Sweetest Devotion

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O sol já havia se posto à algumas horas enquanto Gabriela permanecia iluminada pela luz da varanda, assobiando silenciosamente para si mesma enquanto passava pela pilha de papéis à sua frente, fazendo uma passagem final para ter certeza de que havia completado tudo corretamente.

Ela vinha trabalhando nisso de forma consistente nas últimas duas semanas em preparação, e hoje à noite era a última noite que ela teria que ter certeza de que tudo estava correto e atualizado.

Todo mundo já estava na cama, exceto Sheilla, que estava encolhida no sofá, lendo silenciosamente seu livro.

As duas estavam desfrutando de algum tempo tranquilo depois de alguns dias agitados de entretenimento com os pais de Gabriela, agora que seu pai, Jeff, também havia chegado; embora soubesse que amanhã seria o maior dia de todos.

Gabriela sorriu para si mesma com esse pensamento enquanto deixava a papelada voltar para a mesa da varanda antes de pegar seu copo de whisky e depois se recostar na cadeira para tomar um gole.

Ela deixou o copo gelado descansar em sua bochecha enquanto engolia, olhando por cima dos trilhos da varanda por um momento, perdida em pensamentos. Pensando em como ela se sentiria amanhã.

Incerta se ela esperava sentir uma mudança dentro de si mesma, ou não.

Ela fechou os olhos e deixou o vento soprar levemente os seus cabelos soltos que estavam na sua testa e tentou prestar atenção em como exatamente ela estava se sentindo no momento. Como algum tipo de teste, para que amanhã ela pudesse fazer o mesmo e perceber se havia uma diferença ou não.

Tudo o que ela podia sentir dentro de si mesma hoje à noite era felicidade, esperança e tantos nervos.

Ela nem sabia ao certo por que estava nervosa.

Elas haviam feito as visitas em casa com o responsável pelo caso do Estado, e as três correram bem, como era de se esperar.

Não é como se esse arranjo fosse novo de forma alguma.

Além disso, Gabriela havia contratado uma advogada de família - uma jovem simpática chamada Isabelle - e as duas já haviam se encontrado com o juiz que supervisionava o caso de Luna uma vez para discutir a adoção privada, mesmo que não fosse contestado e ela tinha certeza de que não haveria quaisquer problemas.

Agora, tudo o que restava era a audiência formal, onde Luna seria solicitada a declarar verbalmente seus desejos, então o juiz assinaria a papelada.

E então seria o final. Gabriela seria a mãe de Luna, reconhecida legalmente pelo Estado do Havaí.

Ela respirou fundo e abriu os olhos novamente, tomando outro gole lento de whisky no momento em que ouviu a porta da tela se abrir suavemente atrás dela.

Ela não se importava com a interrupção, sabendo quem era. 

Sheilla saiu para a varanda dos fundos e fechou a porta de tela novamente quando Gabriela se virou para olhar com um sorriso, observando enquanto Sheilla se aproximava de onde estava sentada, parando atrás dela.

"Ei." Sheilla murmurou baixinho enquanto deixava as mãos encontrarem os ombros de Gabriela, começando a massagear-os em um ritmo lento, tentando acalmar a tensão que ela rapidamente sentiu nos músculos de Gabriela.

"Oi." Gabriela respondeu eventualmente, demorando-se ao apreciar o toque de Sheilla.

"Pronta pra dormir?" Sheilla perguntou depois de alguns momentos: "...grande dia amanhã".   

"É, quase." Gabriela respondeu.

Ela deixou as mãos de Sheilla trabalharem por mais um minuto e, em seguida, Gabriela recuou e agarrou a mão esquerda de Sheilla que estava em seu ombro, puxando sua namorada para a frente dela.

Lonesome Dreams • SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora