Capítulo 6.

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Deitada em meu quarto, mil coisas passam por minha mente. As acusações de Lewis, poderiam ser verdade? Ou seria só um truque para fazer uma confusão em minha mente? São muitas perguntas para poucas respostas, preciso resolver isso!

Suspiro fundo e vou em direção a cozinha, ver se tem algo para insônia. Faço um chá de Camomila e sento-me na mesa, observando o vazio por um tempo.

— Também não consegue dormir? — Kael se aproxima com um sorriso fraco, balanço minha cabeça em sentido de negação para responder sua pergunta.

— Te devo desculpas... — Ele me interrompe dizendo:

— Eu acredito que um obrigado seria melhor.

Sorrio fraco e bebo um gole de chá.

— O que você fez, foi muito heroico da sua parte, mas não quero nunca mais que arrisque sua vida por mim! Consegue fazer isso?

— Cat, você sabe o quanto eu sou louco por você. E eu sinto que você também é por mim! Mas algo, não te deixa demonstrar.

— Kael, você é uma pessoa incrível, está disposto a enfrentar tudo por todos que ama, e eu admiro isso em você.  Mas, eu não sou o que você procura! Isso é meio duro, mas o sentimento não é mutuo, eu não sinto nada por você.

— Você precisa se dar a hipótese de sentir! — Ele se aproxima e segura minha mão, mas eu recuo e ando em direção ao corredor. Viro-me e o observo por um tempo.

— Há muito tempo, aprendi uma coisa que nunca esquecerei e sempre botarei em prática. O amor, é uma bala no cérebro... Leve isso consigo.

— Sempre, é uma palavra muito forte. — Ele diz enquanto uma pequena lágrima desce por seu rosto.

Suspirando, viro-me e sigo meu caminho para o quarto.

Essa conversa foi inesperada, mas necessária. Maltratá-lo era uma forma de fazê-lo perceber que não o queria por perto, mas ele levava como um jogo, acreditando sentir o mesmo por ele. E isso está errado.

No outro dia, acordo completamente descansada. Arrumo-me e vou ao encontro de Bruce, ele deixou um e-mail, dizendo que precisa me ver.

— Soube o que aconteceu. E eu tenho um pedido.

— Pedido?

— Quero que se afaste, até resolver seus problemas pessoais.

— O quê? Você não pode estar falando sério.

— Sim, estou. Tive uma conversa bem produtiva com Ethan e ele disse que Hayley veio para ficar. Isso é um problema que deve ser resolvido e você deve estar 100% focada.

— Nem Ethan e muito menos você, sabem o que é melhor para mim.

— Você pode estar certa, mas sei o que é melhor para seus parceiros e convenhamos que você sabe que estou certo. Sou seu chefe, Catarina, e eu estou te oferecendo um afastamento, mas se você não cooperar, será demitida. — Ele fala com ênfase a palavra ''demitida'' e sai.

Suspiro fundo e vou para cobertura. Talvez Bruce esteja certo? Sim, mas... esse emprego, apesar de tudo, é uma coisa importante para mim, mas minha equipe também. Então, se for necessário abrir mão de tudo para protegê-los, abrirei!

~

Assim que cheguei, fui para meu quarto, deitei e fiquei parada olhando para o teto, depois de um tempo, ainda estou assim.

Penso em tudo que está acontecendo, Hayley de volta, Lewis soltando aquela possível bomba.. Meu celular toca, é um número desconhecido.

— Sim?

— Catarina, é o Lewis. Tenho algumas provas que mostrarão que estou dizendo a verdade. Me encontre em cinco minutos, na cafeteira próximo à cobertura.

Antes que pudesse reagir, ele desliga. Como sabe sobre a cobertura? Esquece, é o Lewis de quem estou falando!
Levanto-me da cama, pego um revólver na minha gaveta, apesar de ser um lugar público, nunca se sabe.

Chego adiantada no local, e pouco tempo depois, Lewis chega.

— Seja rápido. — Digo o encarando.

Ele coloca as mãos no bolso, e retira um pen drive.

— Isso prova minha inocência.

— O que tem aí?

— Assista. — Ele diz colocando o objeto perto da minha mão e sai.

Observo o pen drive por um tempo, suspiro fundo o pegando e vou para casa.

Chegando lá, o conecto no notebook e logo um vídeo aparece na tela. Encaro por um tempo a mesma, suspiro fundo e digo:

— Bom, vamos ver.

Assassina de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora