Final

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Aviso: Se você comenta, então eu posso fazer um extra. Sinto que pequei um pouco no final, mas preciso de motivação pra um epílogo.

Não demorou muito para que o boato de que Nie Mingjue era um bom marido se espalhasse. Logo, havia uma fila de cartas de interessados em formar aliança com ele, querendo casar suas filhas mais novas para se livrar do fardo - mas, como tinham um coração de pai, eles queriam que elas tivessem alguém que zelasse por elas - e achando que ele era o melhor partido para elas. 

— Eu não me interesso por mulheres. - Nie Mingjue esclareceu o óbvio para Meng Yao. 

Eles estavam sentados sob a sombra de um telheiro. Nie Mingjue estava deitado nas almofadas e havia puxado Meng Yao para deitar a cabeça em cima dele. 

Meng Yao é quem recebe as cartas, todas muito educadas, das pretendentes ao harém do general Nie. 

— Vão começar a falar que sua esposa monopoliza você e que é egoísta. Além disso, você não quer deixar descendentes? - Meng Yao enrola o pergaminho, colocando na pilha de descarte e abrindo o próximo. 

O sol está alto e os servos estão afastados, nas sombras das pereiras do jardim, nenhum deles querendo ser testemunha dos atos íntimos de seus senhores. 

Nie Mingjue nunca pensou sobre a descendência. Ele tem um irmão mais novo que vive indo de bordel em bordel, então não é problema a continuação da família Nie. 

Sobre seus próprios filhos, ele não consegue se imaginar escolhendo uma mãe para eles. Sempre que Nie Mingjue pensou sobre amor e sexo, ele colocou um homem ao seu lado. 

Mesmo quando ele fez treze anos e seu pai o levou para perder a virgindade num bordel, ele ainda não quis nada com a prostituta. Bem, nada tradicional. No entanto, ele adorou que ela brincasse com sua bunda com um dildo de jade. 

No mais, ele nunca pensou em mulheres depois disso. A única vez que ele achou uma mulher atraente em seus vestidos, "essa mulher" era o homem que está casado com ele. 

— Estou feliz sem um harém, pode recusar todas. - Ele pensa um pouco e suspira. — A menos que você queira alguma para você, então pode escolher a mais bonita e dócil. 

Meng Yao quase engasga e precisa se sentar para não morrer tossindo. Não é que ele não gostasse de mulheres e sabia que muitas esposas tinham amantes, mas ele sente que seria um prejuízo trazer uma mulher para ser concubina dele. 

Além disso, ele imagina que os boatos sobre sua identidade ser Meng Yao e não Jin Guangyao, correriam muito rápido e… Bem, se ele for sincero, ele prefere se manter em celibato até explodir e atacar Nie Mingjue. 

Nie Mingjue, que vem de uma família de cornos conformados e domados pelo casamento, não se importa que Meng Yao tenha amantes e nem acha absurdo que seu marido se divirta por aí. Desde que Meng Yao goste mais dele e não se apaixone por aí, ele está bem com isso. 

Nie Mingjue se senta também, dando tapinhas nas costas de Meng Yao. 

— Respire, foi apenas alguma saliva que fez o caminho errado. 

Meng Yao sabe que não foi a saliva. Bem, não apenas a saliva. A culpa é de Nie Mingjue e suas falas imprudentes também. 

— Nie Mingjue, você precisa pensar antes de falar, entende? - Meng Yao respira fundo, deixando o pergaminho de lado enquanto vira o rosto para olhar Nie Mingjue por cima do ombro. — Se eu escolho alguma, ela pode espalhar por aí que eu me passo por uma mulher e que você casou com alguém pervertido. Pense em como isso seria terrível para sua reputação, pense em como o pai imperador…

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