ortográfico, por favor, estou meio fora de forma.
Um abraço, L.
12 de dezembro de 2022, Rio de Janeiro, Brasil.
"E-eu,", gaguejo sem certeza do que responder para a figura furiosa de Louis. As sobrancelhas dele estavam juntas, lábios formando uma linha fina ao serem pressionados com força por seus dentes.
"O que você está fazendo?", ele rosnou enquanto entrava no cômodo, fechando a porta com um chute e trancando-a com uma chave que não havia notado antes.
Eu. estava. preso. em. um. quarto. com. Louis.
Devido a grande quantidade de alcool em meu organismo, pensei em cenários um pouco sujos e até mesmo me empolguei com eles. Caralho Harry, agora não é o momento de pensar em sexo, mantenha-se sóbrio.
A voz de Louis me arrancou cruelmente de meus pensamentos.
"Você pelo menos está me escutando Harry?", ele gritou enquanto me olhava. Eu assenti, mesmo não tendo escutado uma única palavra que ele havia dito antes.
Sem pensar antes, abri meus lábios e fiz uma fatídica pergunta, "Você escreveu uma música sobre mim?"
Meus olhos arregalaram-se antes mesmo de terminar a frase, até porque a expressão de Louis mudou completamente. Ele sorriu ladino e analisou meu rosto, imediatamente amaldiçoei a mim mesmo por ter falado algo.
Às vezes a curiosidade toma o melhor de mim.
"Estava mexendo as minhas coisas? O quanto você olhou?", ele murmurou.
Começando a andar em minha direção, dei alguns passos para trás; uma tentativa falha de me afastar. Caminhando de costas, bati com força a perna na cabeceira da cama, sentindo então uma onda de dor percorrer meu corpo e me fazer murmurar de incômodo. Mas, o dono de olhos azuis chegar cada vez mais perto de mim me ajudou a ignorar a dor. Ele se inclinou em minha direção, deixando seu rosto com uma proximidade quase nula do meu. Devido ao nervosismo, não consegui manter contato visual, ficando envergonhado e fixando o olhar em outro ponto: seus lábios. Que merda.
Não conseguia mais ler a raiva em seu rosto, sua expressão era indecifrável.
Seguindo meu padrão, seu olhar também caiu para os meus lábios... de uma maneira que apenas acreditei por ter visto com meus próprios olhos. Um sorriso tornou-se acompanhante de olhos fixados em mim, pupilas dilatadas. Sentia meu rosto quase derreter de tão quente e vermelho.
O que é isso?, acabei pensando.
"Você não negou", sussurrei, sem mudar o foco dos meus olhos.
Aparentemente, devido ao álcool e nervosismo no corpo, meus lábios estavam muito sincronizados com minha mente. Não podia falar tudo o que pensava, porra.
Sua boca se partiu, abrindo levemente em uma expressão de choque; esperei por um "não" (não são sobre você) que nunca veio. Ao invés disso, ele lambeu os lábios e disse, "O que você quer que eu fale? Que sim, sim Harry, eu escrevi algumas músicas sobre você. Sobre como você invadiu minha mente totalmente desde que te conheci, tomou meus pensamentos quase que de forma egoísta, apenas para você. Como sonhei, acordado às vezes, sobre te abraçar e nunca mais soltar, impedir que você nunca mais tivesse que passar pela vida de pessoas tão merdas quanto Michael... ao mesmo tempo que quis te afastar de mim, porque fui um desses merdinhas e não podia, não tinha coragem de te dar o que você merecia; ainda merece. Merda, você me confunde. Como eu ia dizer para você que tudo iria ficar bem, que queria ficar com você e rezava todos os dias para ao menos ouvir uma aceitação perante o meu perdão, mesmo não merecendo-o e sabendo que estava fora de chances um mísero 'gosto de você'. Caralho, como te proteger de pessoas ruins se estou por perto e sou uma? Pronto, escrevi músicas sobre você; é isso que queria ouvir?"
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Wheels On The Bus (Portuguese Version)
Teen Fiction"Hm... eu posso sentar aqui, por favor?", o pequeno Harry, de quatro anos pergunta de forma tímida; embolando-se com a pronúncia das palavras. "Esse lugar já está ocupado.", o Louis de seis anos responde, evidentemente mentindo e colocando a pequen...