Capítulo IX: - Oração

3 2 0
                                    

Capítulo IX: - Oração

E o dia se foi, já era hora tarde. Tínhamos que dormir.

Para mim não se tratava de ser hábito ou costume, mas a necessidade de sempre tirar um tempinho para falar com Deus.

Deitada na cama do lado do canto, decide orar.

Me coloquei de joelhos em reverência a Deus e comecei orar

- Senhor Deus meu Pai, prostrada estou diante da sua face. Em reverência a sua grandeza e ao seu amor. Querido Deus, querido Pai, tenha misericórdia de mim nesta noite. Eu confesso que não tenho ouvido a sua voz nesses últimos tempos. Reconheço que tenho falhado como filha e por conta disso, eu clamo em nome de Jesus Cristo, que o Senhor venhe me perdoar. Me perdoe pelos erros cometidos de forma consciente e também pelos que cometi de forma inconsciente... Quero agradecer pela vida, pela saúde e por o Senhor ter me protegido durante a viagem até aqui, guarda a minha família lá onde ela estiver e me enche pelo seu espírito. Pois está escrito “Que o Senhor não nos deixaria só, mas enviaria o espírito consolador”. Cê comigo hoje e para todo o sempre, me guardando e me protegendo. (Por conta das outras que estavam no quarto, eu prefiri não mencionar o nome do William em minha oração, mas nem com isso deixei de orar por ele e afim de que ele estivesse comigo) Pai olhe para o meu coração, o Senhor conhece a sua petição, venha Pai alegra-lo para que seja louvado o seu nome hoje e para todo o sempre.

“... Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Ámen.” (Mt 6:9-13)

E assim orei pedindo com que Deus olhasse para o desejo do meu coração.

NB: É importante relevar que orar é falar com Deus, resulta de um coração voluntário e espontâneo que pretende se comunicar com o seu Criador.

Mas atenção, oração não é um ritual, pois ritual é um conjunto de regras ou formalidades que norteiam uma prática, neste caso o vulgo reza.

Reza: consiste na repetição mecanizada de palavras memorizadas  sem nenhum sentimento. O acto de rezar pode acontecer medo que o indivíduo envolvido não esteja nem aí, basta memorizar.

Por essa razão Jesus Cristo disse para não usarmos de vãs repetições quando oramos.

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem serão ouvidos.” (Mt 6:7)

Oração resulta de uma consciência voluntária e ela por sua vez envolve a razão, emoção e vontade. A mesma é executada pelo senso de entrega.

Relembrando que Jesus nunca recomendou rezar, mas sim orar.

“E, tudo o que pedires em oração, crendo, o recebereis.” (Mt 21:22)

Logo, se chega a concluir que orar não é rezar e rezar não é orar.

Entre o Mundo e a IgrejaOnde histórias criam vida. Descubra agora